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Goldman: China vai manter emergentes sob pressão até 2020

O processo de ajustamento da economia chinesa vai continuar a penalizar a economia dos mercados emergentes nos próximos cinco anos.

Reuters
25 de Janeiro de 2016 às 15:20
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Os mercados emergentes têm sido fortemente penalizados nos últimos anos, com as acções destes países a serem arrastadas pelas preocupações em torno das suas economias. E as perspectivas não deverão melhorar tão cedo. A complexa fase de transição que a economia chinesa enfrenta deverá manter os mercados emergentes sob pressão até 2020.

O Goldman Sachs aconselhou os seus clientes a "ajustarem as suas exposições" aos mercados emergentes, refere uma nota de análise citada pela CNBC. O banco de investimento considera que a transformação que a China está a atravessar, com o país a procurar focar-se no consumo interno e diminuir a dependência das exportações, deverá continuar a pesar nas economias em desenvolvimento.

Os especialistas prevêem que a China vai continuar a aumentar a volatilidade no mercado não apenas este ano, mas nos próximos cinco anos. E os mercados emergentes vão continuar a ser os mais penalizados.

"As economias desenvolvidas não vão ser imunes a qualquer volatilidade a surgir da China, mas os impactos económicos directos e indirectos vão ser menores para elas", refere a mesma nota de investimento.

Já no caso dos mercados emergentes, estes países deverão ser pressionados pela desvalorização da moeda chinesa nos próximos anos. "Uma desvalorização constante do renminbi pela China vai arrastar as moedas dos mercados emergentes", diz o Goldman.

Além do efeito cambial, "os países dos mercados emergentes também são mais dependentes da procura chinesa por matérias-primas relacionadas com a indústria e investimentos imobiliários, e uma vez que esperamos que o ritmo de crescimento continue a abrandar em ambas as áreas, esperamos menores retornos nesses países também".

Mais resgates

O pessimismo em torno dos mercados emergentes continua a reflectir-se nos elevados volumes de dinheiro que têm saído destas regiões. Apenas na última semana, os investidores tiraram mil milhões de dólares dos ETF (índices que replicam o desempenho do índice) que investem em mercados emergentes, elevando o montante acumulado em resgates, este mês, para 3,9 mil milhões, segundo dados da Bloomberg.


A China foi o país que registou o maior volume de saídas de capital. Os fundos que seguem a China encolheram 328,1 milhões de dólares, mais do dobro dos resgates (146,8 milhões) registados na semana anterior.

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