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Fecho dos mercados: Bolsas e petróleo recuam, juros abaixo dos 4%

A praça portuguesa acompanhou a tendência da maioria das congéneres europeias e das pares norte-americanas, que cedem de recordes à espera das actas da Fed. Os juros recuaram com menor incerteza política no euro e há novos recordes mínimos nas Euribor.

Reuters
22 de Fevereiro de 2017 às 17:29
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Os mercados em números

PSI-20 recuou 0,38% para 4.668,69 pontos

Stoxx 600 cedeu 0,01% para 373,38 pontos

S&P 500 cai 0,18% para 2.361,15 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 6,9 pontos base para 3,965%

Euro ganha 0,04% para 1,0541 dólares

Petróleo cai 1,64% para 55,73 dólares por barril em Londres

Europa interrompe três dias de ganhos, EUA cedem de recordes

Lisboa acompanhou a tendência na maior parte das praças europeias e fechou esta terça-feira em terreno negativo, interrompendo a maior série de ganhos desde Agosto de 2016 – seis sessões consecutivas. A pesar estiveram os títulos do BCP (a cair 2,86% para 0,153 euros) e as quedas da Nos e da Jerónimo Martins, a minutos da apresentação dos resultados de 2016. No dia em que apresentou pela primeira vez lucros superiores a 100 milhões de euros a Corticeira Amorim ganhou 1,03% para 9,82 euros, mas a maior valorização coube à Pharol, de mais de 7%

 

No resto da Europa o Stoxx 600 fechou a primeira sessão de quedas das últimas quatro, pressionada pelos desempenhos do sector mineiro, industrial e das energéticas, influenciados pela queda dos preços do petróleo e apesar das apreciações no sector alimentar e tecnológico. O sinal vermelho chega depois de sessões impulsionadas por resultados das empresas e dados da economia do euro e acompanha a maioria das praças norte-americanas, onde os índices (à excepção do Dow Jones) cedem de máximos históricos à espera da divulgação das actas da última reunião da Reserva Federal norte-americana.

 

Juros abrandam com redução de risco político

Os juros associados às obrigações portuguesas a dez anos fecharam em alívio, abaixo dos 4% e em mínimos de quase um mês (25 de Janeiro), no dia em que a Comissão Europeia comunicou "progressos limitados" de Portugal no relatório de Inverno e o FMI se manifestou pessimista com a evolução económica do país no longo prazo e receoso quanto à descida do défice orçamental.

A tendência de alívio, que se estendeu um pouco por todos os periféricos do euro, foi mais evidente na Alemanha – pela busca de refúgio, que levou o prazo a dois anos ao mínimo histórico de fecho de -0,883% – e em França, depois de o centrista François Bayrou ter abdicado de entrar na corrida presidencial, o que contribui para afastar em parte a incerteza política que envolve as eleições de 23 de Abril.  

Euribor renovam mínimos a três meses e sobem a nove meses

As taxas Euribor desceram hoje nos prazos a seis e a três meses, tendo neste último prazo registado um novo mínimo histórico – de -0,239%, 0,001 pontos abaixo da sessão anterior. A seis meses a taxa –a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação – fixou-se em -0,239%, menos 0,001 pontos. A nove meses subiu 0,001 pontos para -0,170%, e manteve-se no mínimo histórico de -0,111% a 12 meses.

Dólar recua à espera das actas da Fed
O valor da nota verde deprecia ligeiramente em relação à maioria das suas contrapartes à espera das actas da última reunião da Reserva Federal, onde os investidores tentarão antecipar os próximos passos da autoridade de política monetária, nomeadamente o calendário de subida de juros. O euro foi uma das moedas que recuperou terreno nos últimos minutos, depois da desistência de Bayrou em França. Já a libra cai pela primeira vez em três sessões depois de a economia britânica ter crescido menos que o previsto no final do ano. Já o peso mexicano atingiu um dos valores mais elevados desde a eleição de Donald Trump nos EUA no dia em que foi conhecido o crescimento de 2,4% da economia no último trimestre de 2016. 

 

Petróleo cai à espera de stocks nos EUA e com especulação OPEP
O preço do barril de Brent cai em Londres pela primeira vez em quatro sessões, movimento que é partilhado pelo West Texas Intermediate em Nova Iorque (em ambos os casos mais de 1,5%) perante a possibilidade de aumento de stocks nos EUA - os números serão conhecidos amanhã - e na expectativa de que os produtores reunidos na OPEP possam vir a prolongar para lá dos seis meses inicialmente previstos o corte de produção acordado, como sugerido pelo CEO da Total.

Preço do café recua com suspensão temporária de importação no Brasil

O valor do café alivia dos máximos do mês registados na última sessão, depois de as autoridades brasileiras (maior país exportador desta commodity agrícola) terem suspendido temporariamente a importação da matéria-prima do Vietname. A compra ao estrangeiro por parte dos produtores de café instantâneo, decidida depois da queda da produção da variedade robusta no Estado de Espírito Santo na sequência de uma seca que dura há dois anos - motivou protestos dos agricultores e obrigou o Governo a intervir.

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