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Fecho dos mercados: Europa regista pior arranque anual de sempre

As bolsas europeias encerraram a primeira sessão do ano com perdas superiores a 2%, no pior arranque anual de sempre. O petróleo e o euro estão a desvalorizar. Os juros da dívida soberana avançam, tal como o ouro.

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European Stocks Suffer Worst-Ever Start to a Year
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 1,54% para 5.231,14 pontos

Stoxx 600 caiu 2,50% para 356,66 pontos

S&P 500 desvaloriza 2,25% para 1997,90 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal avança 3,5 pontos base para 2,552%

Euro recua 0,51% para 1,0801 dólares

Petróleo recua 0,72% para 37,01 dólares por barril, em Londres

 

Acções europeias registam o pior início de ano de sempre

Precedidas por fortes quedas das acções chinesas, as principais praças europeias arrancaram a primeira sessão do ano em queda. Uma tendência que adensaram com o decorrer da sessão. O Stoxx 600, índice europeu de referência, fechou a sessão a cair 2,50% para 356,66 pontos, naquele que foi o pior início de ano de sempre. Mas foi o alemão DAX que registou o pior desempenho, ao afundar 4,28% para 10.283,44 pontos. Já o espanhol IBEX recuou 2,42% para 9.313,20 pontos.

Por cá, o PSI-20 iniciou 2016 a perder 1,54% para 5.231,14 pontos, o desempenho menos negativo entre as principais praças europeias. A pressionar o índice nacional estiveram a Galp Energia e a EDP. As cotadas do sector energético caíram, respectivamente, 3,17% para 10,38 euros e 4,10% para 3,185 euros. Em destaque esteve ainda a queda de 3% para 11,635 euros dos títulos da Jerónimo Martins. Já o BPI disparou 6,32% para 1,16 euros, com as acções a reagirem à oferta efectuada pela Unitel, sobre a posição de 10% no capital do Banco Fomento de Angola (BFA).

Juros da dívida arrancam 2016 em alta

As taxas de juro da dívida soberana portuguesa fecharam a primeira sessão do ano a subir nos prazos mais longos. Após ter iniciado esta segunda-feira em queda, a "yield" das obrigações a 10 anos acabou por subir 3,5 pontos base para 2,552%. Uma tendência que foi contrariada pelas taxas de juro de Espanha e Itália. Mas foi a Alemanha registou a tendência de queda mais acentuada, com a taxa a 10 anos a cair 6,3 pontos para 0,566%, levando o "spread" de Portugal a subir para 198,6 pontos.

 

Taxas Euribor recuam

As taxas Euribor a três, seis, nove e 12 meses recuaram esta segunda-feira relativamente ao valor fixado na quinta-feira, mantendo-se, contudo, acima dos mínimos históricos dos indexantes. A Euribor a três meses recuou de -0,131% para -0,132%, ainda acima do actual mínimo histórico de -0,133%, fixado na quarta-feira, dia 16 de Dezembro. A taxa a seis meses, o indexante mais utilizado no crédito à habitação em Portugal, também recuou de -0,040% para -0,041%. Mantém-se também acima do actual mínimo histórico de -0,051%, fixado a 3 de Dezembro. A Euribor a nove meses caiu para 0,002%. A taxa a 12 meses caiu para 0,058%.

 

Euro cai para mínimos de um mês

Após iniciar o ano esta segunda-feira em alta, o euro inverteu a tendência. Passou de um ganho máximo de 0,83% para cair, actualmente, 0,51% para 1,0801 dólares. Chegou a recuar 0,69% para 1,0781, o valor mais baixo desde 3 de Dezembro. A pressionar o par cambial está o desempenho do dólar, que está em forte alta nesta sessão. Caso o índice da Bloomberg que segue a moeda face às 10 maiores congéneres encerre no valor actual, 1.239,19 pontos, ficará apenas a alguns pontos do valor de fecho mais alto de sempre.

Petróleo recua após tocar nos 38 dólares

O petróleo está a desvalorizar, depois de ter iniciado a sessão a avançar, impulsionado pelo agravar das tensões entre a Arábia Saudita e Irão, dois produtores da matéria-prima. Com a perspectiva de uma disrupção na produção, o Brent, negociado em Londres, chegou a avançar um máximo de 4,59% para 38,99 dólares durante a sessão, ultrapassando a fasquia dos 38 dólares, pela primeira vez desde 16 de Dezembro.

 

O petróleo regressou entretanto às perdas. O Brent está a cair 0,72% para 37,01 dólares por barril e o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, recua 1,19% para 36,60 dólares. "As elevadas reservas de petróleo continuam a ser uma questão mais relevante para o mercado que a geopolítica", justifica Michael Poulsen, da Global Risk Management, em declarações à Bloomberg.

 

Investidores procuram refúgio no ouro

O ouro está a valorizar na primeira sessão do ano, impulsionado pelo escalar das tensões geopolíticas no Médio Oriente e pelas fortes quedas nas bolsas, que levaram os investidores a procurar o activo de refúgio. Depois de uma queda de 10% em 2015, pelo terceiro ano consecutivo, o metal precioso está a subir 1,29% para 1.074,80 dólares por onça, esta segunda-feira. Chegou a avançar mais de 2% para 1.083,59 dólares durante a sessão.

 

Destaques do dia

 

Bolsa da China em queda acentuada termina sessão com negociações suspensas. As negociações da bolsa chinesa foram suspensas depois da queda de 7%, não tendo voltado a negociar. O ano começa no vermelho na Ásia. Foi o pior arranque do ano da bolsa chinesa.

 

Moeda angolana afunda 15% para mínimos na maior queda desde 2001. O kwanza registou esta segunda-feira a maior queda desde Setembro de 2001, depois do banco central ter permitido a sua desvalorização. A moeda de Angola atingiu um mínimo histórico face ao dólar.

 

Retrato do BFA, o banco no centro da guerra no BPI. O BPI, maior accionista do BFA, quer colocá-lo numa "holding" de activos africanos. A Unitel, onde Isabel dos Santos tem uma participação de 25%, propõe-se comprar 10% e ficar com a maioria do banco.

 

Dívida pública aumenta em Novembro ainda sem efeito Banif. O "stock" de dívida pública do Estado aumentou no penúltimo mês do ano, mas caiu se forem contabilizados os depósitos, que também aumentaram. Ainda não há efeito da recapitalização do Banif.

 

Société Générale aponta para 45% de probabilidade do Reino Unido sair da UE. O banco francês alerta que a eventual saída do Reino Unido da União Europeia poderá prejudicar o crescimento da economia britânica durante a próxima década e provocar "efeitos adversos" na economia da Zona Euro

 

Dívida de 6,5 biliões recai sobre as maiores economias em 2016. Os reembolsos de dívida têm recuado, desde o pico registado na crise financeira. 2016 será um ano de disparidades, com a Alemanha, os EUA e a China a enfrentarem mais pagamentos, ao passo que o Brasil e a Rússia registam uma queda das necessidades de financiamento.

 

O que vai acontecer amanhã

 

Inflação na Zona Euro. O Eurostat divulga o índice de preços nos consumidores para a Zona Euro, relativo a Dezembro. Segundo as estimativas recolhidas pela Bloomberg, a inflação terá avançado de 0,2% para 0,4%, no mês em que o BCE anunciou mais estímulos à economia.

Desemprego na Alemanha. A Alemanha publica a taxa de desemprego, em Dezembro. Segundo os economistas consultados pela Bloomberg, o desemprego deverá ter-se mantido nos 10,7%.

Dados económicos do INE. O INE divulga os inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores, relativos a Dezembro.

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