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Autoridades chinesas pedem a fundador do Evergrande que use fortuna para pagar dívida da empresa

As autoridades da China terão pedido ao multimilionário fundador do gigante imobiliário Evergrande para usar a fortuna pessoal para pagar parte da dívida de 300 mil milhões da empresa.

26 de Outubro de 2021 às 13:11
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As autoridades chinesas terão pedido ao fundador do grupo imobiliário Evergrande, Hui Ka Yan, para recorrer à fortuna pessoal para abater parte da dívida da empresa. As informações são avançadas pela agência Bloomberg, que cita fontes próximas do tema. 


Segundo a informação apurada, Pequim terá enviado este pedido ao fundador da empresa após o grupo falhar o pagamento de um cupão no dia 23 de setembro. De acordo com estas indicações, haverá governos locais em vários pontos da China a monitorizar as contas bancárias do grupo, de forma a garantir que o dinheiro da companhia é utilizado para concluir projetos imobiliários e não desviado para pagar a credores. 


Hui Ka Yan é dono da uma das maiores fortunas da China. De acordo com a Bloomberg, o facto de as autoridades chinesas equacionarem este tipo de pedidos sugere que haverá alguma relutância por parte do Governo de levar a cabo um resgate ao gigante imobiliário, mesmo que a crise se esteja a estender a outras empresas do setor. 


Não é claro se a fortuna de Yan será suficiente para abater substancialmente a dívida do Evergrande, que em junho estava próxima dos 300 mil milhões de dólares. De acordo com as estimativas do índice de multimilionários da Bloomberg, a fortuna de Hui Ka Yan rondará os 7,8 mil milhões de dólares, já longe dos 42 mil milhões de dólares estimados em 2017. 


A principal fonte de receitas para a fortuna do fundador do Evergrande é a empresa e os dividendos que recebe desde que a companhia passou a integrar a bolsa de Hong Kong. Graças aos "payouts" do Evergrande, o multimilionário terá encaixado 8 mil milhões de dólares na última década. 


No final desta semana, o Evergrande enfrenta outra prova de fogo, já que está previsto o pagamento de um cupão a 29 de outubro.  

Enquanto a crise da empresa continua a deixar os mercados atentos, esta segunda-feira o "chairman" da empresa terá sinalizado a intenção de tornar a área dos carros elétricos no principal negócio da empresa no espaço de uma década. De acordo com o Securities Times, Hui Ka Yan estará interessado em reduzir o negócio na área do imobiliário e focar-se na área dos veículos que recorrem à energia elétrica.

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