Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,96% para 5.347,67 pontos

Stoxx 600 subiu 0,93% para 384,37 pontos

"Yield 10 anos de Portugal recua 8,2 pontos base para 2,334%

Euro recua 0,12% para 1,0611 dólares

Petróleo desce 1,54% para 45,46 dólares por barril em Londres

Bolsas europeias em máximos de três meses

As principais bolsas do Velho Continente completaram duas sessões consecutivas de ganhos e atingiram máximos de três meses. A animar os investidores continua a estar a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) venha a reforçar os estímulos à economia da Zona Euro. Numa sessão marcada pelo encerramento das praças de Wall Street devido do "Dia de Acção de Graças", as empresas exportadoras lideraram os ganhos, animadas pela desvalorização do euro. O índice de referência europeu, o Stoxx 600, somou 0,93%.

O PSI-20 acompanhou essa tendência. Somou 0,96% para 5.347,67 pontos. O sector energético foi aquele que mais contribuiu para a tendência positiva da bolsa. A Galp Energia somou 1,12% para os 9,97 euros. E, no grupo EDP, a casa-mãe ganhou 1,22% para os 3,23 euros e a EDP Renováveis valorizou 1,94% para os 6,501 euros. E também o BPI se destacou com uma subida de 3,81% para os 1,145 euros. Mas foram os CTT que protagonizaram a subida mais expressiva do dia: 5,38% para os 8,754 euros.

Juros em queda pelo terceiro dia

Os investidores voltaram a exigir juros mais baixos para apostar na dívida pública portuguesa. A tendência de queda verificou-se em todas as maturidades. No prazo de referência a dez anos, a "yield" completou três dias de perdas. Caiu 8,2 pontos base para 2,334%. Nos restantes países da periferia da Zona Euro, a tendência foi indefinida. O diferencial face à dívida alemã caiu para os 186,4 pontos.

Euribor renovam mínimos históricos

As taxas Euribor voltaram a desvalorizar, fixando novos mínimos históricos nos principais prazos. A taxa a três meses, que está em valores negativos desde 21 de Abril, caiu tendo atingido os -0,109%. Já a Euribor a seis meses, o principal indexante do crédito à habitação em Portugal, desceu para os -0,039%, também o valor mais baixo de sempre. A taxa a nove meses também desceu e aproximou-se de 0%, fixando-se nos 0,001%. E a taxa a 12 meses, que é também usada nos empréstimos para a compra de casa, recuou para 0,053%. Estas quedas devem-se à crescente expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie já na reunião de Dezembro mais estímulos à economia.

Euro perto de mínimos de sete meses

A moeda europeia voltou a desvalorizar e aproximou-se dos níveis mais baixos em sete meses face ao dólar. A manter o euro em queda continua a estar a expectativa de que o BCE venha a anunciar na reunião da próxima semana mais estímulos à economia da Zona Euro. O euro cede 0,12% para 1,0611 dólares. Desde o início do mês, apenas a coroa dinamarquesa desvaloriza mais face ao dólar entre as principais moedas negociadas.

Aumento das reservas penaliza petróleo

A matéria-prima segue a perder valor nos principais mercados internacionais. Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) cede 1,21% para os 42,52 dólares por barril. Já em Londres, o Brent, que serve de referência para as importações portuguesas, desvaloriza 1,54% para 45,46 dólares por barril. A queda dos preços deve-se ao anúncio da subida dos inventários pela nona semana consecutiva.

Ouro perto de mínimos de cinco anos

O metal precioso voltou às quedas, mas segue agora pouco alterado nos 1.071,75 dólares por onça. A penalizar o ouro estiveram os dados económicos conhecidos esta quinta-feira e que aumentaram a expectativa de que a Reserva Federal venha a subir a taxa de juro dos Estados Unidos pela primeira vez em nove anos. Uma perspectiva que tem colocado o metal a negociar perto dos valores mais baixos em cinco anos.

Destaques do dia

Rússia responde a abate de avião e impõe restrições aos produtos agrícolas turcos. A resposta de Moscovo ao derrube de um avião militar russo pela força aérea turca não tardou. A Rússia decidiu impor análises laboratoriais a todos os bens primários importados da Turquia.

De saída do IBEX, Abengoa volta a recuar 30%. A Abengoa está de saída do índice da bolsa espanhola. As acções cedem novamente. O Governo de Rajoy está atento e espera uma solução. O pedido de protecção de credores já foi feito. Há quatro meses para negociar com a banca.

Minuto-a-minuto da tomada de posse do Governo de António Costa. Cavaco Silva dá hoje posse ao Governo de António Costa. O Negócios acompanha em directo todos os acontecimentos no Palácio da Ajuda.

Comissão Europeia quer ouvir Mário Centeno "muito rapidamente". A Comissão Europeia vai entrar em contacto "muito rapidamente" com o novo ministro das Finanças, Mário Centeno, para conhecer as "intenções" do novo Governo português, disse esta quinta-feira o comissário europeu dos Assuntos Económicos.

China investiga corretora chinesa por 166 mil milhões de dólares em títulos falsos. As autoridades chinesas estão a investigar o Citic, que é a maior corretora chinesa, depois de esta ter colocado no mercado derivados financeiros falsos avaliados em 166 mil milhões de dólares.

Volkswagen tem 45 dias para chamar às oficinas os modelos com motores manipulados. O grupo automóvel alemão Volkswagen tem 45 dias para chamar à oficina os veículos com motores diesel 3.0 que possam ter sido adulterados na sequência do escândalo de emissões de gases.

Três bancos portugueses com 75 milhões em risco na Abengoa. Há 200 instituições financeiras com exposição à Abengoa, empresa espanhola que pode protagonizar a maior falência de sempre em Espanha. Três são grandes bancos portugueses: Novo Banco, BPI e CGD. O BCP não está exposto.

O que vai acontecer amanhã

OPEP. Reunião do Conselho Económico da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, em antecipação da reunião de 4 de Dezembro.

INE. Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores, em Novembro.

Teixeira Duarte. Apresentação de resultados do terceiro trimestre.

Reditus. Apresentação de resultados do terceiro trimestre.

Zona Euro. Indicador de confiança, em Novembro.