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Fecho dos mercados: Banca patrocina recuperação nas bolsas europeias. Petróleo dispara

As bolsas europeias fecharam a última sessão da semana com valorizações na casa dos 2%, impulsionadas pela escalada dos títulos da banca. Já no mercado petrolífero, o crude segue a disparar perto de 12%.

Bloomberg
12 de Fevereiro de 2016 às 17:19
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 1,66% para 4.534,63 pontos

Stoxx 600 ganhou 2,91% para 312,41 pontos

S&P 500 soma 1,49% para 1.856,34 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal caiu 37,6 pontos base para 4,731%

Euro desce 0,78% para 1,1236 dólares

Petróleo sobe 11,71% para 29,28 dólares por barril, em Nova Iorque

Bolsas recuperam com banca em destaque

As bolsas do Velho Continente estiveram a recuperar das fortes quedas registadas na sessão anterior. O índice europeu Stoxx 600 subiu 2,91%, a afastar-se dos mínimos de 2013 registados um dia antes. A marcar a sessão estiveram os fortes ganhos do sector financeiro. O Commerzbank – que divulgou que os seus lucros superaram os mil milhões de euros pela primeira vez em cinco anos – disparou 18,02%, enquanto o Deutsche Bank valorizou 11,8%. O banco alemão, que tem estado no centro do tumulto na banca, informou que vai investir 4,8 mil milhões de euros na compra de títulos de dívida.

Em Lisboa, o PSI-20 ganhou 1,66%. A Galp Energia foi a estrela da sessão. A petrolífera disparou 6,97% para 10,27 euros, numa sessão em que as cotações do petróleo marcaram subidas superiores a dois dígitos. A impulsionar estiveram ainda as restantes empresas do sector da energia, com a EDP e a EDP Renováveis a valorizarem 0,92% e 0,75% para 2,745 euros e 6,317 euros, respectivamente. Já na banca, o BPI destacou-se. Valorizou 2,03% para 0,954 euros, apesar de os analistas considerarem que o facto de a S&P ter colocado o banco sob vigilância negativa tem implicações negativas para o banco.

Juros voltam a negociar abaixo de 4%

O juro das obrigações portuguesas a 10 anos regressou a um nível inferior a 4%, depois de na véspera ter superado os 4,5%. A taxa exigida pelos investidores para comprar dívida nacional baixou 40 pontos base para 3,731%. O prémio de risco face à Alemanha, que chegou a superar os 400 pontos base na quinta-feira, o valor mais alto desde final de 2013, está agora em 347 pontos base. O alívio dos juros ocorre após seis dias consecutivos de agravamento, com os investidores a manifestarem-se preocupados com as medidas apresentadas pelo Governo no Orçamento do Estado para 2016.

Euribor renovam mínimos

As Euribor atingiram novos mínimos históricos em todos os prazos, na última sessão da semana. As taxas aceleraram a tendência de queda dos últimos dias e ficaram ainda mais "negativas". No prazo a três meses, que está em valores negativos desde 21 de Abril do ano passado, a taxa caiu para os -0,183% face aos -0,179% fixados na quinta-feira. Já a Euribor a seis meses, utilizada como indexante em mais de metade dos créditos à habitação em Portugal, caiu para -0,116%, o que compara com os -0,112%. A taxa a 12 meses, que se estreou com sinal menos há uma semana, desceu para -0,009%, abaixo dos -0,006% fixados um dia antes.

Dólar recupera de mínimos de três meses

O dólar esteve a ganhar terreno face à maioria das divisas, com a "nota verde" a recuperar de mínimos de três meses. O euro segue a desvalorizar 0,78% para 1,1236 dólares, depois de terem sido divulgados bons indicadores económicos nos EUA. As vendas a retalho no país aumentaram em Janeiro mais do que os economistas previam, uma indicação de que a economia norte-americana continua a recuperar, o que poderá dar espaço para o banco central dos EUA prosseguir com a normalização das taxas de juro.

Petróleo dispara 11%

As cotações do petróleo estão a viver uma sessão verdadeiramente frenética. Depois de terem regressado a mínimos de 2003 na última sessão, a negociarem pouco acima de 26 dólares por barril, os preços do crude seguem a disparar 11,71% para 29,28 dólares por barril, no mercado de Nova Iorque, a beneficiarem do maior optimismo nos mercados accionistas mundiais. Esta evolução surge num momento em que há indicações de que os principais produtores de petróleo estão disponíveis para agir em conjunto, face à conjuntura actual.

Ouro vive melhor semana desde 2008

Os preços do ouro seguem a deslizar esta sexta-feira, 12 de Fevereiro, condicionados pela valorização dos activos de risco. O ouro desce 0,6% para 1.240 dólares por barril, um deslize que não inverteu a tendência de ganhos registada na semana. Em cinco sessões, o metal precioso soma 7,2%, a maior valorização semanal desde Dezembro de 2008, com o ouro a beneficiar com a procura por refúgio.

Destaques do dia

DBRS "confortável" com rating de Portugal mas preocupada com agravamento de juros. A agência de notação financeira canadiana, a única que classifica a dívida de Portugal em nível de investimento, alertou esta sexta-feira para o elevado nível da dívida do país.

Schäuble: Portugal "tem de fazer tudo para responder à incerteza dos mercados". Pelo segundo dia consecutivo, o ministro das Finanças alemão fez questão de sublinhar "preocupação" com a subida dos juros da dívida portuguesa.

Juros da dívida grega em máximos de Agosto em clima de confrontos, recessão e avisos. A taxa de juro da dívida grega a 10 anos já esteve esta sexta-feira no valor mais elevado desde 10 de Agosto, véspera do acordo alcançado com a troika. Protestos, confrontos, avisos do FMI e de Bruxelas e o regresso à recessão técnica pressionam Atenas.

Preço dos combustíveis vai subir já. O Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) vai subir já seis cêntimos. A portaria que define o agravamento foi publicada esta quinta-feira, para entrar em vigor no dia seguinte, ou seja, esta sexta.

Deutsche Bank avança para recompra de 4,8 mil milhões de euros de dívida. O banco germânico, que tem estado no foco da preocupação do mercado, anunciou uma operação de recompra de dívida. As acções do Deutsche Bank recuperam quase 10%.

O que vai acontecer na segunda-feira

Economia no Japão. É divulgado o PIB japonês, no quarto trimestre.

Feriado nos EUA. As bolsas norte-americanas estão encerradas devido ao feriado nacional do Dia do Presidente.

BCE. O presidente da instituição, Mario Draghi, discursa no Parlamento Europeu.

Indicadores na China. São conhecidos os dados do comércio, em Janeiro.

Dados na Zona Euro. É divulgada a balança comercial, em Dezembro [anterior 22,7 mil milhões; estimativa: 22,0 mil milhões].

Números do INE. O instituto apresenta o Índice de Custo do Trabalho, no quarto trimestre de 2015.

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