Notícia
Abertura dos mercados: Bolsas europeias mistas. Juros e ouro beneficiam da incerteza
O principal índice europeu desvaloriza, mas várias praças estão em alta. Já os ativos de refúgio continuam a valorizar: os juros estão em novos mínimos e o ouro em máximos de fevereiro.
Os mercados em números
PSI-20 valoriza 0,37% para os 5.003,56 pontos
Stoxx 600 desce 0,22% para os 369,67 pontos
Nikkei desvalorizou 0,01% para 20.408,5 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 2,1 pontos base para os 0,734%
Euro sobe 0,17% para 1,1260 dólares
Petróleo em Londres cai 0,31% nos 61,09 dólares por barril
Bolsas europeias mistas. Setor tecnológico em baixa, mas automóvel acelera
A negociar em mínimos de fevereiro, o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está em queda esta terça-feira, 4 de junho, contrariando a tendência positiva de várias praças europeias, como é o caso do PSI-20.
O índice desce 0,22% para os 369,67 pontos, com o setor tecnológico a exercer forte pressão. Tal acontece porque os reguladores norte-americanos estão a apertar as malhas da concorrência sobre as gigantes tecnológicas, o que dizimou o índice tecnológico norte-americano Nasdaq ontem.
No caso do setor automóvel são as subidas acima de 3% da Fiat e a da Renault, duas empresas que poderão vir a fundir-se, que estão a sustentar a negociação.
No geral, a negociação bolsista tem sido penalizada pelo receio à volta das disputas comerciais dos EUA contra os seus parceiros e o potencial impacto no crescimento económico mundial.
O PSI-20 iniciou a sessão em queda, mas já inverteu: sobe 0,37% para os 5.003,56 pontos. O mesmo acontece, por exemplo, com a bolsa italiana.
Juros portugueses atingem novos mínimos históricos
Perante a ameaça da disputa comercial e da desaceleração económica, os investidores continuam a refugiar-se nas obrigações soberanas, levando à redução dos juros. É o que acontece no caso de Portugal, que tem vindo a beneficiar desse efeito de forma significativa.
Os juros portugueses a dez anos estão a descer 2,1 pontos base para os 0,734%, atingindo um novo mínimo histórico. Foi ainda recentemente que a "yield" associada às obrigações nacionais passou a negociar abaixo dos 1%. A contribuir para esta redução estará também o maior apetite dos fundos japoneses por dívida portuguesa e espanhola em detrimento da dívida francesa que tem menor remuneração, segundo a Bloomberg.
A expectativa de que os bancos centrais vão ter de manter a política expansionista (com juros baixos) por mais tempo leva também à redução dos juros soberanos. No caso da Reserva Federal norte-americana, no mercado já há quem antecipe uma (ou duas) descidas dos juros nos Estados Unidos.
Os juros italianos a dez anos continuam a aliviar após fortes subidas por causa da incerteza política que se vive no país: descem 2,6 pontos base para os 2,558%. Os juros alemães no mesmo prazo aliviam um ponto base para os -0,212%.
Euro em máximos de três semanas
A divisa europeia está em máximos de três semanas face ao dólar após as declarações do presidente da Reserva Federal de St. Louis, James Bullard, terem indicado que a Fed pode vir a cortar os juros "em breve" para estimular a inflação e compensar a travagem económica provocada pelas tarifas comerciais.
O índice da Bloomberg para o dólar desliza 0,2%. O euro sobe 0,17% para os 1,1260 dólares.
Petróleo em mínimos de quatro meses
O "ouro negro" continua a perder terreno após ter acumulado uma queda de 10% em apenas quatro dias. A penalizar o petróleo está a preocupação cada vez maior com uma desaceleração do crescimento económico mundial por causa da disputa comercial. O JP Morgan disse ontem que a probabilidade de a economia norte-americana entrar em recessão no segundo semestre aumentou de 25% há um mês para 40%.
Este efeito negativo sobrepõe-se à garantia deixada pela Arábia Saudita de que fará o necessário do lado da produção para manter a estabilidade dos preços. A cotação do barril já caiu quase 20% face ao pico alcançado em abril, aproximando-se de "bear market".
Os cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), da qual a Arábia Saudita faz parte, não estão a ser suficientes para colmatar a perspetiva de que haja menos procura no futuro e ainda o aumento das reservas norte-americanas de petróleo.
O crude, negociado em Nova Iorque, segue a desvalorizar 0,21% para os 53,14 dólares ao passo que o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, está a cair 0,31% nos 61,09 dólares por barril.
Ouro brilha para máximos de fevereiro
O metal precioso está a registar a maior subida em mais de quatro meses numa altura em que há uma crescente procura por ativos de refúgio. O agravamento da disputa comercial entre os EUA e os seus parceiros comerciais não tinha beneficiado tanto o ouro no passado, mas a expectativa de que a Fed poderá descer os juros traça um cenário futuro claramente negativo. O ouro sobe 0,28% para os 1.329,02 dólares por onça, atingindo máximos de fevereiro.
Na China, as cotadas do setor do ouro beneficiaram também deste cenário na última sessão, tornando-se nos títulos que mais valorizaram nas últimas cinco sessões na bolsa de Pequim.
PSI-20 valoriza 0,37% para os 5.003,56 pontos
Stoxx 600 desce 0,22% para os 369,67 pontos
Nikkei desvalorizou 0,01% para 20.408,5 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 2,1 pontos base para os 0,734%
Euro sobe 0,17% para 1,1260 dólares
Petróleo em Londres cai 0,31% nos 61,09 dólares por barril
Bolsas europeias mistas. Setor tecnológico em baixa, mas automóvel acelera
A negociar em mínimos de fevereiro, o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está em queda esta terça-feira, 4 de junho, contrariando a tendência positiva de várias praças europeias, como é o caso do PSI-20.
No caso do setor automóvel são as subidas acima de 3% da Fiat e a da Renault, duas empresas que poderão vir a fundir-se, que estão a sustentar a negociação.
No geral, a negociação bolsista tem sido penalizada pelo receio à volta das disputas comerciais dos EUA contra os seus parceiros e o potencial impacto no crescimento económico mundial.
O PSI-20 iniciou a sessão em queda, mas já inverteu: sobe 0,37% para os 5.003,56 pontos. O mesmo acontece, por exemplo, com a bolsa italiana.
Juros portugueses atingem novos mínimos históricos
Perante a ameaça da disputa comercial e da desaceleração económica, os investidores continuam a refugiar-se nas obrigações soberanas, levando à redução dos juros. É o que acontece no caso de Portugal, que tem vindo a beneficiar desse efeito de forma significativa.
Os juros portugueses a dez anos estão a descer 2,1 pontos base para os 0,734%, atingindo um novo mínimo histórico. Foi ainda recentemente que a "yield" associada às obrigações nacionais passou a negociar abaixo dos 1%. A contribuir para esta redução estará também o maior apetite dos fundos japoneses por dívida portuguesa e espanhola em detrimento da dívida francesa que tem menor remuneração, segundo a Bloomberg.
A expectativa de que os bancos centrais vão ter de manter a política expansionista (com juros baixos) por mais tempo leva também à redução dos juros soberanos. No caso da Reserva Federal norte-americana, no mercado já há quem antecipe uma (ou duas) descidas dos juros nos Estados Unidos.
Os juros italianos a dez anos continuam a aliviar após fortes subidas por causa da incerteza política que se vive no país: descem 2,6 pontos base para os 2,558%. Os juros alemães no mesmo prazo aliviam um ponto base para os -0,212%.
Euro em máximos de três semanas
A divisa europeia está em máximos de três semanas face ao dólar após as declarações do presidente da Reserva Federal de St. Louis, James Bullard, terem indicado que a Fed pode vir a cortar os juros "em breve" para estimular a inflação e compensar a travagem económica provocada pelas tarifas comerciais.
O índice da Bloomberg para o dólar desliza 0,2%. O euro sobe 0,17% para os 1,1260 dólares.
Petróleo em mínimos de quatro meses
O "ouro negro" continua a perder terreno após ter acumulado uma queda de 10% em apenas quatro dias. A penalizar o petróleo está a preocupação cada vez maior com uma desaceleração do crescimento económico mundial por causa da disputa comercial. O JP Morgan disse ontem que a probabilidade de a economia norte-americana entrar em recessão no segundo semestre aumentou de 25% há um mês para 40%.
Este efeito negativo sobrepõe-se à garantia deixada pela Arábia Saudita de que fará o necessário do lado da produção para manter a estabilidade dos preços. A cotação do barril já caiu quase 20% face ao pico alcançado em abril, aproximando-se de "bear market".
Os cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), da qual a Arábia Saudita faz parte, não estão a ser suficientes para colmatar a perspetiva de que haja menos procura no futuro e ainda o aumento das reservas norte-americanas de petróleo.
O crude, negociado em Nova Iorque, segue a desvalorizar 0,21% para os 53,14 dólares ao passo que o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, está a cair 0,31% nos 61,09 dólares por barril.
Ouro brilha para máximos de fevereiro
O metal precioso está a registar a maior subida em mais de quatro meses numa altura em que há uma crescente procura por ativos de refúgio. O agravamento da disputa comercial entre os EUA e os seus parceiros comerciais não tinha beneficiado tanto o ouro no passado, mas a expectativa de que a Fed poderá descer os juros traça um cenário futuro claramente negativo. O ouro sobe 0,28% para os 1.329,02 dólares por onça, atingindo máximos de fevereiro.
Na China, as cotadas do setor do ouro beneficiaram também deste cenário na última sessão, tornando-se nos títulos que mais valorizaram nas últimas cinco sessões na bolsa de Pequim.