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China poupou 147 mil milhões de euros com queda das matérias-primas

Em 2015, o "gigante" asiático comprou 335,5 milhões de toneladas de crude, um volume 8,8% superior ao ano anterior, mas a um preço médio 45,3% inferior, de acordo com o sítio oficial das Alfândegas chinesas.

Bloomberg
13 de Janeiro de 2016 às 10:11
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A China gastou no ano passado menos 160.000 milhões de dólares (147.000 milhões de euros) na compra de matérias-primas como petróleo, minério de ferro, carvão e cobre, segundo dados da Administração das Alfândegas chinesas.

 

O abrandamento da economia chinesa levou à redução do preço das "commodities", afectando países como Angola e o Brasil, mas beneficiou a China, que terá aproveitado para aumentar as suas reservas de petróleo.

 

Em 2015, o "gigante" asiático comprou 335,5 milhões de toneladas de crude, um volume 8,8% superior ao ano anterior, mas a um preço médio 45,3% inferior, de acordo com o sítio oficial das Alfândegas chinesas.

 

No total, aquela quantidade recorde de petróleo custou a Pequim 134,5 mil milhões de dólares, segundo a agência Bloomberg, que refere que as autoridades diminuíram as restrições à importação, visando aumentar as reservas nacionais.

 

A China é o principal cliente do petróleo de Angola, país que atravessa assumidas dificuldades devido à queda do preço do crude nos mercados internacionais.

 

As importações chinesas de minério de ferro, de que o Brasil é um dos principais fornecedores, subiram entretanto 2,2% em volume e totalizaram 57,6 mil milhões de dólares - um valor médio 39% inferior, face a 2014.

 

O preço do carvão, fonte de cerca de dois terços da energia consumida na China, caiu também 21,8%, mas Pequim comprou mais 29,9% em volume.

 

A quantidade de cobre desembarcada nos portos chineses manteve-se inalterada, em termos homólogos, mas o preço médio diminuiu 17,1%.

 

O aumento da procura chinesa por matérias-primas contraria a contracção do índice de produção industrial e o abrandamento económico do país.

 

As exportações da China em 2015 diminuíram 1,8%, para 2,14 biliões de dólares, face ao ano anterior, enquanto as importações recuaram 13,2%, para 1,58 biliões de dólares.

 

No conjunto, o comércio externo da China caiu 7% face a 2014, enquanto o superavit comercial se expandiu 56,7%, em termos homólogos, para 562 mil milhões de dólares (519 mil milhões de euros).

 

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