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Evergrande volta a negociar em bolsa com tombo de 14%

As ações do grupo chinês do imobiliário afundaram 14% depois de ter estado três semanas suspenso da negociação, devido ao incumprimento com os credores.

As medidas de restrição no acesso ao crédito impostas pelas autoridades chinesas puseram a descoberto a situação insustentável da Evergrande.
Aly Song/Reuters
21 de Outubro de 2021 às 07:54
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O gigante do imobiliário chinês Evergrande viu as ações afundarem no regresso à negociação depois de uma suspensão de três semanas. A primeira sessão coincidiu com a divulgação de uma queda de 97% nas vendas de imóveis, durante aquele que costuma ser o pico no mercado imobiliário, agravando o problema de liquidez.

A cotação da empresa chinesa desvalorizou 14% na sessão desta quinta-feira, que decorreu durante a madrugada em Lisboa. No período em que esteve suspensa, a cotada de Pequim falhou o pagamento de dois cupões aos obrigacionistas. O último aconteceu a 12 de outubro.

As ações do grupo estavam congeladas desde 4 de outubro. No dia do regresso, o Evergrande anunciou ainda que não fez qualquer progresso na venda de parte dos ativos que detém, um dos objetivos imediatos para conseguir mais liquidez.

Na semana passada, o gigante detido pelo multimilionário Hui Ka Yan disse que falhou as conversações para a venda de 50,1% da posição que detém no Evergrande Property Services Group por cerca de 2,6 mil milhões de dólares (o equivalente a 2,2 mil milhões de euros). O potencial comprador, a Hopson Development Holdings, avançou que "o vendedor não foi capaz de completar a venda".

O gigante imobiliário chinês, com uma dívida que ronda os 305 mil milhões de dólares, continua a dar sinais de que está à beira da rutura financeira. Depois de no final de setembro ter falhado o pagamento de dois cupões, agora não é capaz de cumprir com o terceiro. 

No seguimento do caso Evergrande, várias empresas foram incapazes de cumprir o pagamento aos credores em dólares, alimentando o risco de um incumprimento generalizado a todo o imobiliário. O setor acumula 5 biliões de dólares de dívida na mão dos investidores, estima o banco japonês Nomura Holdings. O valor equivale ao produto interno bruto (PIB) do Japão, a terceira maior economia do mundo.
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