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Abertura dos mercados: Euro e petróleo em queda. Bolsas sem tendência definida

As principais bolsas europeias estão a negociar sem uma tendência definida depois de a semana passada ter sido a pior desde Agosto de 2011. Os preços do petróleo registam desvalorizações expressivas e o euro desliza.

Bloomberg
11 de Janeiro de 2016 às 08:35
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Os mercados em números

PSI-20 desce 0,99% para 5.074,80 pontos

Stoxx 600 soma 0,01% para 341,37 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal avança 3,4 pontos base para 2,638%

Euro desliza 0,35% para 1,0884 dólares

Brent recua 2,62% para 32,67 dólares por barril

Bolsas europeias sem tendência

As bolsas europeias arrancaram a semana sem uma tendência definida. O PSI-20 lidera as desvalorizações ao recuar 0,99%, seguido do britânico Footsie, que cede 0,18%. Do lado dos ganhos, o principal índice italiano é o que mais sobe, crescendo 0,23%. O Stoxx 600, índice de referência, soma 0,01%. Este comportamento das praças europeias tem lugar depois de a última semana ter sido a pior desde Agosto de 2011, perante o agravamento das preocupações em torno da China.

Na Ásia, as praças japonesas estiveram encerradas por ser feriado no país. Já na China, a sessão voltou a ser de perdas. O Shanghai Composite Index encerrou a cair 5,33%, negociando assim em mínimos de quatro meses. O Hang Seng China Enterprises Index desceu 3,8%, para transaccionar no nível mais baixo desde 2011.

Juros da dívida em alta

Os juros da dívida pública portuguesa estão a subir no mercado secundário nos prazos mais longos. Nas maturidades a dois e a três anos, os juros exigidos pelos investidores para terem dívida portuguesa estão a descer ligeiramente. A dez anos, o prazo considerado de referência, as "yields" somam 3,4 pontos base para 2,638%. Mas não é apenas na dívida nacional que se verifica uma subida dos juros. Os juros cobrados pelos investidores para adquirem dívida alemã está igualmente a crescer, sendo que, a dez anos, os juros avançam 2,2 pontos base para os 0,536%. O prémio de risco da dívida nacional está nos 209,2 pontos.

 

Euro em queda ligeira

A moeda da Zona Euro está esta segunda-feira a perder terreno face à divisa norte-americana. Por esta altura, o euro desce 0,35% para 1,0884 dólares.

Petróleo continua a cair

Os preços do petróleo continuam a cair nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, desce 2,20% para 32,43 dólares. O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e que serve de referência para as importações nacionais, recua 2,62% para 32,67 dólares por barril. Esta evolução da cotação do crude tem lugar num altura em que os "hedge funds" estão a deixar de apostar no petróleo. Além disso, a negociação da matéria-prima está a ser marcada pelos receios, por parte dos investidores, de que haja um enfraquecimento da procura por parte da China, um dos maiores consumidores do mundo. Os dados mais recentes mostram que os preços no produtor na China caíram e a inflação continua abaixo da meta estabelecida pelo Governo de Pequim, o que está a adensar os receios do mercado.

Ouro continua a brilhar

A cotação do ouro está a subir nos mercados internacionais, aproximando-se do valor mais elevado em dois meses, numa altura em que o apetite dos investidores por activos considerados de refúgio – como é o caso do ouro – está a crescer. Os receios em torno da evolução económica da China, e que têm penalizados os mercados bolsistas um pouco por todo o mundo, tem feito com que os investidores se voltem para classes de activos considerados com menos risco. O ouro, para entrega imediata, soma 0,22% para 1.106,55 dólares por onça.


Destaques do dia

Ritmo cardíaco vai continuar acelerado nas bolsas. Os receios de uma travagem brusca da economia chinesa roubaram quase quatro biliões aos mercados accionistas mundiais na primeira semana do ano. A volatilidade promete manter-se elevada.

Poderá a China passar uma rasteira ao BCE? A segunda maior economia do mundo voltou a assustar, com os receios de que trave a fundo. A acontecer, prejudicará as exportações da Zona Euro e, assim, a economia. Mas não deve obrigar o BCE a actuar. Já a inflação poderá novamente desiludir.

Tribunal dá luz verde à contribuição energética. A REN perdeu a sua primeira batalha contra a polémica contribuição extraordinária sobre o sector energético, depois de o tribunal arbitral ter decidido, por unanimidade, que o tributo não padece de qualquer inconstitucionalidade. A sentença admite recurso.

Novo Banco precipita queda da ex-dona do Banif. A Rentipar caminha para a insolvência. A empresa liderada por Teresa Roque tem uma dívida acima de 50 milhões ao Novo Banco que não pagou. Não há "garantias especiais associadas" a esses créditos concedidos. BCP e Banif são outros credores.

 

O que vai acontecer na segunda-feira

 

Dados do INE. O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica os índices de produção, emprego, remunerações e horas trabalhadas, na indústria, na construção e obras públicas e nos serviços, referentes a Novembro.

Resultados da Alcoa. A mineira Alcoa apresenta os resultados do quarto trimestre de 2015

(Notícia actualizada às 8h38 com informação relativa aos juros da dívida nacional)

 

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