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Fecho dos mercados: Juros abaixo de 2,7%, Europa estável e máximos nas bolsas dos EUA

O índice das bolsas europeias ficou praticamente inalterado, numa sessão em que a taxa da dívida portuguesa passou abaixo de 2,7%, renovando mínimos de Janeiro. O petróleo dispara e ajudou a impulsionar as bolsas dos EUA.

Bloomberg
15 de Agosto de 2016 às 17:26
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,27% para 4.815,76 pontos

Stoxx 600 desliza 0,01% para 346,05 pontos

S&P 500 ganha 0,39% para 2.192,66 pontos

"Yield" da dívida a 10 anos de Portugal desceu um ponto base para 2,692%

Euro avança 0,33% para 1,1199 dólares

Petróleo valoriza 2,15% para 47,98 dólares por barril, em Londres

Bolsas europeias estáveis, nos EUA há novos máximos

As bolsas europeias iniciaram a semana com um comportamento estável, numa sessão marcada pela baixa liquidez. O índice que agrega as 600 cotadas mais representativas do Velho Continente deslizou 0,01% para 346,05 pontos. As empresas do sector automóvel e farmacêutico tiveram os melhores desempenhos, compensando as descidas das acções do turismo e das telecoms.

Apesar do ganho ligeiro do Stoxx 600, a bolsa alemã esteve em destaque na sessão. O principal índice da bolsa de Frankfurt valorizou 0,24% para 10.739,21 pontos, apagando as perdas que registava desde o início do ano. Sobe mais de 20% desde meados de Fevereiro, entrando em território de mercado "touro".

Após um início de ano conturbado, as acções têm recuperado com a expectativa de que as medidas ultraexpansionistas dos bancos centrais tornem esta classe de activos uma alternativa para os investidores que procurem rendimento num cenário de taxas de juro de zero ou negativas.

Nos EUA, a sessão também está a ser positiva. Tanto o S&P 500 como o Nasdaq 100 valorizam e negoceiam em máximos históricos. O índice que agrega as 500 cotadas mais representativas do mercado americano sobe 0,39% para 2.192,66 pontos. Já o Nasdaq 100 ganha 0,56% para 4.883,796 pontos.

O PSI-20 não conseguiu acompanhar os ganhos e interrompeu uma sequência de sete sessões de subidas. O índice desceu 0,27% para 4.815,76 pontos, pressionado sobretudo pelas quedas dos CTT, da Jerónimo Martins e da Nos.

Taxa a dez anos abaixo de 2,7%

A taxa das obrigações portuguesas a dez anos voltou a descer esta segunda-feira. Baixou um ponto base para 2,692%, renovando mínimos de Janeiro. É o sexto dia consecutivo de desagravamento da "yield" portuguesa, num cenário em que as obrigações dos países da periferia têm sido beneficiadas pelas expectativas de mais estímulos por parte dos bancos centrais.

Apesar dessa tendência das últimas sessões, as taxas de Espanha e Itália interromperam esta segunda-feira o ciclo de descidas. A "yield" espanhola a dez anos subiu 0,9 pontos base, mas continua a transaccionar abaixo de 1%. Já a taxa italiana, na mesma maturidade, aumenta 1,6 pontos base para 1,058%.

A taxa germânica a dez anos também viveu um dia de subidas. Aumentou 3,4 pontos base para -0,074%. Este desempenho, a par da descida da taxa portuguesa, permitiu que o prémio de risco da dívida nacional baixasse 4,4 pontos base para 276,6 pontos base.

Euribor a três meses alivia de máximos

A Euribor a três meses subiu 0,1 pontos base para -0,298% esta segunda-feira, abandonando os valores mínimos registados na passada sexta-feira, altura em que foi fixada em -0,299%, segundo dados da Bloomberg. Apesar da subida do indexante a três meses, a taxa a um mês desceu para terreno ainda mais negativo, passando de -0,368% para -0,369%. 

Apostas na queda da libra em recordes

A libra perde 0,36% face à divisa norte-americana, negociando em 1,2873 dólares, renovando mínimos no pós-Brexit. Os fundos de cobertura de risco colocaram as maiores apostas na descida da libra desde que há registos, segundo a Bloomberg. Apesar de a divisa já desvalorizar mais de 12% face ao dólar este ano, os investidores apostam que os próximos dados económicos no Reino Unido dêem sinais de fraqueza motivados pelo Brexit.

Petróleo

O petróleo avança mais de 2% e negoceia no valor mais elevado das últimas três semanas. O preço do barril de Brent, negociado em Londres, sobe 2,15% para 47,98 dólares. Já o West Texas Intermediate, transaccioniado em Nova Iorque, avança 2,41% para 45,56 dólares. Estas subidas ocorrem numa altura em que cresce a expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) poderá avançar para o congelamento da produção na próxima reunião, agendada para Setembro.

Ouro mantém subidas

O metal amarelo valoriza 0,50% para 1.342,70 dólares. Isto apesar dos gestores de "hedge funds" terem voltado a desinvestir na subida do ouro. Segundo dados da Comissão para a Negociação de Futuros de Matérias-Primas, citados pela Bloomberg, os contratos a apostar na subida voltaram a descer na semana terminada a 9 de Agosto. Caíram 4,3% para 255.773. Esta maior cautela ocorre depois do ouro ter valorizado 26,5% desde o início do ano, e da procura pelo metal precioso na perspectiva de investimento ter batido recordes no primeiro semestre.

Destaques do dia

Bruxelas admite dar mais protecção à dívida que reforça solidez dos bancos. A União Europeia está a avaliar a possibilidade de dar mais protecção aos instrumentos de dívida que ajudam os bancos a cumprir algumas exigências de solidez, como os "CoCos". A ideia é dar prioridade ao pagamento dos juros destes títulos sobre a distribuição de bónus e dividendos.

Brexit pode ser adiado para o final de 2019. A saída efectiva do Reino Unido da União Europeia poderá ser adiada para o final de 2019, devido à falta de condições do Governo de iniciar o processo, revela o Sunday Times.

Japão cresce menos de metade do previsto. O Japão revelou os dados da economia do segundo trimestre do ano. E os números não são animadores, com o crescimento económico a ser menos de metade do previsto.

Bolsas dos EUA atingem novos máximos históricos. As bolsas dos EUA já reforçaram a tendência de subida e negoceiam em níveis nunca antes vistos. As fusões e aquisições e a subida dos preços do petróleo estão a impulsionar os índices.

Petróleo sobe mais de 2% em Londres e em Nova Iorque. O preço do petróleo segue em forte alta nos mercados internacionais, estando a valorizar acima de 2% tanto em Londres como em Nova Iorque. A especulação em torno do eventual congelamento da produção por parte da OPEP está a impulsionar.

O que vai acontecer amanhã

Zona Euro

Balança comercial, relativa a Junho [anterior: 24,5 mil milhões de euros]

Alemanha

Índice ZEW, que mede a confiança dos investidores, relativo a Agosto [anterior: 59,8 pontos ; estimativa: 50,3 pontos]

Portugal

INE - Actividade turística, relativa a Junho

EUA

Índice de preços no consumidor, relativo a Julho [anterior (homólogo): 1,0% ; estimativa: 0,9%]

Produção industrial, relativa a Julho [anterior: 0,6% ; estimativa: 0,2%]

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