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Corte da OPEP+ na produção de petróleo deverá levar a mais inflação
Agência Internacional de Energia alerta que a redução surpresa da OPEP+ deverá contribuir para um aumento dos preços do petróleo e não só. "Os consumidores que já estão sobre pressão devido à inflação vão sofrer ainda mais", refere.
"Já estava previsto um aperto no mercado do petróleo na segunda metade de 2023 (...) os recentes cortes arriscam exacerbar esses constrangimentos. Os consumidores que já estão sobre pressão devido à inflação vão sofrer ainda mais com preços altos", refere a agência de energia.
A OPEP+ fez saber a 2 de abril que iria cortar a produção de crude a partir de maio, sendo esta redução liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia. Além deste travão, Moscovo anunciou também a intenção de prolongar além do próximo mês a redução de 500 mil barris por dia - medida que adotou em março em resposta às sanções impostas por outros países como penalização pela invasão russa da Ucrânia.
A notícia de um corte adicional deu algum alento aos preços do petróleo, com o West Texas Intermediate (WTI, na sigla em inglês) a valorizar 2,55% desde então e o Brent do Mar do Norte 1,74%, estando a negociar nos 82,40 dólares por barril e nos 86,35 dólares por barril, respetivamente.
A Agência Internacional de Energia espera que o mercado global de petróleo encolha em 400 mil barris por dia até ao final do ano, sendo que a atenuar a queda, segundo a IEA, está um aumento de produção em um milhão de barris por dia fora dos países da OPEP+.