O BPI cortou a avaliação da Galp Energia de 12,55 euros para 11,40 euros por acção, mantendo a recomendação em "neutral". O novo preço-alvo, que reflecte a revisão em baixa do preço do petróleo, representa ainda um ganho potencial de 20%, face à actual cotação.

Os analistas do banco actualizaram a avaliação da Galp Energia para o ano de 2016. O corte do preço-alvo reflecte principalmente a revisão em baixa do preço do barril de petróleo (de 80 para 70 dólares), justificam Bruno Silva e Flora Trindade, numa nota para investidores, publicada esta segunda-feira, 11 de Janeiro. Neste contexto de preços baixos, "a política de aumento anual de 20% do dividendo pode ser demasiado generosa", alerta o BPI, que mantém a recomendação em "neutral".

Apesar do corte do preço-alvo, os analistas exploram as possibilidades que a Galp tem de valorizar a unidade de distribuição, que podem levar a um aumento até 1,9 euros no preço-alvo. Para o BPI, a redução de custos e a evolução positiva do mercado podem elevar os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) da unidade de distribuição (que tem um peso de 30% nos resultados globais) de 350 milhões para 420 milhões de euros, nos próximos cinco anos.

As acções da Galp Energia estão a desvalorizar 1,66% para 9,505 euros, pela sétima sessão consecutiva.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.