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Sabe o que é um "fundo cão"? Fuja deles

A Aberdeen e a M&G lideram a lista de "fundos cão" da Tilney Bestinvest. Ou seja, são as gestoras com o maior número de produtos onde os desempenhos ficaram 10% ou mais abaixo do mercado nos últimos três anos.

Bloomberg
30 de Janeiro de 2016 às 11:00
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"Ursos" e "touros" são termos comuns nos mercados financeiros e que muito têm sido referidos nos últimos dias. Mas já ouviu falar em "fundos cão"? Pelo nome podem parecer inofensivos, mas a verdade é que se deve afastar deles. Tratam-se dos produtos que registam os piores desempenhos nos últimos três anos. Saiba "reconhecer o cão" antes de escolher um fundo.

É já uma tradição. Por duas vezes durante o ano, a gestora de riqueza Tilney Bestinvest lança uma lista onde identifica o "cão" na indústria de fundos. E há duas gestoras que se destacam neste "ranking". A Aberdeen Asset Management e a M&G destacam-se com os fundos que registaram desempenhos inferiores ao mercado em 10% ou mais nos últimos três anos.

A Aberdeen, a segunda maior gestora europeia, tem 11 fundos classificados como cão, um terço dos produtos na lista. Mas é a M&G que gere o maior montante de capital em fundos que estão apresentar retornos aquém do mercado. Os quatro "fundos cão" da gestora britânica mantêm em carteira 6,4 mil milhões de libras (8,4 mil milhões de euros), mais do dobro dos três mil milhões de libras investidos nos 11 fundos da Aberdeen.

Sem faro para os emergentes

Os fundos da Aberdeen incluem produtos de acções que investem a nível global, nos EUA, na Europa e no Reino Unido. O Aberdeen UK Mid Cap Equity, World Equity Income ou o Aberdeen Northe American Equity são alguns dos nomes na lista. Maus desempenhos transversais a várias regiões explicados pelo facto de a gestora privilegiar uma estratégia focada numa abordagem comum nos vários fundos, neste caso centrada nos mercados emergentes.

"A Ásia e os fundos de mercados emergentes perderam o seu lustro e o processo comum significa que a indisposição se estendeu por todo o grupo", explica a Tilney Bestinver.

A gestora britânica tem atravessado um período difícil devido à grave crise nos mercados emergentes nos últimos anos. Especializada no investimento nestas regiões, a entidade tem sido, no entanto, incapaz de contrariar o mau momento nos mercados em desenvolvimento. E a travagem na China e a forte queda dos preços das matérias-primas apenas veio agravar a situação.

Investidores vão dar uma volta

A Aberdeen reconhece que as rendibilidades dos seus fundos têm sido "desapontantes" nos últimos anos e justifica estes desempenhos negativos com a sobreexposição aos emergentes e a acções relacionadas com matérias-primas. Os fracos retornos dos fundos têm-se traduzido em resgates elevados. No último ano, os investidores retiraram 34 mil milhões de libras dos produtos geridos pela sociedade.

Mas não é apenas a Aberdeen que está a sofrer com a forte queda dos preços das matérias-primas. No caso da M&G, o seu fundo Recovery, muito popular entre pequenos investidores no Reino Unido e na lista dos fundos "cão" desde o ano passado, viu o seu património encolher para 3,7 mil milhões de libras, face 4,5 mil milhões no relatório anterior, em Agosto de 2015. Noutro caso, os activos sob gestão do Global Basics diminuíram de 2,2 mil milhões para 1,8 mil milhões.

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