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Fecho dos mercados: Europa sobe para novo máximo. Petróleo com maior ciclo de ganhos em mais de um ano

O Stoxx 600 subiu para máximos históricos com os investidores mais confiantes na contenção do coronavírus. O dólar, o petróleo e o ouro também seguem em alta.

reuters
19 de Fevereiro de 2020 às 17:25
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Os mercados em números
PSI-20 valorizou 0,87% para 5.435,85 pontos
Stoxx 600 subiu 0,83% para os 433,9 pontos
S&P 500 soma 0,57% para os 3.389,56 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 1,3 pontos base para os 0,269%
Euro desce 0,04% para os 1,0788 dólares
Petróleo em Londres avança 2,41% para 59,14 dólares por barril

Bolsas europeias sobem para novo máximo histórico
Após a queda de ontem, as bolsas europeias valorizaram nesta quarta-feira, 19 de fevereiro, voltando a quebrar máximos históricos. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, subiu 0,83% para os 433,9 pontos. 

A subida na Europa, que é acompanhada por Wall Street, acontece numa altura em que há sinais de que a China pode adotar ainda mais medidas para ajudar a economia face ao impacto do coronavírus Covid-19.

Segundo a Bloomberg, as autoridades chinesas poderão resgatar ("bail-out") algumas transportadoras aéreas que estejam em apuros. A agência de informação financeira refere que o setor da aviação suspendeu 80% dos seus voos para a China.

Além disso, há a expectativa de medidas concretas por parte do Banco Popular da China: "O principal catalisador foi a esperança que amanhã o Banco Central da China possa adotar novas medidas de estímulo à economia, mais concretamente proceder a uma descida das taxas de referência", escrevem os analistas do BPI no comentário de fecho.

A subida das bolsas europeias foi transversal aos vários setores com maior destaque para o setor tecnológico e o das "utilities". Apesar de a tendência geral ser positiva, também houve exceções. Foi o caso do banco holandês ING cujas ações desceram mais de 3% após ter adiado um leilão de obrigações em dólares sem grandes explicações, segundo a Bloomberg. 

Também a bolsa nacional fechou em alta com uma valorização de 0,87% para 5.435,85 pontos, negociando em máximos de cerca de um ano e meio.

Juros portugueses em mínimos de janeiro
No mercado secundário, os juros associados às obrigações portuguesas a dez anos estão a cair 1,3 pontos base para os 0,269%, negociando em mínimos de 31 de janeiro. Esta manhã o IGCP emitiu dívida de curto prazo (3 e 11 meses) com taxas de juro mais negativas face à última emissão comparável. 

Os juros alemães aliviam 1,1 pontos base para os -0,42%. 

Dólar em máximos de quatro meses
A divulgação de dados económicos positivos para os EUA está a beneficiar o dólar. A divisa norte-americana sobe 0,1% no índice da Bloomberg, que a coloca face a um cabaz das principais moedas do mundo, para máximos de quatro meses. 

Em causa está os dados dos preços no produtor acima do esperado e o número "forte" de licenças de construção. A expectativa de que a inflação possa descolar para o objetivo da Reserva Federal norte-americana, podendo levar a uma eventual subida dos juros, está contrbiuir para a subida dos juros da dívida norte-americana. Uma maior "yield" nas obrigações dos EUA atrai mais investidores estrangeiros, os quais têm de comprar dólares, logo a divisa tende a valorizar.

Já o euro está a desvalorizar 0,04% para os 1,0788 dólares. 

Petróleo em máximos de duas semanas
Há sete sessões consecutivas em alta, o petróleo regista o maior ciclo de ganho desde o início de 2019 e está a negociar com a cotação mais elevada em duas semanas. 

A subida do ouro negro deve-se à expectativa dos investidores de que os estímulos económicos da China, a segunda maior economia do mundo, consigam reanimar a procura por petróleo, compensando o choque provocado pelo surto do Covid-19. 

Além disso, há vários países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que enfrentam ameaças à sua produção, o que contribui para limitar a oferta e, por isso, ajuda a requilibrá-la face à queda da procura.

É o caso da Líbia, cujas conversações para um cessar fogo foram suspensas, e da Venezuela, que vê a sua margem para exportar petróleo ainda mais reduzida dado que os EUA impuseram sanções a uma petrolífera russa que fazia negócios com a petrolífera venezuelana. 

"A história da Rosneft [petrolífera russa] e a interrupção na Líbia poderá ajudar a tornar o mercado menos saturado de oferta no primeiro trimestre", antecipa o analista do UBS, Giovanni Staunovo. 

Neste momento, o WTI, negociado em Nova Iorque, sobe 2,04% para os 53,11 dólares por barril, ao passo que o Brent, que é transacionado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, valoriza 2,41% para 59,14 dólares por barril. 

Apesar disso, o WTI regista uma perda acumulada desde o início de 2020 de 13% e o Brent de 10,4%.

Ouro solidifica máximos de sete anos
Mesmo com a recuperação dos mercados bolsistas (ativos de maior risco), o apetite por ativos de refúgio como ouro continua. O metal precioso está a valorizar 0,3% para os 1.606,47 dólares por onça. 

Olhando apenas para as cotações de fecho, o ouro está a negociar em máximos de 2013, ultrapassando a barreira dos 1.600 dólares. O metal precioso já chegou recentemente a negociar nesse nível, mas fechou abaixo.

Já o paládio continua a sua trajetória ascendente de seis sessões em alta, negociando novamente em máximos históricos. Este metal precioso é muito usado na indústria automóvel, existindo a previsão de que será ainda mais no futuro. Contudo, existe uma discrepância significativa entre essa procura e a oferta de paládio, o que está a pressionar em alta a cotação do metal.
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