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Matérias-primas tocam em mínimos de um quarto de século
O Bloomberg Commodity Index, que agrega 26 matérias-primas, tocou no valor mais baixo desde pelo menos 1991, o primeiro ano em que há registos comparáveis. A forte queda do petróleo está a pressionar o índice.
O índice de matérias-primas da Bloomberg caiu para o nível mais baixo desde pelo menos 1991, o primeiro ano em que há registos comparáveis. O Bloomberg Commodity Index, que reflecte a evolução dos contratos futuros de 26 matérias-primas, recuou um máximo de 1,27% para 74,17 pontos, o valor mais baixo em mais de 25 anos. A forte queda do petróleo está a pressionar o índice.
Após ter perdido 25% no ano passado, o índice acumula já uma desvalorização de 5,54% em 2016. É o pior arranque anual de sempre, segundo a Bloomberg. A pressionar a matéria-prima no início deste ano estão os receios de um abrandamento da China, a segunda maior economia mundial e maior consumidora mundial de matérias-primas. Receios que impulsionaram uma maior valorização do dólar, a divisa em que são transaccionadas a maior parte das matérias-primas, o que torna o investimento menos atractivo.
"Estamos no círculo vicioso para as matérias-primas", disse Quincy Krosby à Bloomberg. "Com a depreciação do yuan, o dólar valorizou, o que é negativo para as matérias-primas", disse o estratego de mercados da Prudential Financial, reproduzindo a análise defendida pelo Morgan Stanley, numa nota para investidores publicada esta segunda-feira.
A queda acentuada do petróleo, que está a transaccionar em mínimos de mais de uma década, está a pressionar o índice. O Brent, negociado em Londres, já recuou um máximo de 3,55% para 30,43 dólares por barril, esta terça-feira. Segue a perder 3,01% para 30,60 dólares por barril. O West Texas Intermediate (WTI) está a desvalorizar 3,95% para 30,17 dólares por barril, após ter tocado nos 30,10 dólares por barril.