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Fecho dos mercados: OPEP sustenta bolsas com a Fed e os bancos alemães a travarem o entusiasmo

As bolsas europeias encerraram com ganhos ligeiros, depois de terem estado a subir perto de 1% ao longo da sessão. As empresas do sector da energia ajudaram, após a OPEP ter anunciado um acordo para cortar produção. Já a expectativa em torno da Fed e os receios em torno da banca alemã pesaram.

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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,94% para 4.605,42 pontos

Stoxx 600 ganhou 0,04% para 342,72 pontos

S&P 500 desce 0,22% para 2.166,52 pontos

"Yield" 10 anos de Portugal desceu 2,1 pontos base para 3,308%

Euro sobe 0,25% para 1,1246 dólares

Petróleo ganha 1,40% para 49,37 dólares por barril em Londres


Energia impulsiona bolsas enquanto Fed tira fôlego

As principais praças do Velho Continente viveram uma sessão de ganhos, apesar destes terem sido limitados no final da sessão. A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de cortar a produção acabou por ter um impacto positivo nas cotadas do sector da energia e mineiras, numa altura em que os investidores antecipam que os seus resultados podem recuperar. Estas acções foram, assim, determinantes para o dia positivo nos mercados accionistas europeus. O Ibex-35 somou 0,64% e o francês CAC-40 apreciou 0,26%. Só o alemão Dax desceu, penalizado novamente pelas preocupações em torno do Commerzbank e do Deutsche Bank. O índice alemão cedeu 0,31% para os 10.405,54 pontos. A travar a subida das bolsas esteve também os receios em torno da subida de juros nos EUA, depois de ter sido revelado que o PIB americano cresceu mais do que o esperado e após declarações de responsáveis da Fed, que apontam para a aproximação de uma subida de juros.

A praça portuguesa destacou-se nos ganhos. O PSI-20 avançou 0,94% para 4.605,42 pontos. A subida da Galp Energia foi determinante para este desempenho. A petrolífera somou 4,46% para os 12,19 euros, registando o maior ganho desde Abril. Ainda no sector da energia, a EDP ganhou 0,74% para os 2,987 euros e a EDP Renováveis valorizou 0,22% para os 7,131 euros. Nota ainda para o BCP, que ganhou 1,32% para os 0,0153 euros, um dia depois de o banco ter anunciado que vai avançar com a fusão de acções.

Juros caem em todos os prazos

Os investidores exigiram, esta quinta-feira, juros mais baixos para apostar na dívida pública portuguesa. A tendência de queda registou-se em todas as maturidades. No prazo de referência, a 10 anos, a "yield" desceu 2,1 pontos-base para os 3,308%, depois de ter atingido o valor mais elevado desde Junho na véspera e contrariou a tendência na Europa. Pelo contrário, a taxa de juro da dívida alemã avançou, o que diminuiu o prémio de risco da dívida nacional para 342,5 pontos.

Euribor com desempenhos distintos nos diferentes prazos

As Euribor voltaram a registar movimentos distintos nos diferentes prazos. As taxas que têm mais peso como indexantes do crédito à habitação em Portugal, a três e a seis meses, subiram. A Euribor a três meses, que está em valores negativos desde Abril de 2015, avançou para -0,301%, afastando-se do mínimo histórico de -0,304%. Já a taxa a seis meses subiu para -0,201%, o que compara com o mínimo histórico de -0,202%. Pelo contrário, a taxa a nove meses desceu para -0,130%. Já a Euribor de mais longo prazo, a 12 meses, caiu para -0,064%. 

Especulação de subida de juros suporta dólar

A moeda norte-americana está a negociar no valor mais elevado em um mês face ao iene, suportada pela divulgação de indicadores económicos sólidos, que reforçam a especulação de uma subida de juros por parte da Reserva Federal dos EUA. O dólar sobe 0,9% para 101,60 ienes, depois de vários membros do banco central norte-americano se terem pronunciado a favor de uma política monetária mais agressiva. O presidente da Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, disse que a instituição está a aproximar-se dos seus objectivos no mercado laboral e ao nível da inflação. Já a presidente da Fed do Kansas, Esther George, adiantou que apoia uma medida mais agressiva.

Brent acima dos 49 dólares após acordo da OPEP

O acordo da OPEP para cortar a produção surpreendeu o mercado e fez disparar as cotações do petróleo. No entanto, à medida que surgem dúvidas em relação à forma como o acordo será efectivado no mercado, as cotações abrandaram os ganhos. Depois de já terem chegado a estar a desvalorizar, os preços do crude regressaram às subidas, com o Brent, negociado em Londres, a valorizar 1,40% para 49,37 dólares por barril, com os investidores a aguardarem novos detalhes sobre o acordo e quem irá realmente reduzir produção.

Chumbo em máximos de 16 meses

O chumbo segue a negociar no valor mais elevado desde Maio de 2015, com o metal a liderar os ganhos registados pelos metais, depois de a OPEP ter anunciado que vai cortar a sua produção. O chumbo sobe 2,1% para 2.038 dólares por tonelada métrica, no mercado londrino. Apenas nos últimos quatro dias, as cotações disparam 6%, tendo tocado em 2.041 dólares durante a sessão, máximos de 16 meses. O chumbo está a acompanhar a tendência positiva registada pelos metais, que estão a ser suportados pela expectativa que o acordo da OPEP aumente os preços do petróleo e o custo de produção dos metais.

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