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Fecho dos mercados: Bolsas e juros recuam, euro e matérias-primas sobem

As principais bolsas europeias caíram, pressionadas pelo sector automóvel, devido ao escândalo das emissões poluentes. Os juros das obrigações nacionais cederam. Euro, petróleo e matérias-primas valorizam.

Bloomberg
24 de Setembro de 2015 às 17:25
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 1,44% para 4.958,21 pontos

Stoxx 600 caiu 2,12% para 339,63 pontos

S&P 500 desvaloriza 1,27% para 1914,20 pontos

"Yield" 10 anos de Portugal recua 2,9 pontos base para 2,564%

Euro avança 0,53% para 1,1245 dólares

Petróleo sobe 0,63% para 48,05 dólares por barril, em Londres

 

Bolsas recuam pressionadas pelo sector automóvel

As principais bolsas europeias encerraram com perdas superiores a 1%, esta quinta-feira. O Stoxx 600 desvalorizou 2,12%, numa sessão de elevada volatilidade. A queda nas acções do sector automóvel levou o índice para mínimos de Janeiro, após uma revista alemã noticiar que os automóveis da BMW também ultrapassaram os limites de emissões poluentes da União Europeia. A praça italiana liderou as perdas, ao recuar 2,31%, seguida por Amesterdão, que perdeu 2,21%. A Grécia destacou-se, ao recuar apenas 0,43%.  

 

A bolsa de Lisboa foi das que menos caiu na Europa, devido à exposição quase nula ao sector automóvel. O PSI-20 desceu 1,44% para 4.958,21 pontos, com 16 quedas a encerrar no "vermelho" e duas no "verde". A Jerónimo Martins e a Galp Energia foram as cotadas que mais penalizaram o índice de referência nacional. A retalhista depreciou 3,22% para 11,585 euros e a petrolífera caiu 2,38% para 8,708 euros. Destaque ainda para o BCP, que chegou a negociar nos 4,64 cêntimos, durante a sessão, o que corresponde a um novo mínimo de Julho de 2013. Encerrou a perder 2,47% para 4,73 cêntimos. 

Juros e prémio de risco recuam

Os juros da dívida portuguesa recuaram no mercado secundário, numa sessão de tendência mista na Europa. A "yield" das obrigações a 10 anos – a maturidade de referência – caiu 2,9 pontos base para 2,564%. Os juros na Alemanha também recuaram mas apenas 0,6 pontos base para 0,603%, fazendo cair o prémio de risco que os investidores pagam para apostar na dívida portuguesa em detrimento das "bunds" alemãs para 196,12 pontos.

 

Euribor fixa novo mínimo histórico

As taxas Euribor a três, seis e nove meses fixaram esta quinta-feira novos mínimos históricos. A Euribor a três meses recuou de -0,039% para -0,040%, o valor mais baixo de sempre. A seis meses a taxa fixou-se em 0,032% e a nove meses caiu para 0,081%. A Euribor a 12 meses ficou inalterada em 0,147, o mínimo histórico fixado pela primeira vez na sessão anterior.

 

Euro avança pela segunda sessão

O euro está a avançar 0,53% para 1,1245 dólares, pela segunda sessão consecutiva. A moeda única beneficia ainda do impulso das declarações dos membros do BCE, esta quarta-feira, que afastaram um aumento do programa de estímulos no curto prazo. O corte da taxa de juro para mínimos históricos anunciado pelo banco central da Noruega, esta quinta-feira, que acrescenta receios de um agravamento do abrandamento da economia mundial, também beneficiou o euro, que tem funcionado como activo de refúgio.

 

Petróleo beneficia da queda do dólar

O petróleo está a avançar nos mercados internacionais, após as fortes quedas da sessão anterior, provocadas pelo aumento da produção nos EUA, reveladas pela Agência de Administração de Energia. A desvalorização do dólar, divisa em que está cotado o petróleo, está a aumentar a atractividade do investimento na matéria-prima. O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, está a avançar 0,63% para 48,05 dólares. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 0,67% para 44,78 euros.

 

Ouro sobe à espera de Yellen

O ouro está a transaccionar em máximos de quatro semanas, após um relatório governamental revelar uma queda nas encomendas de equipamentos nos EUA, adicionando argumentos para estimar um adiamento da subida dos juros pela Reserva Federal. Os investidores estão à espera de saber mais pistas sobre a data, no discurso de Janet Yellen, líder da Fed, previsto para esta quinta-feira, numa conferência em Massachusetts. O metal precioso está a beneficiar do seu estatuto de investimento de refúgio, num momento de agravamento das perspectivas da economia mundial. Sobe 1,91% para 1151,89 dólares por onça.

Destaques do dia

Estado vai vender obrigações do Tesouro para pequenos investidores. Novo produto de poupança junta-se aos certificados de aforro e do Tesouro. Títulos serão vendidos pelos bancos, com um investimento mínimo de mil euros e um máximo de um milhão.

 

Moody’s: Atraso na venda do Novo Banco representa risco à situação orçamental de Portugal. A agência de notação financeira emitiu uma nota para reflectir o impacto dos desenvolvimentos recentes na situação orçamental portuguesa. Para a Moody’s, o atraso na venda do Novo Banco é um risco.

 

Revista alemã noticia que os veículos da BMW também podem exceder as emissões poluentesA revista alemã Auto Bild noticia esta quinta-feira que alguns modelos da BMW podem exceder as normas europeias de emissão de óxido nítrico em mais de onze vezes. As acções da empresa já caíram mais de 9%.

  

Noruega baixa taxa de juro para mínimo histórico e admite novos cortes. O banco central da Noruega anunciou esta quinta-feira a decisão de reduzir a taxa de juro de referência para um mínimo histórico de 0,75% e deixou em aberto a possibilidade de realizar um novo corte em 2016.

 

Banco de Portugal acelera exigência de capital em excesso nos bancos. A reserva de conservação de fundos próprios dos bancos tem, a partir de 2016, de representar 2,5% dos activos ponderados pelo risco. A meta era de 0,625%, mas o Banco de Portugal antecipou-a.

 

O que vai acontecer amanhã

Portugal. Data agendada para possível revisão do "rating" de Portugal pela Fitch

Zona Euro. Evolução da massa monetária (M3), em Agosto [anterior (homólogo): 5,3%; estimativa: 5,3%]

EUA. PIB, no segundo trimestre [anterior: 3,7%; estimativa: 3,7%].

EUA. Índice PMI da Markit, em Setembro

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