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Fecho dos mercados: Bolsas recuperam, petróleo e libra afundam

Após quatro sessões consecutivas de perdas, as principais praças europeias encerraram em alta esta terça-feira, impulsionadas pelo sector automóvel. Isto numa sessão em que a libra afundou para mínimos de 2010 e o petróleo está próximo de cair dos 30 dólares por barril.

Bloomberg
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Os mercados em números

PSI-20 valoriza 1,75% para 5.134,66 pontos

Stoxx 600 subiu 0,88% para 343,22 pontos

S&P 500 avança 0,19% para 1.927,41 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal avança 3,7 pontos base para 2,684%

Euro recua 0,3% para 1,0826 dólares

Petróleo cai 2,6% para 30,74 dólares por barril, em Londres

Bolsas europeias registam o melhor ganho do ano

As acções europeias iniciaram a sessão desta terça-feira em queda, mas logo inverteram a tendência. Numa sessão em que o foco esteve no sector automóvel, graças às melhores previsões para as vendas na China, o Stoxx 600, índice europeu de referência, encerrou a valorizar 0,88% para 343,22 pontos. Mas a liderar esteve o grego FTASE, com um ganho de 2,58% para 169,99 pontos. Logo a seguir estiveram o francês CAC40 e o alemão DAX que valorizaram, respectivamente, 1,53% e 1,63%.

Por cá, também o PSI-20 encerrou em alta. O principal índice da bolsa de Lisboa avançou 1,75% para 5.134,66 pontos. A impulsionar esteve a Jerónimo Martins, que subiu 3,93% para 12,56 euros. Mas também a EDP Renováveis esteve em destaque, ao subir 2,61% para 7,202 euros, numa sessão em que a EDP avançou apenas 0,06% para 3,198 euros. Mas o melhor desempenho da sessão pertenceu à Altri. A cotada nacional disparou 5,47% para 4,721 euros.

Juros da dívida sobem pela quinta sessão

As taxas de juro da dívida soberana portuguesa voltaram a subir esta terça-feira. A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos avançou pela quinta sessão consecutiva, desta feita 3,7 pontos base para 2,684%. Isto numa sessão em que também os juros de Espanha e de Itália encerraram em alta. Já a "yield" da dívida alemã a 10 anos caiu 0,7 pontos para 0,533%, levando a que o "spread" de Portugal subisse para 215 pontos.

Euribor registam novos mínimos históricos

Após ter ficado inalterada na última sessão, a taxa Euribor a três meses voltou às quedas. E registou um novo mínimo histórico, ao passar de -0,143% para -0,144%. Também a Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal como indexante no crédito à habitação, atingiu o valor mais baixo de sempre, ao recuar de -0,052% para -0,053%. E as taxas a nove e 12 meses também caíram. A primeira passou de -0,004% para -0,006%, ao passou que a mais longa desceu de 0,050% para 0,0485%.

 

Libra afunda para um mínimo de 2010

A ligeira recuperação da libra na segunda-feira foi de pouca dura. A moeda britânica voltou às quedas nesta sessão, desta feita afundando um máximo de 1,31% para 1,4352 dólares, o valor mais baixo desde 2010. A libra cai agora 0,89% para 1,4414 dólares. A pressionar continuam os receios dos investidores em relação ao referendo à permanência do Reino Unido na União Europeia, que poderá acontecer já no decorrer deste Verão.

Petróleo cada vez mais perto dos 30 dólares

Caiu no arranque da sessão, mas recuperou. Chegou a subir mais de 2%, mas voltou a afundar, renovando mínimos de 12 anos, cada vez mais perto dos 30 dólares. O West Texas Intermediate, negociado nos EUA, chegou a cotar nos 30,10 dólares, após uma queda de mais de 4%, seguindo a perder 3,50% para 30,31 dólares. Em Londres, o Brent seguia a cair 2,6% para 30,74 dólares, pressionado pela expectativa em torno de um novo aumento das reservas norte-americanas que virão desequilibrar ainda mais o mercado numa altura em que a oferta é elevada e a procura continua fraca.

 

Cobre toca novo mínimo de 2009

Tanto o ouro como a prata caíram, mas foi o cobre, o "termómetro da economia", que registou o pior desempenho ao afundar para um novo mínimo de seis anos. O metal caiu 0,4% para 1,9645 dólares por libra-peso, tocando nos 1,9525 dólares por libra-peso, um mínimo de 2009, perante uma nova de investimento do Barclays em que o banco cortou as suas estimativas para o preço da matéria-prima por acreditar que os indicadores que têm sido conhecidos tornam cada vez mais difícil uma recuperação da economia da China na primeira metade de 2016.

 

Destaques do dia

 

Bolsas europeias aproveitam a bonança após a turbulência das últimas sessões- Após as quedas ao início da sessão, as principais praças europeias estão a negociar em alta, lideradas pelo grego FTASE. O destaque vai para o o sector automóvel, que está a beneficiar das melhores previsões para as vendas na China.

 

China dá os primeiros passos para criar um "super regulador" financeiro - O Governo chinês quer apertar a regulação financeira e garantir uma melhor coordenação entre as diversas entidades reguladoras. Para isso, pretende criar uma super estrutura regulatória que supervisione todas as entidades.

 

Rússia impõe cortes de 10% na despesa face à queda do preço do petróleo - A Rússia exige cortes na despesa na ordem dos 10%, sendo que os ministérios têm até 15 de Janeiro para fazer as suas propostas. Caso contrário, a decisão recai sobre o Ministério das Finanças. A pressionar as contas russas está a queda acentuada dos preços do petróleo.

 

OPEP deverá reunir de emergência para responder à queda do petróleo - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) deverá reunir-se antes do encontro agendado para Junho, para resolver o problema da queda acentuada dos preços da matéria-prima. Na calha poderá estar um corte na produção.

 

Pimco acusa Portugal de confisco à moda da Venezuela ou Argentina no Novo Banco - Após o Financial Times ter escrito que "Portugal fez o correcto" ao reenviar para o BES dívida sénior do Novo Banco, o director-geral da Pimco, entidade que tinha dívida sénior, diz que a medida "abre um precedente perigoso". Bodereau fala em "populismo" à moda da Venezuela ou da Argentina.

 

BdP defende que só Totta apresentou proposta ao Banif- O regulador português diz que decidiu a venda da actividade do Banif ao Santander Totta em "articulação com as autoridades europeias", o que obrigava a que fosse vendido a um banco. E foi o Governo de Costa que apontou para a resolução, diz o BdP.

 

Novembro foi o melhor mês para o crédito à habitação desde chegada da troika - As novas operações de crédito aumentaram de forma significativa no ano passado. Novembro não foi excepção e foi, até, o melhor mês em mais de quatro anos.

 

Malparado aumenta nas famílias, mas desce nas empresas - O montante de crédito de difícil recuperação que os bancos tinham em carteira diminuiu em Novembro. Uma evolução permitida pela descida do montante de malparado relativo às empresas.

 

Commerzbank: Portugal fará primeira emissão sindicada do ano na próxima semana- Portugal prevê obter 18 mil milhões em obrigações. O banco de investimento alemão acredita que o IGCP procurará financiar-se num valor superior em 2016, podendo mais do que duplicar o reembolso previsto ao FMI se as condições de mercado o permitirem.

 

S&P antevê tendência para corte de "ratings" em 2016 - A agência de notação financeira estima que em 2016 haverá uma tendência para cortes de "ratings" das empresas. A S&P acredita que a deterioração das condições globais para os negócios vai afectar a saúde financeira das empresas.

 

O que vai acontecer amanhã

 

Inflação em Portugal – O Instituto Nacional de Estatística revela o índice de preços no consumidor. O dado é referente ao mês de Dezembro, completando assim o ano de 2015.

 

Produção industrial na Zona Euro – O Eurostat vai revelar a produção industrial na região. O dado é referente ao mês de Novembro. Na anterior leitura tinha crescido 1,9%. A estimativa dos economistas consultados pela Bloomberg aponta para 1,8%.

 

Livro Bege – É publicado o Livro Bege da Reserva Federal que reúne um conjunto de indicadores sobre a maior economia do mundo, a dos EUA.

 

Indicadores na China – Numa altura em que as atenções dos investidores estão voltadas para os indicadores da segunda maior economia do mundo, a China revela a sua balança comercial. O dado é referente ao mês de Dezembro.

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