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Euribor aceleram quedas e tocam mínimos em todos os prazos
A taxa a 12 meses entrou em "terreno" negativo, na semana passada, e tocou num novo mínimo histórico, esta sexta-feira.
As Euribor atingiram novos mínimos históricos em todos os prazos, na última sessão da semana. As taxas aceleraram a tendência de queda dos últimos dias e ficaram ainda mais "negativas". A perspectiva de que o Banco Central Europeu (BCE) avance com mais estímulos para a economia da Zona Euro tem permitido quedas sucessivas.
No prazo a três meses, que está em valores negativos desde 21 de Abril do ano passado, a taxa caiu para os -0,183% face aos -0,179% fixados na quinta-feira. Já a Euribor a seis meses, utilizada como indexante em mais de metade dos créditos à habitação em Portugal, caiu para -0,116%, o que compara com os -0,112%. Esta taxa passou a situar-se em valores negativos a 6 de Novembro.
No prazo a nove meses, a taxa recuou para -0,064%. Já a taxa a mais longo prazo, a 12 meses, desceu para -0,009%, abaixo dos -0,006% fixados um dia antes. Este indexante foi o último a chegar a "terreno" negativo, na passada sexta-feira, 5 de Fevereiro.
Os valores abaixo de zero atingidos por estas taxas têm levado os bancos nacionais a alterarem a sua estratégia. E se no ano passado a Euribor a seis meses era a preferida das instituições financeiras, actualmente, a taxa a 12 meses é a única opção em nove bancos num total de 11. Ou seja, a taxa a seis meses apenas resiste no preçário de duas instituições (o BCP e o BIC).
Esta "fuga" dos bancos às taxas negativas deve-se ao banco de a legislação nacional definir que a média mensal do indexante, neste caso a Euribor, deve ser descontada ao "spread", mesmo que assuma valores negativos.