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Apetro: Imposição de combustíveis simples é "um passo atrás" para os consumidores
A associação que representa as empresas petrolíferas reitera as críticas à imposição de venda de combustíveis simples, que passaram a ser comercializados no final da semana passada com valores pouco inferiores aos normais. "É um passo atrás", nota.
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A Apetro mantém as críticas à obrigatoriedade de comercialização de combustíveis simples nos postos de abastecimento. Lamentando a imposição, defende que a legislação aprovada no final do ano, mas que entrou em vigor no final da semana passada, "representa um passo atrás em múltiplas frentes". E diz que isso traz consigo consequências para o mercado português, logo para os consumidores.
Em comunicado apresenta cinco pontos que mostram, na perspectiva da Apetro, o porquê de a nova legislação ser "um passo atrás". O primeiro é "no funcionamento do mercado da energia, ao cortar de modo intrusivo a liberdade dos operadores de apresentarem aos consumidores a sua gama de produtos (…) reduzindo assim a concorrência entre operadores e indo, obviamente, em contracorrente com as tendências na UE.
Como consequência, a Apetro diz que "impondo a venda de produtos indiferenciados por todos os operadores, se reduz a liberdade de escolha dos consumidores, impedindo-os de seleccionar as marcas com base na diferenciação de produtos".
Os combustíveis simples são alvo de crítica por parte da associação também pelas suas qualidades. Reduzem o rendimento e longevidade dos motores "já que a maioria dos combustíveis aditivados são desenvolvidos em colaboração com os construtores de automóveis que, cada vez mais, recomendam fortemente a sua utilização".
"É um passo atrás na eficiência energética, já que a ausência de alguns aditivos irá provocar aumento de consumo, em completa contradição com a intenção de melhorar aquele indicador", diz a Apetro, apontando ainda para o facto de ser "um passo atrás na preocupação com as alterações climáticas" já que a menor eficiência, "implica um maior consumo por quilómetro percorrido e, consequentemente, mais emissões de gases com efeito de estufa".