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Bolsa nacional cai mais de meio por cento e contraria Europa

O principal índice da bolsa de Lisboa está a negociar em terreno negativo, penalizado sobretudo pelos títulos da Jerónimo Martins e da Nos. A queda da bolsa nacional contraria o sentimento positivo do resto da Europa.

Miguel Baltazar/Negócios
11 de Janeiro de 2016 às 10:45
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A bolsa nacional mantém a tónica negativa do arranque da sessão. O PSI-20 desce 0,70% para os 5.089,47 pontos, com 13 empresas em queda e quatro em alta. Entre as restantes praças europeias, o sentimento é de ganhos, com o índice alemão a liderar as valorizações ao crescer 0,70%. O Stoxx 600, índice de referência e que engloba as 600 empresas mais importantes do Velho Continente, soma 0,36%.

Com este comportamento, as bolsas europeias afastam-se do comportamento da semana passada, altura em que foram registadas desvalorizações que fizeram com que fosse a pior desde Agosto de 2011. As acções das construtoras automóveis, que estão a ser suportadas pela queda do euro, estão a impulsionar o sentimento das bolsas, segundo a Bloomberg. A moeda da Zona Euro desce 0,34% para 1,0885 dólares. As acções da Renault somam, na bolsa francesa, 1,96% para 85,41 euros. Na bolsa alemã, as acções da BMW sobem 2,63% para 84,47 euros e a Volkswagen cresce 3,91% para 119,60 euros.

Ainda assim, o clima de incerteza que tem pairado sobre as bolsas mundiais devido aos receios dos investidores em relação ao crescimento económico da China não terá desaparecido. Para Peter Dixon, economista do Commerzbank, em Londres, "a reacção do mercado ao que tem acontecido na China foi extremamente exagerada". "A incerteza não foi dissipada – basta uma ou duas coisas correrem mal e voltamos para onde estávamos – mas os investidores estão finalmente a olhar para as coisas com uma mente mais clara. Os fundamentais na Europa não são maus de todo e devem melhorar. Devemos assistir a mais benefícios de o euro estar a recuar e da queda dos preços da energia", acrescentou em declarações à Bloomberg.

Na bolsa de Lisboa, os títulos da Jerónimo Martins e da Nos são os que mais penalizam a negociação. A retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos e que detém a marca de supermercados Pingo Doce desce 1,16% para 11,94 euros. Ainda neste sector, a Sonae perde 0,86% para 1,033 euros.

A Nos cai 0,96% para 7,028 euros. A Pharol desliza 0,40% para 25 cêntimos por acção.

No sector energético, a Galp Energia desce 0,62% para 9,605 euros, numa altura em que os preços do petróleo estão a recuar nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, desce 1,55% para 33,03 dólares por barril.

No grupo EDP, a casa-mãe cede 0,19% para 3,204 euros e a EDP Renováveis desvaloriza 0,99% para 7,123 euros. A REN recua 1,30% para 2,80 euros. O Negócios avança na edição desta segunda-feira que a REN perdeu a sua primeira batalha contra a polémica contribuição extraordinária sobre o sector energético, depois de o tribunal arbitral ter decidido, por unanimidade, que o tributo não padece de qualquer inconstitucionalidade. A sentença admite recurso.

Na banca, o BCP avança 0,43% para 4,63 cêntimos. O BPI soma 0,19% para 1,057 euros.

No sector da pasta e do papel, a Semapa desce 1,45% para 12,20 euros, a Portucel recua 0,75% para 3,431 euros e a Altri desvaloriza 1,12% para 4,50 euros.

 

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