O petróleo está a cair 1%, pressionado pelo excesso de oferta da matéria-prima, evidenciada pela nova subida das reservas nos EUA. Depois de ter registado fortes ganhos na sessão de quarta-feira, o petróleo mantém-se ainda na casa dos 40 dólares, em Londres e dos 37 dólares em Nova Iorque, próximo de máximos de Dezembro.

O Brent, que serve de referência para as importações europeias, está a desvalorizar 1,19% para 40,58 dólares por barril, após ter avançado 3,6% na sessão anterior para 41,07 dólares. Esta semana, o Brent ultrapassou a fasquia dos 40 dólares pela primeira vez desde Dezembro, tendo entretanto negociado em torno deste valor, em sessões voláteis. 

Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) recua 1,07% para 37,88 dólares por barril. Encerrou a sessão anterior com um ganho de 4,9% para 37,95 dólares por barril, o valor de fecho mais elevado desde 4 de Dezembro.

As reservas de petróleo aumentaram novamente na semana passada, para o valor mais elevado desde 1930, a primeira data em que há registos, revelou a Administração de Informação de Energia dos EUA, na quarta-feira. Ainda que os inventários de gasolina tenham caído, o que revela uma maior procura, os máximos históricos das reservas demonstram que mesmo que os principais exportadores de petróleo cortem a produção ainda irá demorar vários meses até o mercado reequilibrar, levando os preços a subir de forma sustentada.

"As reservas de crude em recorde vão travar a sustentabilidade de qualquer forte subida", diz Michael McCarthy, estratega chefe na CMC Markets, à Bloomberg. Tanto o WTI como o Brent registaram já quedas acentuadas este ano, mas apresentam actualmente valorizações de 2,2% e 8,5%, respectivamente, em 2016.