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Fecho dos mercados: Grécia acelera bolsas e acalma juros. Petróleo recua com o Irão

As bolsas europeias valorizaram, beneficiando da expectativa em torno de um acordo entre a Grécia e os parceiros da Zona Euro. O euro disparou, beneficiando também do optimismo para a economia da região, tornando mais barato o petróleo que recua mais de 1%.

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Three Things That Are Moving Markets Today
03 de Junho de 2015 às 17:03
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,97% para 5.936,78 pontos

Stoxx 600 cedeu 0,13% para 395,95 pontos

S&P 500 valoriza 0,44% para 2.118,88 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 3,4 pontos base para 2,875%

Euro avança 1,09% para 1,1273 dólares

Petróleo desce 2,12% para 64,09 dólares por barril

 

Lisboa brilha na Europa

A bolsa nacional avançou quase 1%, terminando a sessão nos 5.936,78 pontos, com o BCP a ser o "motor" do índice nacional. Numa altura em que decorre o período de troca de dívida por novas acções do banco, os títulos avançaram 4,06% para os 8,97 cêntimos, já o BPI ganhou 1,71% para 1,43 euros. Nota positiva também para a Nos que ganhou 1,46%, já a EDP pesou no desempenho do índice ao ceder 0,67% para 3,539 euros perante o potencial impacto nas contas da seca no Brasil.

 

O mercado português acompanhou a tendência das restantes praças europeias que regressaram aos ganhos depois da queda de mais de 1% na sessão anterior. A perspectiva de um acordo entre a Grécia e os parceiros da Zona Euro, mas também a revisão em alta das projecções de crescimento da região por parte do BCE levaram a generalidade dos índices a valorizar. As bolsas da Alemanha e da Grécia, o DAX e o ASE, foram as que mais subiram: 0,79% e 4,61%, respectivamente. O Stoxx 600 perdeu 0,13%

 

Juros da dívida mais nervosos

A perspectiva de que possa estar próximo um entendimento entre a Grécia e a Zona Euro aliviou a pressão que se tem feito sentir no mercado de dívida da região. Os juros da dívida grega encolheram substancialmente, com a taxa a 10 anos a cair 64,2 pontos base para 10,715%. Em Portugal, o juro das obrigações do Tesouro a 10 anos subiu ligeiros 3,2 pontos base para 2,875%, enquanto a "yield" de países como Espanha e Itália ficou praticamente inalterada. Na Alemanha, a taxa subiu para 0,89%, com o prémio de risco da dívida nacional face às "bunds" a encolher para 194,92pontos.

 

Euribor toca novo mínimo

Num dia que ficou, também, marcado pela reunião do Conselho de Governadores do BCE, as Euribor recuaram. A taxa a três meses, uma das mais utilizadas pelas famílias portuguesas como indexante nos contratos de crédito para a habitação, passou de -0,013% para um novo mínimo histórico de -0,014%. A taxa a um mês também acentuou a tendência de queda, fixando-se nos -0,061%.

 

Euro à boleia de Draghi

A moeda única europeia prosseguiu a forte valorização registada na sessão anterior, quando tinha avançado mais de 2%. Contra a moeda norte-americana, o euro seguia a valorizar 1,09% para 1,1273 dólares, impulsionado pelo optimismo de Mario Draghi, presidente do BCE, relativamente à economia da Zona Euro. O BCE espera que a economia da Zona Euro cresça 1,5% em 2015, 1,9% em 2016 e 2% em 2017, valores que comparam com os 1,5%, 1,9% e 2,1%, respectivamente.

 

Petróleo cai com o Irão

Com o euro a valorizar, o petróleo ficou ainda mais barato para os mercados europeus numa sessão em que as cotações da matéria-prima deslizaram. A intenção do Irão de aumentar a oferta de petróleo, aumentando ainda mais a quantidade de barris no mercado, levou o Brent, negociado em Londres, a perder 2,12% para 64,09 dólares. O WTI, negociado nos EUA, caiu 1,91% para 60,09 dólares, tendo atenuado a quebra depois de ser revelada mais uma redução nas reservas da matéria-prima nos EUA.

 

Ouro perde brilho

Num dia marcado por ganhos nos mercados accionistas, o ouro perdeu brilho. O metal precioso seguia a desvalorizar 0,17% para 1.191,01 dólares por onça. Um desempenho negativo que explica o porquê de, de acordo com um relatório citado pela Bloomberg, as apostas em ouro através de produtos financeiros terem recuado para o nível mais baixo desde 2009.

 

Destaques do dia

 

Encontro entre Tsipras e Juncker confirmado mas sem garantias de acordo – Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, e Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego, vão encontrar-se, algo já confirmado por Bruxelas. No entanto, a Comissão Europeia alerta que será pouco provável alcançar um acordo esta quarta-feira. Mario Draghi, presidente do BCE, diz que quer "que a Grécia fique no euro, mas tem de haver um acordo forte".

 

Draghi: "Recuperação está no caminho certo, mas perdeu algum ritmo" – O BCE manteve as previsões de crescimento para a Zona Euro, mas diz que esperava recuperação um pouco mais forte. Abrandamento das economias emergente prejudica. Previsões para inflação e crescimento mantiveram-se quase inalteradas.

 

OCDE sobe previsão de crescimento e acredita em défice abaixo de 3% – A OCDE prevê que a economia dos países do euro acelere, apontando para que Portugal apresente um crescimento de 1,6%, em linha com as previsões do Governo e acima dos 1,4% da Zona Euro. Diz que a consolidação orçamental tem de ser prosseguida e, dentro da folga possível, recomenda descida dos impostos sobre as empresas e aumento do universo de bens e serviços sujeitos à taxa normal do IVA.

 

O que vai acontecer amanhã

 

Reunião do Banco de Inglaterra - Conclusão da reunião do Comité de Política Monetária, com anúncio da decisão relativa à taxa de juro de referência e às compras de activas

 

PMI da Zona Euro – É revelado o índice de gestores de compras (PMI) da Markit para o retalho, em Maio, sendo esta a estimativa final. A anterior leitura foi de 49,5 pontos.

 

Emprego nos EUA – São revelados os pedidos de subsídio de desemprego continuados, na semana terminada a 23 de Maio, mas também os novos pedidos de subsídio de desemprego, na semana terminada a 30 de Maio.

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