A rede social Twitter concordou em eliminar publicações feitas por vários utilizadores que colocaram na rede e sem autorização dados relativos aos "stocks" semanais de petróleo nos Estados Unidos (EUA), influenciando directamente os preços de transacção.

Como conta o Wall Street Journal, o pedido de eliminação das publicações partiu do Instituto Americano do Petróleo (API na sigla em inglês), que providencia a cada terça-feira aos seus subscritores os dados sobre os inventários de ouro negro no dia anterior ao Governo norte-americano divulgar os dados oficiais.

Esta terça-feira, depois de ter sido repetida por outros utilizadores a publicação desses dados por um "trader", que apontavam para um novo aumento do petróleo armazenado nos EUA, os preços do barril prolongaram as quedas no mercado internacional. A unidade West Texas Intermediate, de referência para o mercado norte-americano, fechou essa sessão a desvalorizar 2,91% para 39,65 dólares.

A queixa levou a rede a apagar pelo menos esse "post" e a informar outros utilizadores de que as suas publicações (repetições da mensagem inicial) também tinham sido eliminadas.

Segundo a agência federal de energia dos EUA, os stocks de crude na semana passada aumentaram em 3,9 milhões de barris para próximo de 522 milhões, enquanto os inventários de gasolina caíram mais que o esperado (em 4,5 milhões de barris), segundo a Reuters.

No ano passado, o Twitter recebeu mais de 30 mil pedidos de remoção de "tweets" e eliminou quase 70% destes.