Notícia
Com juros perto de zero, IGCP volta ao mercado para emitir a 10 e 15 anos
A agência que gere a dívida pública vai na próxima semana ao mercado em busca de, no máximo, 1.250 milhões de euros a dez anos e a 15 anos.
O IGCP, a agência que gere a dívida pública, vai na próxima quarta-feira, 11 de setembro, emitir dívida a 10 e a 15 anos, tendo como objetivo angariar entre 1.000 e 1.250 milhões de euros. O anúncio foi feito esta sexta-feira, 6 de setembro, pela entidade liderada por Cristina Casalinho.
"O IGCP vai realizar no próximo dia 11 de setembro pelas 10:30 horas dois leilões das Obrigações do Tesouro com maturidade em 15 de junho de 2029 e 18 de abril de 2034, com um montante indicativo global entre 1000 milhões de euros e 1250 milhões de euros", anunciou o IGCP em comunicado enviado às redações.
A última emissão a dez anos realizou-se a 19 de julho e Portugal atingiu mais um mínimo histórico. O IGCP financiou-se a dez anos a 0,51%, metade do que tinha pago apenas dois meses antes, em maio. Em janeiro, a mesma emissão situava-se nos 2%, como mostra o gráfico.
Contudo, no último leilão houve um alerta do lado da procura. Na emissão a 10 anos a procura superou a oferta em 1,58 vezes, o que representa uma descida face ao rácio registado em junho (1,8 vezes). Assim, o IGCP optou por não colocar o montante máximo previsto.
Neste momento, no mercado secundário, os juros a dez anos estão na casa dos 0,2%, mas já estiveram abaixo dos 0,1%, aproximando-se cada vez mais de território negativo. Para já, os investidores aguardam com expectativa as decisões de política monetária do Banco Central Europeu que se reúne na próxima quinta-feira, 12 de setembro, o que poderá ter influência nos mercados obrigacionistas.
A emissão comparável a 15 anos ocorreu a 12 de junho. Nessa altura, o IGCP emitiu a uma taxa de juro de 1,052%, o que também representou o nível mais baixo de sempre. No mercado secundário, os juros a 15 anos estão na casa dos 0,6%, mas já estiveram nos 0,4%, um mínimo histórico.
Tendo em conta que o IGCP consegue se financiar a taxas cada vez mais reduzidas, o custo da "nova dívida" tem vindo a cair gradualmente. O custo médio da dívida emitida até julho situou-se nos 1,3%, um novo mínimo, pelo menos, desde 2010, segundo os dados do IGCP.
Esta emissão poderá contribuir para a almofada financeira do IGCP que, em novembro, segundo disse o secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, ao Eco, fará o pagamento antecipado de dois mil milhões de euros aos credores europeus, o qual foi aprovado ontem.
"O IGCP vai realizar no próximo dia 11 de setembro pelas 10:30 horas dois leilões das Obrigações do Tesouro com maturidade em 15 de junho de 2029 e 18 de abril de 2034, com um montante indicativo global entre 1000 milhões de euros e 1250 milhões de euros", anunciou o IGCP em comunicado enviado às redações.
Contudo, no último leilão houve um alerta do lado da procura. Na emissão a 10 anos a procura superou a oferta em 1,58 vezes, o que representa uma descida face ao rácio registado em junho (1,8 vezes). Assim, o IGCP optou por não colocar o montante máximo previsto.
Neste momento, no mercado secundário, os juros a dez anos estão na casa dos 0,2%, mas já estiveram abaixo dos 0,1%, aproximando-se cada vez mais de território negativo. Para já, os investidores aguardam com expectativa as decisões de política monetária do Banco Central Europeu que se reúne na próxima quinta-feira, 12 de setembro, o que poderá ter influência nos mercados obrigacionistas.
A emissão comparável a 15 anos ocorreu a 12 de junho. Nessa altura, o IGCP emitiu a uma taxa de juro de 1,052%, o que também representou o nível mais baixo de sempre. No mercado secundário, os juros a 15 anos estão na casa dos 0,6%, mas já estiveram nos 0,4%, um mínimo histórico.
Tendo em conta que o IGCP consegue se financiar a taxas cada vez mais reduzidas, o custo da "nova dívida" tem vindo a cair gradualmente. O custo médio da dívida emitida até julho situou-se nos 1,3%, um novo mínimo, pelo menos, desde 2010, segundo os dados do IGCP.
Esta emissão poderá contribuir para a almofada financeira do IGCP que, em novembro, segundo disse o secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, ao Eco, fará o pagamento antecipado de dois mil milhões de euros aos credores europeus, o qual foi aprovado ontem.