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Moody’s ameaça cortar "rating" de 175 produtoras de matérias-primas

A Moody’s colocou a notação financeira de 175 produtoras de matérias-primas em revisão, admitindo um corte do "rating" devido ao colapso dos preços. A agência estima que o petróleo deverá cotar nos 33 dólares em 2016.

Bloomberg
22 de Janeiro de 2016 às 13:19
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A Moody’s reviu em baixa as estimativas para o petróleo. A provável continuação do cenário de preços baixos nas matérias-primas vai pesar nas contas das produtoras e no risco de crédito, levando a Moody’s a considerar uma possível revisão em baixa do "rating" de 120 empresas do sector. Entre as produtoras de matérias-primas, 55 mineiras enfrentam também um possível corte de "rating", elevando para 175 as empresas alvo da atenção da Moody’s.

A Royal Dutch Shell, a Total e a Staitoil estão entre as empresas colocadas em revisão pela Moody’s, bem como 69 empresas norte-americanas, indica o Financial Times. A agência considera que "há um risco elevado de os preços recuperarem muito mais lentamente do que as petrolíferas esperam", afectando os seus perfis de crédito.

"Mesmo num cenário de recuperação modesta, as produtoras vão registar fluxos de caixa muito mais baixos", justifica a agência de notação financeira, citada pela Bloomberg. "A revisão de hoje considera que os fundamentais muito mais fracos da indústria podem justificar mudanças nos ‘ratings’", considera a Moody’s.

De acordo com as estimativas da agência, o petróleo deverá cotar nos 33 dólares em 2016. Este valor representa uma redução de dez dólares no barril de Brent, negociado em Londres, e de sete dólares no West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque. O Brent está esta sexta-feira a disparar 6,87% para 31,26 dólares. O WTI soma 5,69% para 31,21 dólares.

China ameaça mineiras

Além das petrolíferas, também as mineiras estão a ser afectadas pelo colapso dos preços, levando a Moody’s a colocar o "rating" de 55 empresas sob revisão, entre as quais a Alcoa. O abrandamento da economia chinesa é a principal ameaça para este sector.

"A influência da China no mercado das matérias-primas, juntamente com a necessidade de uma recalibração significativa da produção para equilibrar a indústria, mostra que este não é um ciclo normal, mas uma alteração fundamental que irá causar uma pressão sem precedentes nas empresas mineiras", refere Matthew Moore, analista da Moody's, citado pelo Financial Times.

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