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China e “hedge funds” colocam petróleo sob pressão

As apostas dos "hedge funds" na valorização do petróleo voltaram a cair, desta feita para um mínimo de 2010. Uma tendência que está a pressionar a cotação na matéria-prima, numa sessão em que os dados da China também desanimaram.

Bloomberg
11 de Janeiro de 2016 às 09:29
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O petróleo arrancou a segunda semana do ano em queda. As cotações em Londres e em Nova Iorque caem em torno de 1%, numa sessão em que foi conhecido que as apostas dos "hedge funds" na valorização da matéria-prima estão em mínimos de 2010. Mas também os maus indicadores económicos na China estão a marcar esta segunda-feira.

O Brent, negociado em Londres, está a desvalorizar 1,28% para 33,12 dólares por barril nesta segunda-feira, 11 de Janeiro. E já chegou a cair um máximo de 3,31% para transaccionar nos 32,44 dólares. Por seu lado, o West Texas Intermediate (WTI), em Nova Iorque, cai por esta altura 1,36% para 32,71 dólares por barril. Isto numa sessão em que perdeu um máximo de 2,77% para 32,24 dólares.

A pressionar o petróleo estão os dados sobre as apostas dos "hedge funds". Isto porque, na semana terminada a 5 de Janeiro, os contratos de futuros que ganham com a valorização do petróleo caíram 24% para 76.934, o valor mais baixo desde Julho de 2010. Um reflexo de que estes fundos acreditam cada vez menos numa valorização da matéria-prima, pelo menos nos próximos meses.

Mas também a China está de regresso ao centro das atenções. Esta segunda-feira, foi conhecida a evolução dos preços na produção em Dezembro, um indicador que recuou pelo 46º mês consecutivo. Já a inflação no país ficou a metade do objectivo do Governo para 2015, espoletando mais receios de abrandamento na segunda maior economia mundial.

Morgan Stanley alerta para petróleo nos 20 dólares

Também esta segunda-feira, o Morgan Stanley publicou um relatório, no qual avisa que o petróleo poderá cair para entre 20 e 25 dólares por barril. Segundo a Bloomberg, que cita o documento divulgado pelo banco norte-americano, o problema está na contínua valorização do dólar.

Uma vez que a cotação do petróleo está denominada em dólares, as oscilações na moeda acabam por ter influência no preço. De tal forma, que o banco norte-americano considera que grande parte das quedas da matérias-primas desde Novembro se deve à ascensão do dólar. E conclui que, por cada variação de 1% na moeda, a cotação do Brent varia entre 2% e 4%.

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