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China deixou fugir 620 mil milhões em 2015
No seu conjunto, os mercados emergentes viram sair no ano passado mais de 670 mil milhões de euros. A economia chinesa foi a mais penalizada, depois da derrocada das bolsas, fraqueza do yuan e receios de abrandamento.
O mercado chinês assistiu no ano passado a uma fuga de capitais de 676 mil milhões de dólares (619,7 mil milhões de euros) com a saída dos investidores dos mercados emergentes. Somado à saída de capitais destes países, o valor total ascende a 673,8 mil milhões de euros que saíram das economias em desenvolvimento, acima dos 495 mil milhões previstos em Outubro.
As contas constam de um relatório do norte-americano Instituto de Finança Internacional (IIF na sigla inglesa) conhecido esta quarta-feira e citado pelo Financial Times. A retirada do mercado chinês precipitou-se sobretudo no último trimestre do ano, marcado pelos efeitos da derrocada do mercado de capitais, pela desvalorização da moeda local (o yuan) e pelos receios em relação ao abrandamento da segunda maior economia do mundo.
O instituto espera que o ritmo de saída de capitais dos emergentes se atenue este ano, ainda assim ascendendo aos 410 mil milhões de euros, enquanto na China as autoridades deverão continuar a intervir para segurar o yuan.
O aumento das taxas de juro nos EUA – decidida em Dezembro e que foi o primeiro em quase uma década - também terá tido impacto na realocação do capital. Novas mexidas mais agressivas durante este ano por parte da Reserva Federal na taxa de referência poderão intensificar o fenómeno, alerta o IIF.