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Fecho dos mercados: Bolsas sobem e juros caem com acordo na Grécia. Euro desvaloriza

As principais praças europeias valorizaram pela sétima sessão consecutiva, impulsionadas pela aprovação do acordo no Parlamento grego. Uma tendência positiva também sentida nos juros da dívida, ao passo que o euro caiu, pressionado pela perspectiva de que a Fed suba os juros de referência ainda este ano.

Reuters
16 de Julho de 2015 às 17:12
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 1,33% para 5.890,24 pontos

Stoxx 600 avançou 1,35% para 405,43 pontos

S&P 500 valoriza 0,71 para 2.122,40 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recuou 1,4 pontos base para 2,670%

Euro desliza 0,48%, para 1,0897 dólares

Petróleo sobe em Londres 1,35%, para 57,82 dólares por barril

 

Grécia dá sétima sessão de ganhos às bolsas europeias

As principais praças europeias voltaram a valorizar esta quinta-feira. A aprovação pelo Parlamento grego às medidas negociadas por Alexis Tsipras deu o mote aos bons desempenhos, uma vez que este era ainda um dos obstáculos ao acordo. Mais tarde, o Eurogrupo aprovou um empréstimo preliminar à Grécia de sete mil milhões de euros, uma decisão que foi acompanha pelo aumento decretado pelo BCE de 900 milhões de euros de ajuda à banca grega.

 

Estas decisões levaram, assim, as praças europeias aos ganhos, com o Stoxx 600, índice europeu de referência, a valorizar pela sétima sessão consecutiva, desta feita 1,35% para 405,43 pontos. Mas a liderar as subidas este o italiano FTSE MIB, que valorizou 1,67% para 23.783,14 pontos, seguindo pelo espanhol IBEX 35 e pelo alemão DAX que avançaram, respectivamente, 1,54% para 11.510,60 pontos e 1,53% para 11.716,76 pontos.

 

Por cá, o PSI-20 subiu esta quinta-feira 1,33% para 5.890,24 pontos, impulsionado pelos desempenhos da banca. As acções do BPI valorizaram 4,03% para 1,137 euros, ao passo que BCP e Banif avançaram, respectivamente, 1,85% para 8,24 cêntimos e 3,13% para 0,66 cêntimos. Já a Altri, impulsionada pela queda do euro e consequente valorização do dólar, registou um ganho de 6,06% para 3,993 euros.   

 

Juros recuam na periferia pela oitava sessão

Os juros da dívida soberana voltaram a recuar esta quinta-feira na periferia. É já a oitava sessão consecutiva de queda, com a taxa da dívida portuguesa a 10 anos a cair 1,4 pontos base para 2,670%. Uma tendência acompanhada pela "yield" de Espanha e Itália que deslizaram, respectivamente, 3,5 pontos para 1,979% e 1,4 pontos para 1,990%. Já a taxa da dívida alemã na mesma maturidade subiu 0,4 pontos para 0,833%, o que levou o "spread" de Portugal a descer para 184,4 pontos.

 

Euro recua para menos de 1,09 dólares

A moeda europeia continua a negociar em baixa. O euro está a desvalorizar 0,48% para 1,0897 dólares, pressionado pela perspectiva de que a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) irá subir os juros ainda este ano. Algo que a própria presidente, Janet Yellen, confirmou na quarta-feira, ao afirmar que se a economia evoluir como previsto, "as condições económicas provavelmente irão tornar apropriada, algures este ano, uma subida da taxa de juro de referência".

 

Euribor inalteradas em dia de reunião do BCE

As taxas Euribor ficaram inalteradas em todos os prazos. A taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, fixou-se novamente em 0,049%, enquanto a taxa a três meses, que está em "terreno" negativo desde Abril, manteve-se em -0,019%, o actual mínimo histórico, isto no dia em que o Banco Central Europeu decidiu manter a taxa directora em 0,05%.

 

Petróleo sobe em Nova Iorque, acelera em Londres

O petróleo recuperou da queda registada na última sessão, com as cotações a avançarem tanto em Nova Iorque como em Londres. O West Texas Intermediate seguia a valorizar 0,21% para 51,52 dólares, recuperando de mínimos de quase três meses, mas estava a ser travado pela força da moeda dos EUA, perante a perspectiva de que haja, em breve, uma subida de juros por parte da Fed. Em Londres, o Brent somava 1,35% para 57,82 dólares, ganho que colocou o preço do barril em "terreno" positivo no saldo de 2015.

 

Ouro perde brilho pela quarta sessão consecutiva

O ouro está cada vez menos brilhante. Seguia a recuar 0,43% para 1.144,45 dólares por onça, elevando para quatro o número de sessões consecutivas com saldo negativo. Está a viver a maior série de quedas em oito meses, com os investidores a abandonarem o metal precioso perante a perspectiva de que a Reserva Federal dos EUA avance, em breve, com uma subida da taxa de juro na maior economia do mundo. Janet Yellen afirmou perante o Congresso que a Fed pode decidir em qualquer reunião começar a subir as taxas de juro.

 

Destaques do dia

Draghi: "É necessário aliviar a dívida grega". O presidente do BCE diz que "ninguém questiona" a necessidade de aliviar o fardo da dívida grega. A questão é saber "qual é a melhor forma de o fazer" no contexto legal e económico da Zona Euro.

 

BCE aumenta financiamento de emergência à Grécia em 900 milhões. O conselho do BCE aumentou em 900 milhões de euros, e por uma semana, o limite da linha de financiamento de emergência aos bancos gregos que estava fixada nos 89 mil milhões de euros desde o final de Junho.

 

Europa fecha acordo de princípio para terceiro resgate e empréstimo urgente à Grécia. Os ministros das Finanças da Zona Euro chegaram a um acordo de princípio para conceder um terceiro resgate de três anos à Grécia. O mais urgente é um empréstimo de emergência de sete mil milhões de euros a Atenas, que foi também aprovado pelos 28 países europeus. Os que não pertencem ao euro, como é o caso do Reino Unido, receberam a garantia de que não correrão riscos.

 

Schäuble: Saída temporária da Grécia da Zona Euro "talvez fosse a melhor solução". O ministro das Finanças da Alemanha reitera que as regras da Zona Euro não permitem que seja concedido um perdão de dívida a um país por partes das várias instituições. Mas parece certo que a Grécia precisa mesmo de um perdão de dívida. Logo, a melhor solução talvez seja mesmo a saída temporária do país da Zona Euro.

 

Oposição grega aprova acordo em que Alexis Tsipras não acredita. As primeiras medidas de reforma e de austeridade só foram aprovadas porque o primeiro-ministro grego conseguiu o apoio da oposição. Metade dos 64 "oxi" vieram do Syriza, incluindo de Varoufakis. Tsipras diz que não se demite. Eurogrupo e BCE reúnem-se hoje para preparar a libertação de um cheque de emergência de sete mil milhões de euros.

  

O que vai acontecer amanhã

 

Preços na indústria. O Instituto Nacional de Estatística divulga o índice de preços na produção industrial, relativo a Junho.

 

Evolução da economia. O Instituto Nacional de Estatística divulga a síntese económica de conjuntura.

 

Preços nos EUA. É conhecida a evolução do índice de preços no consumidor, durante o mês de Junho.

 

Confiança dos consumidores nos EUA. A Universidade de Michigan divulga o índice de confiança dos consumidores norte-americano, para o mês de Julho.

 

"Rating" para a Bélgica. A Standard & Poor’s tem agendada uma possível revisão à notação financeira para a Bélgica.

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