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Abertura dos mercados: Bolsas animadas, petróleo em queda
As principais bolsas europeias estão a subir, mantendo a trajectória registada ontem após a decisão do Supremo Tribunal britânico a propósito do Brexit. Os preços do petróleo estão em queda penalizados pelas reservas.
Os mercados em números
PSI-20 soma 0,14% para 4.582,97 pontos
Stoxx 600 ganha 1,07% para 365,81 pontos
Nikkei subiu 1,43% para 19.057,50 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 3,5 pontos base para 3,896%
Euro soma 0,12% para 1,0744 dólares
Petróleo em Londres recua 0,54% para 55,14 dólares por barril
Bolsas europeias no verde
As principais bolsas europeias estão a negociar em terreno positivo depois de ontem a decisão do Supremo Tribunal britânico sobre o Brexit. O Supremo Tribunal do Reino Unido ter decidido que terá de ser o Parlamento britânico a invocar o artigo 50.º do Tratado de Lisboa, obrigando a primeira-ministra Theresa May a esperar antes de iniciar as negociações com Bruxelas. A marcar o dia nos mercados bolsistas vai estar também a divulgação de dados económicos, como o índice alemão Ifo relativo a Janeiro.
A liderar os ganhos no Velho Continente está o principal índice espanhol, o IBEX 35, que ganha 1,80%, seguido pelo alemão DAX, que valoriza 1,29%. O Stoxx 600, índice de referência, ganha 1,07%.
O PSI-20 valoriza 0,14%, impulsionado sobretudo pelas acções da Navigator e da Galp Energia. A Navigator soma 2,03% para 3,365 euros. A Galp Energia avança 0,65% para 13,965 euros. Nota ainda para as acções do BCP, que descem 0,53%, numa altura em que os direitos de subscrição do aumento de capital recuam 1,50% para 78,8 cêntimos.
Na Ásia, o dia tinha sido já de valorizações com os investidores animados com os resultados das empresas norte-americanas, que levaram Wall Street a atingir novos máximos (os índices S&P500 e Nasdaq fixaram recordes). A procura elevada da China por materiais relançou o optimismo dos investidores em torno do crescimento económico, o que alimentou também as praças asiáticas.
Juros continuam a escalar
Os juros da dívida pública portuguesa continuam a subir no mercado secundário. A dez anos, a maturidade considerada de referência, as "yields" avançam 3,5 pontos base para 3,896 %. Esta subida ocorre também com a dívida de outros países, como é o caso da Espanha e da Itália. A divida espanhola a dez anos soma 1,4 pontos base para 1,521%.E a italiana cresce 3,1 pontos base para 2,074%.
A divida alemã, tida muitas vezes como activo de refúgio, também não escapa a esta tendência de subida, e avança 4 pontos base para 0,449%. O prémio de risco da dívida nacional está nos 339,8 pontos.
Euro recupera
A moeda da Zona Euro está a recuperar face ao dólar. Por esta altura, o euro soma 0,12% para 1,0744 dólares. A Bloomberg avança que os investidores estão a pagar o prémio relativo mais elevado em cinco anos para se protegerem contra os riscos do euro.
Expectativas para as reservas penalizam petróleo
Os preços do petróleo estão a cair nos mercados internacionais depois dos dados da indústria apontarem para um aumento das reservas norte-americanas de crude. Ainda a marcar a negociação da matéria-prima está o facto de a Líbia ter aumentado a sua produção de petróleo para o valor mais elevado desde 2014, numa altura em que o país restabelece a sua produção após o conflito que assolou o território líbio.
O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, desce 0,54% para 55,14 dólares por barril. E o West Texas Intermediate recua 0,56% para 52,88 dólares por barril.
Ouro sem brilho há dois dias
A cotação do ouro está em queda pela segunda sessão após o norte-americano S&P500 ter alcançado um record na última sessão e os títulos do tesouro nos Estados Unidos estarem a subir, o que pode estar a diminuir o apetite dos investidores por este activo, frequentemente considerado de refúgio.
O ouro para entrega imediata desce 0,60% para 1.201,71 dólares por onça.