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Fecho de mercados: Bolsas prolongam ganhos e juros aliviam em dia de votação na Grécia. Euro e petróleo no vermelho

As praças do Velho Continente registaram a maior série de ganhos desde Fevereiro, enquanto os juros da periferia estiveram a aliviar, no dia em que o Parlamento grego deverá aprovar as medidas acordadas entre a Grécia e os seus credores esta segunda-feira. Euro e petróleo contrariam ganhos nos mercados accionistas.

Bloomberg
15 de Julho de 2015 às 17:14
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,80% para 5.812,83 pontos

Stoxx 600 avançou 0,43% para 400,03 pontos

S&P 500 valoriza 0,07% para 2.110,39 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 5,7 pontos base para 2,691%

Euro desliza 0,45%, para 1,0960 dólares

Petróleo desce em Londres 1,59%, para 57,58 dólares por barril

 

Bolsas registam maior série de ganhos desde Fevereiro

As praças do Velho Continente estiveram esta quarta-feira a valorizar pela sexta sessão consecutiva, animadas pelo acordo alcançado já esta segunda-feira de manhã para a Grécia. O índice europeu Stoxx 600 somou 0,43%.Trata-se da maior série de ganhos desde o passado mês de Fevereiro. Os investidores continuam optimistas para a resolução da crise grega, no dia em que o primeiro-ministro helénico, Alexis Tsipras, está a enfrentar os vários partidos no Parlamento grego para votar o acordo negociado com os seus credores internacionais. Apesar da oposição dos membros do seu próprio partido, o Syriza, o plano de reestruturação grego deverá ser aprovado com os votos dos partidos da oposição.

 

Esta votação ocorre no dia em que uma análise da Comissão Europeia ao endividamento grego aponta para a necessidade de um "alívio muito substancial" da dívida de Atenas. Bruxelas diz poder disponibilizar até sete mil milhões de euros por um período de três meses. A Comissão aponta também para uma contracção de 4% da economia este ano.

 

Já a bolsa portuguesa, que ontem contrariou os ganhos das suas congéneres europeias, voltou aos ganhos e registou um dos melhores desempenhos na região. O PSI-20 somou 0,8%, suportada pelas acções da banca e da energia. No sector financeiro, o BPI valorizou 1,2%, para 1,093 euros, enquanto o BCP ganhou 0,87%, para 0,0809 euros. Já na energia, a EDP apreciou 0,82%, para 3,586 euros, ao passo que a Galp subiu 0,56%, para 10,77 euros.

 

Juros da periferia continuam a aliviar

As "yields" das obrigações portuguesas estiveram novamente a aliviar na sessão de hoje, com os juros nacionais a acompanharem o comportamento registado pelos restantes países da periferia. O juro das obrigações do Tesouro a 10 anos caíram 5,7 pontos base para 2,691%, numa sessão em que as "yields" portuguesas estiveram a recuar em todos os prazos, depois do país se ter financiado no mercado com dívida de curto prazo. Entre os restantes países da periferia o sentimento foi semelhante. A "yield" espanhola a 10 anos desceu 7,7 pontos, para 2,014%, enquanto a linha a 10 anos italiana baixou 6,3 pontos, para 2,004%.

 

Euro abaixo de 1,10 dólares após palavras de Yellen

A divisa europeia está esta quarta-feira a negociar abaixo da barreira de 1,10 dólares, a ser penalizado pela expectativa que a Reserva Federal norte-americana suba juros ainda este ano. O euro desliza 0,45%, para 1,0960 dólares, a reagir às palavras da presidente do banco central dos EUA, perante o Congresso. "Se a economia evoluir da forma que prevemos, as condições económicas provavelmente irão tornar apropriada, algures este ano, uma subida da taxa de juro de referência", afirmou Janet Yellen esta quarta-feira, 15 de Julho. 

 

Euribor inalterada pelo terceiro dia

A Euribor a três meses voltou a permanecer inalterada. O indexante manteve-se em mínimos históricos (-0,019%), um dia antes da reunião de política monetária do Banco Central Europeu. A taxa a três meses, um dos indexantes mais utilizados pelos portugueses nos seus créditos à habitação, tem vindo a renovar mínimos históricos em valores negativos nos últimos meses, depois de se ter estreado abaixo de zero pela primeira vez em Abril.

 

Petróleo volta às quedas

Os preços da matéria-prima seguem a desvalorizar cerca de 1,5% nos mercados internacionais, um dia depois de ter sido anunciado um acordo histórico para o programa nuclear iraniano. O Brent desce 1,59%, para 57,58 dólares por barril, com a matéria-prima a voltar às quedas, apesar da maioria dos bancos de investimento anteciparem que o aumento das exportações de crude do Irão, no seguimento do levantamento das sanções económicas ao país devido ao acordo alcançado para o programa nuclear no país, apenas irão materializar-se no próximo ano.

 

Ouro em queda com expectativa de subida de juros

O metal precioso está a reagir negativamente à indicação de que a Fed poderá mexer nos juros ainda este ano, caso os principais indicadores económicos nos EUA continuem a demonstrar robustez. O ouro cai 0,84%, para 1.146,38 dólares por onça, naquela que é a terceira sessão consecutiva de quedas do metal dourado. O ouro negoceia assim em terreno negativo, apesar de um relatório ter revelado que a economia chinesa cresceu no segundo trimestre mais do que os economistas previam.

 

Destaques do dia

 

Comissão admite necessidade de "um alívio muito substancial" da dívida grega. A análise da Comissão Europeia ao endividamento grego aponta para a necessidade de um "alívio muito substancial" da dívida de Atenas. Bruxelas diz poder disponibilizar até sete mil milhões de euros por um período de três meses. A Comissão aponta também para uma contracção de 4% da economia este ano.

 

FMI alerta que crise grega pode enfraquecer recuperação da economia alemã. O acentuar da crise grega poderá ter efeitos negativos no consumo privado e no investimento das empresas alemãs, de acordo com o FMI, que ainda assim manteve a estimativa de crescimento para a maior economia europeia.

 

Janet Yellen: Se a economia evoluir como previsto, será "provável" uma subida dos juros este ano. O banco central norte-americano continua à espera de mais melhorias no mercado laboral e na inflação. Perante o Congresso dos EUA, esta foi a posição de Janet Yellen que, ainda assim, admite uma subida dos juros já este ano. Contudo, a orientação da política monetária deverá manter-se acomodatícia durante muito tempo.

 

Portugal paga mais para colocar 1,785 mil milhões em dívida de curto prazo. A procura pelo duplo leilão realizado pelo instituto responsável pela dívida portuguesa ascendeu a 3,685 mil milhões de euros. Mas o IGCP colocou 1,785 mil milhões, tendo registado um aumento dos custos de financiamento face às últimas operações equivalentes.

 

O que vai acontecer amanhã

 

BCE. Decisão sobre a taxa de juro de referência na Zona Euro.

 

Zona Euro. Índice de preços no consumidor, em Junho.

 

EUA. Pedidos de subsídio de desemprego, na semana passada.

 

Goldman Sachs. Resultados do segundo trimestre.

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