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China reafirma combate à banca paralela

A saída de capitais da segunda maior economia do mundo estancou em Março. Mas as autoridades prometem continuar o combate à banca paralela, depois de no final do ano passado terem desmantelado uma rede em Hong Kong.

Bloomberg
12 de Abril de 2016 às 11:13
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O regulador chinês para o mercado cambial vai reforçar o combate à banca paralela na segunda maior economia do mundo, penalizando os clientes destes mecanismos e impedindo o acesso aos canais de transacção que fomentam a saída de divisas do país.


A garantia foi dada esta terça-feira, 12 de Abril, por um dos dirigentes da entidade pública SAFE, acrónimo inglês para State Administration of Foreign Exchange. No ano passado, as operações envolvendo esquemas paralelos ascenderam a um bilião de yuan (cerca de 135,5 mil milhões de euros).


"[A SAFE] vai continuar a trabalhar com o gabinete de segurança pública e outros departamentos para se concentrar em derrubar os bancos paralelos, intimidando as pessoas que usam estas instituições e bloqueando os canais para transacções bancárias paralelas", garantiu Zhang Shenghui, director da divisão de inspecção, da SAFE, ao jornal estatal Economic Information Daily.

Em Novembro passado, o banco central da China e a SAFE detectaram um caso que envolvia transacções na ordem dos 56 mil milhões de euros em transacções ilegais de capital. Mais de 370 pessoas foram então detidas na província de Zhejiang, tendo sido investigadas mais e 1,3 milhões de transacções suspeitas.


Na altura, falou-se de ter sido eliminado o maior banco paralelo chinês. Um suspeito criou mais de uma dezena de empresas em Hong Kong para as quais transferiu mais de 100 mil milhões de yuan através de contas de não-residentes. O dinheiro passou assim à margem do controlo de capitais e foi, no exterior, trocado por divisa estrangeira novamente remetida às contas dos clientes originais.

A intensificação do combate a estas instâncias ocorre depois de meses em que as autoridades chinesas se debateram com a elevada volatilidade nos mercados e com fuga de capitais.

Em Março, as reservas monetárias da China subiram pela primeira vez em cinco meses, depois de uma desaceleração das quedas desde o final de 2015. As divisas nas mãos do Banco Popular da China aumentaram para 3,21 biliões de dólares, acima dos 3,2 biliões de Fevereiro, segundo a Bloomberg. Os analistas contactados por esta agência esperavam uma queda para os 3,196 biliões.

A recuperação ficou a dever-se ao enfraquecimento do dólar, à redução da saída de capitais e a sinais de recuperação da economia chinesa, explicou Shen Jianguang, da Mizuho Securities Asia, à Bloomberg na semana passada. 

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