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Ao minuto04.11.2020

Mercado já deu a Biden a chave da Casa Branca: juros descem e Europa sobe 2%

Acompanhe aqui o dia dos mercados, numa sessão marcada pela reação às eleições nos Estados Unidos.

Reuters
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04.11.2020

Juros das obrigações persistem em queda

Apesar da subida acentuada das bolsas com o mercado a apostar na vitória de Biden, os investidores mantiveram a aposta nas obrigações soberanas europeias. A yield das obrigações do Tesouro a 10 anos cedeu 1,6 pontos base para 0,06%, depois de esta manhã a taxa da dívida portuguesa ter atingido um mínimo histórico abaixo do que tinha sido atingido em agosto de 2019 (0,055%).

Nas bunds a taxa caiu 1,9 pontos base para -0,641%, depois de esta manhã a yield das obrigações alemãs a 10 anos ter tocado em mínimos de março

04.11.2020

Bolsas aplaudem Biden e sobem pelo quarto dia

As bolsas europeias viveram mais uma sessão de fortes ganhos numa altura em que a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos é tida cada vez mais como certa.

Apesar de a contagem dos votos ainda não estar finalizada – e poder demorar dias até que seja conhecido o vencedor – os investidores já estão a reorganizar o seu portefólio para uma liderança democrata da Casa Branca.

Nos Estados Unidos, o centro dos acontecimentos, as ações também estão a registar as maiores subidas desde maio.

As expectativas de que uma vitória democrata daria início a estímulos massivos desapareceram, mas os investidores estão a apostar, por exemplo, em ações das tecnológicas, vistas como as mais propensas a beneficiar de qualquer crescimento que exista, especialmente se a covid-19 levar a restrições adicionais.

Os investidores também estão a apostar em ações que poderão beneficiar de um empate no Congresso, que tornaria menos provável uma reversão dos cortes de impostos de Trump menos e que diminui as perspetivas de uma regulação mais dura para o setor tecnológico.

Além disso, o mercado também antecipa que a Reserva Federal, que há muito tem pedido mais apoios orçamentais, pode ser forçada a aumentar os estímulos monetário se os dados económicos continuarem fracos.

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, valorizou 2,05% para 363,31 pontos, o valor mais alto desde 23 de outubro.

04.11.2020

Petróleo com fortes subidas após queda de stocks nos EUA. Eleições geram incerteza

Os preços do petróleo seguiam com ganhos robustos esta quarta-feira, no rescaldo das ainda inconclusivas eleições presidenciais norte-americanas.

O crude chegou a disparar após Trump ter proclamado vitória, mas abrandou a escalada após ser conhecido que os resultados em vários estados-chave ainda não são claros.

A redução de oito milhões de barris nas reservas de crude dos EUA deu um novo impulso aos preços do ouro negro.

Os contratos de dezembro do West Texas Intermediate (WTI) sobem 2,20%, para os 38,49 dólares por barril.

Já o Brent do Mar do Norte, de referência para o mercado europeu, ganha 2,47%, para os 40,69 dólares por barril, nos contratos para entrega em janeiro.

04.11.2020

Nasdaq já dispara mais de 4% no seu maior ganho em sete meses

O índice de tecnologia nos EUA, o Nasdaq Composite, já ganha mais de 4% naquele que é a sua maior subida intradiária desde o início de abril deste ano, quando os mercados corrigiam do impacto inicial da atual pandemia.

As maiores empresas do setor, como a Apple, a Microsoft ou o Facebook ganham todas em torno dos 4%. Ainda assim, o maior ganho vai para a fabricante de produtos medicinais BioGen, que dispara mais de 20%.

04.11.2020

Wall Street abre em alta com Biden a tomar vantagem no Michigan. Nasdaq com maior ganho em sete meses

Os três maiores índices de Wall Street abriram a sessão desta quarta-feira em alta, numa altura em que o candidato Democrata Joe Biden acaba de ultrapassar Donald Trump, nos votos até agora apurados, no Estado de Michigan.

Por esta altura, o Dow Jones ganha 0,94% para os 27.739,04 pontos e o S&P 500 avança 1,56% para os 3.421,66 pontos.

Já o tecnológico Nasdaq Composite toma a liderança e ganha 2,88% para os 11.482,52 pontos, tendo conseguido escalar mais de 3% o que, em qualquer dos casos, representa a maior subida dos últimos cerca de sete meses.

O setor tecnológico lidera o "rally" em Wall Street, depois de ter sido um dos mais afetados nas últimas semanas, após os resultados abaixo do esperado de algumas das miores "big tech" dos Estados Unidos, que ainda assim conseguiram, quase todas, aumentar os lucros face ao ano passado.

A corrida à presidência está mais renhida do que era esperado entre os investidores, com Joe Biden e Donald Trump, muito perto um do outro. Também no Senado e na Câmara dos Representantes os números estão divididos.

Há minutos, a contagem no Estado de Michigan dá agora vantagem a Biden. Segundo os dados ao minuto do Wall Street Journal, Michigan está agora com vitória de Biden, que, se se confirmar, receberá mais 16 votos no círculo eleitoral.

Neste momento, com 94% dos votos contabilizados, Biden segue à frente com 49,3%, enquanto Trump fica agora com 49,1%. Este pode ser um estado decisivo, se se confirmar a tendência de Biden ganhar também Wisconsin e Nevada, estados em que os votos ainda estão a ser contados.

Também hoje, apesar de os olhos estarem completamente centrados nas eleições, os dados do emprego privado nos Estados Unidos mostraram um crescimento de 365 mil novos postos de trabalho em outubro, bem abaixo das expectativas (600 mil).

04.11.2020

Casas de apostas dão favoritismo claro a Biden

Durante a noite o atual presidente dos Estados Unidos surgia como o favorito das casas de apostas para ficar mais quatro anos na Casa Branca. Ao início da manhã Biden já surgia ligeiramente à frente e agora o candidato democrata está já a larga distância do Republicano.

 

De acordo com a Reuters, que cita dados de várias casas de apostas, Biden ganhou terreno depois de Biden passar à frente de Trump na contagem dos votos no Wisconsin, que é um dos cinco estados chave onde os resultados finais ainda não foram apurados.

 

Com 97% dos votos contados neste estado, Biden surge com 49,5% e Trump com 48,8%, pelo que os 10 delegados deste estado já não devem fugir a democrata. Segundo o Wall Street Journal, Biden já garantiu 238 delegados, pelo que somando estes 10 de Wisconsin, faltam mais 22 para chegar aos desejados 270.

 

A casa de apostas britânica Smarkets está a atribuir Biden uma probabilidade de vitória de 78%, enquanto a PredictI da Nova Zelândia dá ao democrata uma probabilidade próxima de 80%. Na Betfair a probabilidade para Biden é de 66%.

04.11.2020

"Falta de clareza [nas eleições] redireciona as atenções para o que fará a Fed"

Jerome Powell, presidente da Reserva Federal norte-americana, anunciou um corte surpresa nas taxas do país.

O analista James Athey, da Aberdeen Standard Investments, diz que "a falta de clareza redireciona as atenções para o que a Fed fará a seguir. Parte da quietude nos mercados será baseada no conhecimento de que a Fed intervirá se virmos uma volatilidade significativa".

Numa nota, o analista diz que "os mercados estão relativamente calmos, em parte, porque sabem que a Fed entrará em ação. Mas a Fed não intervirá se as coisas permanecerem completamente calmas".

"Um resultado tão renhido coloca mais pressão sobre a Reserva Federal. Um Congresso dividido, quanto mais um resultado disputado, são maus presságios para as perspetivas de um novo pacote de estímulos", atenta.

"A falta de estímulo orçamental, mais cedo ou mais tarde, exigirá que a Fed reaja, e isso é preocupante", porque as ferramentas do banco central "produzem distorções prejudiciais nos preços dos ativos e os mercados estão a tornar-se cada vez mais programados para saber que o banco central intervirá quando há problemas. Esse tipo de dependência não é saudável", conclui.

Entre hoje e amanhã a Reserva Federal dos Estados Unidos estará reunida numa nova reunião de política monetária.

04.11.2020

Reação do mercado de câmbio às eleições dos EUA foi "surpreendente"

O analista de mercado da Ebury, Matthew Ryan, diz que a forma "calma" como o mercado de câmbio reagiu é "um tanto surpreendente, visto que o mercado se posicionou para uma vitória confortável de Biden", pode ler-se numa nota.

 

"O dólar caiu quando as sondagens começaram a fechar em antecipação à vitória de Biden e depois recuperou conforme a noite avançou, embora o euro/dólar esteja agora a ser negociado como estava na terça-feira", acrescenta.

 

Acredita que "quanto mais o processo se arrastar, mais apoio veremos para os portos-seguros (incluindo o dólar) à custa de quase todas as outras moedas".

 

"Esperamos alguns movimentos bastante acentuados nos mercados financeiros nas próximas 48 horas ou mais, à medida que mais boletins de voto são contados e os investidores têm uma imagem mais clara de quem realmente ganhou", conclui.

04.11.2020

Probabilidade de Biden ganhar está agora perto dos 55%

Na casa de apostas britânica, Smarkets Exchange, Biden leva agora vantagem, recuperando face a Trump que comandou, quase toda a noite, as epostas.

A recolha da empresa dá agora quase 56% a Biden, contra 45% de Trump que chegou, durante a noite, a ter 80% de probabilidades.

04.11.2020

AllianzGI: "Eleição não produziu a onda azul esperada"

A estratega de investimentos dos Estados Unidos da Allianz Global Investors (AllianzGI), Mona Mahajan, considera que a eleição presidencial não produziu a onda azul esperada, sacudindo os mercados. Os resultados ainda não estão fechados e neste momento a agulha pode pender para qualquer um dos lados. Ainda assim, Mona Mahajan salienta que a equipa da AllianzGI atribui o eleitorado suburbano como o ponto fraco de Trump, "que coloca ainda nos 60% a probabilidade de Joe Biden vencer".

 

A corrida está a ser mais competitiva "do que o cenário de onda azul projetado". A gestora de ativos admite que se possa ter de esperar pelos resultados da Pensilvânia para se saber o desfecho final. 

E face à incerteza os mercados reagiram, nomeadamente a dívida pública norte-americana, que na maturidade a 10 anos chegou a atingir os 94 pontos base no início da noite, mas caiu para os 83 pontos-base, "uma reversão de 10 ou 11 pontos e que reflete um pouco da fuga para a segurança". Resposta semelhante está a ser registada no dólar.

 

04.11.2020

Europa abriu em queda, mas reverteu para "verde" com investidores à espera dos EUA

Os principais índices da Europa abriram a sessão desta quarta-feira em queda, tendo depois corrigido para acima da linha de água, num dia em que a volatilidade parece tomar conta dos mercados, enquanto o vencedor das eleições presidenciais dos Estados Unidos continuar por definir.

A centrar a sua atenção dos investidores estão as eleições norte-americanas, com a corrida a ser mais renhida face ao que as sondagens previam. Por esse motivo, a volatilidade e o risco estão em alta, levando os investidores a procurarem outras opções mais seguras.

O índice de referência para a Europa - o Stoxx 600 - ganha agora 0,6% para os 356,44 pontos, ainda com a maioria dos índices no "vermelho", bem como os futuros do norte-americano S&P 500.

Os valores do índice PMI na Zona Euro para o setor dos serviços - que mede o pulso à sua prestação - caíram em outubro em todo o bloco central, face à leitura de setembro, espelhando já as medidas tomadas pelos governos em toda a região para conter a propagação do coronavírus.

04.11.2020

Petróleo sem tendência definida, ao sabor das eleições nos EUA

Os preços do petróleo vão continuar sob pressão e o crude pode voltar a valores negativos.

As cotações do "ouro negro" seguem a negociar em terreno positivo nos principais mercados internacionais, depois de já terem estado a cair logo após o presidente norte-americano e candidato à reeleição ter dito que venceu, isto numa altura em que ainda não há resultados definitivos e em que falta saber os números de cinco estados cruciais.

 

Com efeito, são sobretudo cinco estados - Georgia, Michigan, Wisconsin, Pensilvânia e Carolina do Norte - que fazem depender o desfecho destas presidenciais. Com Joe Biden (soma agora 224 delegados) e Donald Trump (213) separados por apenas 11 votos no Colégio Eleitoral, a eleição indireta do próximo presidente dos EUA dependerá do lado para o qual vão pender aqueles estados decisivos. 

 

Com Donald Trump a anunciar vitória sem estes dados e a falar em "fraude grave" no ato eleitoral - garantindo que, como esperado, vai recorrer ao Supremo Tribunal para que interrompa a contagem de votos –, os preços da matéria-prima inverteram para o vermelho.

 

No entanto, já recuperaram algum fôlego, a revelar a forte volatilidade que se vive na maioria dos mercados – mas como o dólar segue em forte alta, a tendência do petróleo poderá facilmente inverter de novo, uma vez que fica menos atrativo como investimento alternativo pelo facto de ser denominado naquela moeda.

 

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em dezembro segue agora a somar 0,45% para 37,83 dólares por barril.

 

Já o contrato de janeiro do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, regista uma valorização de 0,53% para 39,92 dólares.

 

Para o evoluir das cotações no dia de hoje vai também contribuir o nível dos stocks de crude nos EUA.

 

A Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia) divulga hoje os níveis dos inventários de crude dos EUA, bem como os stocks de destilados e gasolina, na semana passada.

04.11.2020

EDP Renováveis em queda com incerteza nos EUA

A EDP Renováveis está hoje em queda de 2,15%, para 16,42 euros, com a incerteza nos Estados Unidos, afastando-se do ganho anual de perto de 60% que tinha até ontem.

Os analistas apontam esta subida com o momento mundial em torno das renováveis. E com a perspetiva, que estava a ser sinalizada pelas últimas sondagens, de que Joe Biden poderá ser o vencedor nas eleições presidenciais.

Agora a incerteza quanto ao desfecho na corrida à Casa Branca está a atirar as bolsas europeias para o vermelho, sendo a EDP Renováveis uma das penalizadas em Lisboa.

E por arrasta a casa-mãe EDP também perde mais de 2%. Está a cair 2,11%, para 4,223 euros.

É esse aliás o sentido também o índice que reúne as maiores "utilities" europeias, que escorrega 1,95%.

04.11.2020

Ouro cai perto de 1% com alta do dólar

Apesar do ouro ser um dos ativos de refúgio de eleição, o metal amarelo está a cair fortemente penalizado pela valorização da moeda norte-americana. A cotação do ouro está a desvalorizar 0,97% para 1.890,7 dólares, numa altura em que os investidores se refugiam no dólar perante a incerteza com o desfecho das eleições nos Estados Unidos.

04.11.2020

Dólar ganha terreno

Numa altura em que as bolsas europeias caem, o dólar vai ganhando terreno, funcionando, assim, como ativo refúgio. E sobe face às principais rivais. 

O euro está a perder 0,33% face ao dólar, voltando a ficar no terreno dos 1,16 dólares. Está neste momento a transacionar nos 1,1659 dólares. 

A libra, por sua vez, cai 0,8% para 1,2949 dólares. E o iene escorrega 0,4% para 104,92 por dólar.

No índice do dólar da Bloomberg, que reúne a comparação com várias moedas, o dólar está a subir 0,6%.

04.11.2020

Incerteza nos EUA atira juros de Portugal para mínimos históricos

O desfecho ainda incerto das eleições dos Estados Unidos está a atirar os investidores para ativos refúgio, o que beneficia as obrigações soberanas, levando mesmo os juros da dívida portuguesa a atingir mínimos históricos.

 

Está assim a inverter-se a tendência de ontem, quando os investidores apostaram nos ativos de risco devido à expetativa de vitória clara de Joe Biden. Este cenário não se confirmou e na abertura dos mercados europeus não se sabe ainda quem vai estar na Casa Branca nos próximos cinco anos. Apesar de não serem ainda conhecidos os resultados de vários estados chave, Donald Trump já declarou vitória e anunciou que vai recorrer ao Supremo Tribunal para parar a contagem de votos por correio.  

 

Esta declaração veio intensificar a aversão ao risco dos investidores, atirando os juros das obrigações europeias para fortes quedas, tal com acontece nos Estados Unidos.

 

A yield das obrigações do tesouro a 10 anos está a cair 1,6 pontos base para 0,061%, mas esta manhã já esteve nos 0,044%. Foi assim atingido um novo mínimo histórico, superando o anterior marco de 0,055% fixado em agosto do ano passado.

 

Com a dívida de referência portuguesa cada vez mais perto de de valores negativos, a taxa dos títulos a 30 anos está também em mínimos históricos. A "yield" das OT a 30 anos cede 2,8 pontos base para 0,75%.

 

Na restante dívida europeia a tendência é a mesma. A taxa dos títulos de Espanha a 10 anos cai 1,7 pontos para 0,09% e nas bunds com a mesma maturidade a yield recua 2,9 pontos base para -0,65%. Está já 15 pontos abaixo da taxa dos depósitos do BCE (-0,5%).  

04.11.2020

PSI-20 segue queda das bolsas europeias com incerteza nos EUA

O índice PSI-20 abriu a sessão desta quarta-feira a cair 1,74% para os 3.979,19 pontos, numa manhã em que todos os índices europeus estão a conhecer quedas superiores a 1%, devido à incerteza que chega do outro lado do oceano.

Os primeiros resultados estão a dar vantagem ao candidato Democrata, Joe Biden, mas nada está definido e a corrida entre Trump e Biden será mais renhida face ao que apontavam as sondagens.

 

Tendo este aspeto em consideração, a volatilidade está a tomar conta dos mercados neste inicio de manhã europeu, com os futuros do S&P 500 a balançar entre ganhos e perdas, de forma sucessiva, sem conseguir assumir uma tendência firme, uma vez que os investidores estão a avaliar um resultado mais incerto do que o previsto inicialmente.

Por cá, a bolsa nacional tem 15 cotadas em queda e duas a negociar de forma estável. O grupo EDP é o que mais prejudica as pretensões do índice global, com a EDP Renováveis a desvalorizar 3,81% para os 16,14 euros. Este ano, os títulos desta cotada valorizaram este ano quase 60% para perto de máximos históricos, sendo, de longe, a cotada do PSI-20 com melhor desempenho.

04.11.2020

Juros dos EUA registam a maior queda em mais de oito meses com fuga ao risco

Os juros do Tesouro dos Estados Unidos a dez anos estão a registar uma queda de 13,1 pontos base para os 0,768%, o que representa a maior queda diária desde o final de março.

A justificar este volume de quedas está a fuga ao risco por parte dos investidores, que olham para ativos considerados mais seguros, como é o caso do mercado de dívida em algumas geografias.

Este movimento está associado ao aumento da volatilidade, numa altura em que o resultado das eleições poderá ser mais renhido face ao que apontavam as sondagens. 

04.11.2020

Volatilidade é a rainha na noite mais longa do ano para a América

A volatilidade está a tomar conta dos mercados neste inicio de manhã europeu, com os futuros do S&P 500 a balançar entre ganhos e perdas, de forma sucessiva, sem conseguir assumir uma tendência firme, uma vez que os investidores estão a avaliar um resultado mais incerto do que o previsto inicialmente.

"Quanto mais renhida é a corrida, maior é o risco para os mercados", diz Erika Karp, fundadora do Cornerstone Capital Group, acrescentando que "quanto mais tempo esta indefinição se arrastar, maior serão os riscos".

Nas últimas semanas, o nervosismo perante o aproximar destas decisivas eleições tem tomado conta dos mercados, com o índice que mede o pulso à volatilidade (VIX) a subir 64% desde o início de setembro até ao fecho da sessão de ontem em Wall Street. Agora que o resultado continua incerto, a tendência será para que a volatilidade se mantenha.

O aumento da propagação do coronavírus nos Estados Unidos e vários resultados abaixo do esperado entre as maiores tecnológicas do país, têm-se juntado a esta equação, deixando os mercados sem uma posição definida.

Enquanto que Joe Biden, o candidato Democrata, ganhava nas sondagens, alguns investidores esperavam que a sua vitória fosse mais rápida. Contudo, a vitória de Donald Trump em alguns Estados considerados fulcrais, como é o caso da Florida, está a fazer tremer o sentimento pelo risco.

04.11.2020

Futuros da Europa em queda e EUA na "linha de água" com resultado das eleições incerto

Os futuros da Europa estão em queda, numa altura em que ainda não se sabe quem será o próximo presidente dos Estados Unidos, com os primeiros resultados a mostrarem que a corrida entre Trump e Biden será mais renhida face ao que apontavam as sondagens.

Assim sendo, os futuros do Stoxx 50 - índice que reúne as 50 maiores cotadas do "velho continente" - desvalorizam 0,50%, apontando para um início de sessão negativo. Já os futuros do norte-americano S&P 500 seguem na "linha de água", numa noite em que a volatilidade tem sido a grande vencedora.

Joe Biden, o candidato Democrata, mostra-se confiante numa vitória, estando neste momento à frente, mas Donald Trump, o atual presidente, diz que as eleições estão a ser "uma fraude", apesar de considerar que vai ganhar. 

Até ao momento, Trump contabiliza agora 212 delegados, estando a 11 dos 223 já assegurados por Joe Biden. Quem alcançar um mínimo de 270 delegados é eleito presidente dos Estados Unidos.

Durante a madrugada em Lisboa, a sessão asiática foi pautada por ganhos tanto no Japão (2,1%), como em Hong Kong ou em Xangai, apesar de os ganhos terem sido muito ténues, depois da China ter ordenado a suspensão do IPO (oferta pública inicial) da Ant Group, empresa de Jack Ma, fundador da Alibaba.

Na sessão de Hong Kong, a retalhista online chinesa derrapou 9,3%, uma vez que detém um terço de participação na Ant.

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