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Fecho dos mercados: Europa volta às quebras com tarifas China-EUA em suspenso. Petróleo alivia ganhos

O dia volta a terminar no vermelho para as principais praças europeias, com os investidores a mostrarem cautela quanto aos desfecho da contenda comercial entre a China e os Estados Unidos. O petróleo, que se destacava nos ganhos, abrandou, com a Arábia saudita a refrear os ânimos.

Bloomberg
04 de Dezembro de 2018 às 17:30
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 1,01% para 4.938,51 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,72% para os 358,59 pontos

S&P500 desvaloriza 0,85% para 2766,65 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos agravam 0,8 pontos base para os 1,811%

Euro perde 0,03% para os 1,1351 dólares

Petróleo em Londres sobe 0,57% para os 62,04 dólares por barril

 

Bolsas europeias caem enquanto esperam trégua comercial

Apesar das esperanças lançadas pelo pacto entre Trump e Jinping, que decreta a suspensão das tarifas aplicadas por ambos os países durante 90 dias, as bolsas internacionais cederam à incerteza e voltaram esta terça-feira às quebras. O Stoxx 600, o índice de referência europeu, encerrou com uma descida de 0,72% para os 358,59 pontos, com a generalidade dos sectores no vermelho e sete a notarem perdas acima de 1%. As cotadas do turismo, dos media e da banca foram as que mais se destacaram pela negativa.

 

Por cá, o banco BCP é o "peso pesado" que mais penaliza a bolsa nacional, ao recuar 2,94% para 24,75 cêntimos. O PSI-20 fechou com uma queda de 1,01% para 4.938,51 pontos.

 

Juros da dívida pouco alterados

Os juros da dívida a dez anos em Portugal agravaram 0,8 pontos base para os 1,811% esta terça-feira, alinhando na mesma tendência de Itália, que também vê uma subida nos juros da mesma maturidade, de 1,1 pontos base para 3,156%. Já na Alemanha, os juros das Bunds caem 4,3 pontos base para os 0,263%, colocando o prémio face à dívida portuguesa nos 153,8 pontos base. Isto no dia em que o Eurogrupo chegou a acordo relativamente à reforma da Zona Euro. Portugal e Itália estão contudo entre os países que mereceram nova advertência do Eurogrupo - na voz de Mário Centeno, como presidente - que pediu aos países já advertidos que assegurassem o cumprimento das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

 

Euribor a três meses em máximos há 19 sessões

As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três meses e subiram 0,001 pontos percentuais a seis, nove e 12 meses em relação a segunda-feira.  A Euribor a três meses manteve-se esta terça-feira pela 19.ª sessão consecutiva em -0,316%, um máximo de seis meses. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, subiu hoje para -0,247%, um novo máximo dos últimos seis meses.  A nove meses, a Euribor também subiu, para -0,194%, um novo máximo desde pelo menos Junho. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, foi esta terça-feira fixada em -0,142%, mais 0,001 pontos, um máximo de seis meses.    
                

Euro e dólar lutam pelo terreno positivo

A moeda única europeia está a desvalorizar 0,03% para os 1,1351 dólares, depois de ter estado a valorizar 0,57% para os 1,1419 dólares. A nota verde recupera alguma força no cenário de incerteza relativamente à contenda comercial entre os Estados Unidos e a China.   

 

Arábia Saudita acalma ganhos do petróleo

O ouro negro segue a valorizar 0,57% para os 62,04 dólares. A matéria prima mantém-se em terreno positivo mas distancia-se do pico intradiário de 3,06%, depois de o ministro da Energia da Arábia Saudita ter afirmado que "é prematuro" dizer que vão existir cortes na produção, cenário que era esperado após a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo que tem lugar em Viena esta semana.

 

Paládio quase a par do ouro

Com o dólar em queda, o ouro segue a subir 0,66% para os 1.238,78 dólares por onça, o valor mais alto em mais de um mês. Mas este não é o único metal precioso a brilhar: o paládio aproxima-se da mesma fasquia ao subir 2% para os 1.230,28 dólares por onça, tendo já alcançado um recorde de 1.233,82 dólares durante a sessão. Há 16 anos que estes dois metais preciosos não valem o mesmo. Agora, o Commerzbank diz que "é só uma questão de tempo".

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