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Brent dispara 6% e negoceia acima de 32 dólares

A possibilidade de países como a Arábia Saudita e a Rússia estarem disponíveis para colaborar numa redução da oferta de petróleo no mercado está a levar as cotações do Brent a disparar 6%.

Bloomberg
26 de Janeiro de 2016 às 18:57
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Os preços do petróleo estão a disparar 6% no mercado londrino, com a matéria-prima a negociar acima de 32 dólares por barril. A sustentar esta forte recuperação das cotações estão indicações de que os países produtores poderão estar a considerar reavaliar a sua estratégia.

O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, segue a valorizar 6,03% para 32,34 dólares por barril, enquanto em Nova Iorque o WTI ganha 5,54% para 32,02 dólares por barril. O "ouro negro" está, assim, a recuperar das fortes quedas da última sessão e depois de ter estado a negociar em mínimos de 12 anos na última semana.

A animar as cotações da matéria-prima estão as declarações do ministro iraquiano do Petróleo, que adiantou que países como a Arábia Saudita e a Rússia estão agora mais flexíveis para colaborar numa redução da produção de crude. Adel Abdul Mahdi afirmou esta terça-feira, 26 de Janeiro, que os maiores exportadores de petróleo poderão rever a sua estratégia, num momento em que as cotações continuam a ser fortemente penalizadas pelo excesso de produção disponível a nível global.

A Rússia poderá trabalhar com a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) no sentido de reduzir a oferta de petróleo disponível no mercado, adiantou ainda o vice-presidente da petrolífera russa OAO Lukoil, Luonid Fedun, à agência Tass. A forte quebra dos preços do petróleo tem penalizado fortemente as economias mais dependentes das receitas de energia, como a Rússia.

Fim de resistência saudita?

Apesar dos impactos negativos na captação de receitas por parte dos exportadores de petróleo, a Arábia Saudita, o maior produtor da OPEP, tem-se mantido inflexível até agora. O país liderou um movimento de subida da quota de produção por parte do cartel para pressionar as concorrentes americanas, um movimento que atirou os preços para níveis de 2003.

Ainda que não tenha dado quaisquer detalhes sobre a potencial disponibilidade da Arábia Saudita para reduzir os níveis de produção no mercado, o ministro iraquiano adiantou que deverão ser conhecidas "sugestões sólidas de todas as partes" em breve.

A OPEP decidiu na reunião de Dezembro abandonar o seu limite de produção, com os países a manterem um nível excessivo de oferta no mercado.

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