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Preço do petróleo cai outra vez abaixo dos 80 dólares
No dia em que entra em vigor a decisão da OPEP em cortar a produção de petróleo em mais de um milhão de barris por dia, o preço do petróleo ficou novamente abaixo da barreira dos 80 dólares.
Os futuros do petróleo acordaram mais um dia no vermelho, com receio da recessão e no dia em que entra em vigor a decisão da OPEP em cortar a produção de petróleo em mais de um milhão de barris por dia. O valor representa um recuo de 7% no preço do barril em relação aos valores praticados em abril do ano passado.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cai 2,15% para 75,13 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, perde 2,02% para 78,70 dólares.
O petróleo não é a única matéria prima a registar uma desaceleração. Os contratos de futuros de gás natural apresentam um recuo de 50% face ao mesmo período de 2022 e os metais ligados à indústria, como o níquel, recua 20% desde o início do ano.
Em abril, a Organização dos Países Produtores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) avançou que iria cortar a produção de crude em mais de um milhão de barris por dia.
A liderar a redução está a Arábia Saudita e a Rússia, que vão efetuar cada, um corte de 500 mil barris por dia. Os restantes países farão abrandamentos menos expressivos, com o Iraque a reduzir 211 mil barris, o Kuweit 128 mil, os Emirados 144 mil, o Cazaquistão 78 mil, a Argélia 48 mil e o Omã 40 mil.
No total, vão ser retirados do mercado cerca de 1,6 milhões de barris por dia, numa altura em que as negociações de crude têm estado voláteis, afetadas pela crise no setor bancário e os receios de uma recessão económica.