Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Fecho dos mercados: Bolsas europeias e petróleo avançam. Juros abaixo de 3%

As bolsas europeias avançaram pela terceira sessão, após o reforço dos estímulos na China. Os juros da dívida portuguesa recuaram, quebrando a fasquia dos 3%. O petróleo sobe quase 3% para os 36 dólares em Londres.

Bloomberg
29 de Fevereiro de 2016 às 17:29
  • 3
  • ...

Os mercados em números
PSI-20 subiu 1,21% para 4.767,28 pontos

Stoxx 600 subiu 0,72% para 333,92 pontos

S&P 500 valoriza 0,46% para 1957,00 pontos

Juros da dívida portuguesa a 10 anos descem 9,3 pontos base para 2,989%

Euro recua 0,64% para 1,0867 dólares

Petróleo sobe 2,74% para 36,06 dólares por barril, em Londres

 

Bolsas europeias sobem com estímulos económicos

As bolsas europeias avançaram, pela terceira sessão consecutiva, acumulando a série mais longa de ganhos este ano. O reforço dos estímulos na economia chinesa, através do corte no rácio de reservas, impulsionou as acções. O Stoxx 600 subiu 0,72% para 333,92 pontos. As mineiras lideraram os ganhos no índice de referência europeu, com a perspectiva de maior procura da matéria-prima na China, o maior consumidor de metais a nível mundial. Entre as principais praças europeias, a Grécia destacou-se com uma subida de 2,71%, seguida pelo espanhol Ibex-35, que avançou 1,34%

A bolsa de Lisboa também se destacou com um ganho superior a 1%. O PSI-20 avançou 1,21% para 4.767,28 pontos, com 11 cotadas em alta, cinco em queda e uma inalterada. A Nos foi a empresa que mais contribui para a subida do índice de referência nacional, ao apreciar 3,38% para 6,389 euros, na sessão anterior à apresentação dos resultados de 2015. A EDP Renováveis também contribuiu, ao 2,29% para 6,62 euros.

Juros abaixo dos 3%

Os juros da dívida portuguesa recuaram em todos os prazos, acompanhando a tendência das obrigações da Zona Euro. A taxa das obrigações a 10 anos, que é considerada a maturidade de referência, caiu 9,3 pontos base para 2,989%, quebrando a fasquia dos 3%. Uma descida mais acentuada do que em Espanha e na Alemanha. A "yield" das obrigações espanholas recuou 4,2 pontos base para 1,530% e a taxa das "bunds" caiu 4,0 pontos para 0,107%. Assim, o prémio de risco face à Alemanha caiu para 288,2 pontos.

Taxas Euribor fixam novos mínimos

As taxas Euribor caíram nos prazos a três, seis, nove e 12 meses, fixando novos mínimos históricos. A Euribor a três meses recuou de -0,202% para -0,205%, o valor mais baixo de sempre. A taxa a seis meses caiu de -0,129% para -0,134%. No prazo a 9 meses, o indexante caiu de -0,075% para -0,079%, um novo mínimo histórico. A Euribor a 12 meses desceu de -0,018% para -0,024%.

 

Queda da inflação pressiona euro

O euro está a desvalorizar 0,61% para 1,0867 dólares, pressionado pela divulgação da taxa de inflação na Zona Euro. O índice de preços no consumidor na Zona Euro deverá ter ficado nos -0,2%, em Fevereiro, o que compara com os 0,3% de Janeiro, de acordo com a primeira estimativa do Eurostat. Com a taxa novamente em valores negativos, aumenta a especulação de que o Banco Central Europeu poderá reforçar os estímulos, pressionando a moeda única.

Petróleo sobe para 36 dólares 

O petróleo está a subir mais de 2% nos mercados internacionais, mantendo a tendência de valorização que levou o crude a disparar 10,6% na semana passada. Esta segunda-feira, o West Texas Intemediate (WTI), negociado em Nova Iorque, segue a apreciar 2,38% para 33,56 dólares por barril. O Brent, negociado em Londres, avança 2,74% para 36,06 dólares.

O corte do rácio de reservas para estimular a economia na China melhora as perspectivas para a procura da matéria-prima, impulsionando a negociação. Por outro lado, a contribuir para a subida dos preços, estão as indicações da Arábia Saudita, citada pela agência de notícias do país, de que irá continuar a procurar um acordo para estabilizar o mercado petrolífero.

 

Zinco sobe com medidas na China

A decisão do banco central da China de cortar o rácio de reservas, aumentando a liquidez dos bancos para estimular a economia, impulsionou a negociação dos metais industriais, devido à expectativa de maior procura pelo maior consumidor destas matérias-primas a nível mundial. O zinco liderou os ganhos, subindo 1,5% para 1.783,00 dólares por tonelada. Prolonga assim a tendência de ganhos da semana passada, em que subiu 0,77% pela sexta semana, a série mais longa desde Maio.

 

Destaques do dia

 

Inflação na Zona Euro volta em Fevereiro a valores negativos. No último dia do mês de Fevereiro, o Eurostat revela a sua projecção para a inflação desse mês. A Zona Euro voltará a ter uma taxa de inflação negativa.

 

Investidores "torcem o nariz" à falta de medidas do G20. A economia mundial teima em não recuperar, mas os responsáveis das Finanças do G20 também não apresentaram propostas concretas para a estimular. Os investidores não gostaram, levando as bolsas mundiais às quedas.

 

UBS: "Brexit" levaria a libra a atingir a paridade face ao euro. O cenário central do banco suíço é de que o Reino Unido permaneça na União Europeia. Mas realça que o mercado está a atribuir uma menor probabilidade ao "Brexit" do que o revelado pelas sondagens.

 

Taxas negativas no Japão congelam mercado interbancário. Em apenas um mês, as taxas de juro negativas no Japão já estão a ter efeitos indesejados. O mercado interbancário afundou 77%, pondo em causa o objectivo do banco central de que as instituição passem a conceder mais crédito às famílias e empresas.

 

China corta rácio de reservas para estimular economia. O banco central cortou o rácio de reservas, o que permite aos bancos aumentar a concessão de empréstimos. Esta é a mais recente medida da China para estimular a economia e controlar a queda dos mercados financeiros.

Adesões a pacotes de serviços telecomunicações estão a abrandar. No final de 2015 havia 3,25 milhões de clientes de pacotes de serviços de telecomunicações, um número que representa um aumento de 10% face a 2014. No entanto, segundo a Anacom as novas subscrições desaceleraram.

 

Isabel dos Santos: "Não sou financiada por dinheiro estatal nem por fundos públicos". Depois de iniciada a averiguação pela Comissão Europeia, a empresária angolana deu uma entrevista ao Wall Street Journal, recusando qualquer ajuda por parte do pai, presidente de Angola. "Ele é muito ocupado, eu também".

 

O que vai acontecer amanhã

Resultados. A Nos apresenta os resultados de 2015. A nível internacional, destaca-se a apresentação de resultados do Barclays e da Glencore.

Produção industrial. O INE publica os índices de produção industrial, em Portugal, em Janeiro. A Markit revela também esta terça-feira o índice PMI que mede a actividade na indústria, em Fevereiro, na Zona Euro, nos EUA e na China, entre outros países.

Desemprego na Zona Euro. O Eurostat publica a taxa de desemprego na Zona Euro, em Janeiro. 


  1. EUA. Será conhecido o investimento na construção, nos EUA, em Janeiro.
Ver comentários
Saber mais fecho dos mercados bolsas câmbios euro dólar petróleo juros Euribor inflação China
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio