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Wall Street arranca 2016 em terreno negativo
As bolsas norte-americanas arrancaram o ano em terreno negativo, em linha com as praças europeias. Já na Ásia, a primeira sessão do ano foi marcada pelas perdas com os investidores preocupados com a situação da China.
As principais praças norte-americanas começaram o ano em queda. O Nasdaq arrancou a perder 2,22%, com 4.896,50 pontos, o Dow Jones iniciou a sessão a perder 1,09% para os 17.234,9 pontos e o S&P 500 desvaloriza 1,7% para os 2.009,06 pontos.
Este comportamento das bolsas do outro lado do Atlântico é idêntico ao que se vive na Europa, onde as principais praças registam desvalorizações. O regresso dos investidores, depois da pausa do Ano Novo, está a ser marcado pelos receios destes em relação ao abrandamento económico da China e os efeitos que isso pode ter na economia mundial. Estes receios levaram a uma forte queda das praças chinesas, que chegaram a recuar em torno de 7%.
Ainda a marcar o dia nos mercados bolsistas está o corte de relações entre a Arábia Saudita e o Irão. A Arábia Saudita cortou, este domingo, as relações diplomáticas com o Irão, depois do ataque à embaixada saudita em Teerão em protesto pela execução em Riade de Nimr Baqir al-Nimr, um dignitário xiita, figura da contestação contra o regime saudita. Este membro xiita foi executado com outras 46 pessoas condenadas por terrorismo.
E logo nesse dia, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Ansari Jaber, afirmou que a Arábia Saudita iria pagar um "preço elevado" pela execução do dignitário religioso xiita Nimr al-Nimr. À execução seguiram-se protestos que culminaram no ataque à embaixada saudita na capital iraniana, no domingo, a que se seguiu o cortar de relações diplomáticas entre a Arábia Saudita e o Irão. "Ao decidir cortar relações, a Arábia Saudita não pode fazer esquecer o grande erro que foi executar um clérigo", declarou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir Abdollahian, segundo a agência IRNA, citada pela Lusa.
Patrick Spencer, da Robert W. Baird & Co.’s, em declarações à Bloomberg, defende que os receios em torno do Médio Oriente e em relação à China "estão a acrescentar debilidade no curto prazo" no mercado.