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"Bons ventos" chegam dos Estados Unidos

Há duas semanas, a EDP Renováveis consolidou a sua presença nos EUA. A empresa inaugurou no Indiana a primeira fase do parque eólico Meadow Lake, que dentro de alguns anos poderá ser o maior parque daquele país. Foi aqui que o presidente do grupo...

"Bons ventos" chegam dos Estados Unidos
01 de Dezembro de 2009 às 09:36
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EDP Renováveis |
Expansão da empresa liderada por Ana Maria Fernandes para o Canadá acontecerá “provavelmente” ainda este ano.

Depois do mercado americano, a expansão para o Canadá poderá concretizar-se no curto prazo

Há duas semanas, a EDP Renováveis consolidou a sua presença nos EUA. A empresa inaugurou no Indiana a primeira fase do parque eólico Meadow Lake, que dentro de alguns anos poderá ser o maior parque daquele país. Foi aqui que o presidente do grupo, António Mexia, anunciou o objectivo de investir quatro mil milhões de dólares nos EUA até 2012. Mas, no horizonte da empresa está outro mercado da América do Norte: o Canadá.

A presença no mercado americano é vista como um ponto a favor da companhia. Os apoios concedidos pela Administração Obama permitem aos promotores dos parques eólicos 'cash grants' (um subsídio estatal) correspondentes a 30% do investimento em cada parque, desde que os empreendimentos estejam concluídos até 2012. Em Setembro, a companhia liderada por Ana Maria Fernandes recebeu o primeiro "cash grant" no valor de 48 milhões de dólares. Para o Millennium IB, dado o "elevado apoio dado pelos EUA ao sector das energias renováveis" a forte aposta da empresa neste mercado "é uma escolha acertada".

E uma das próximas novidades em torno da empresa de energias verdes da bolsa nacional pode mesmo ser a entrada naquele que será o seu nono mercado. Há duas semanas, Ana Maria Fernandes avançou ao Negócios que a expansão para o Canadá, acontecerá "provavelmente" ainda este ano.

Para José Ruiz Fernandez, analista do Exane BNP Paribas, a "boa diversificação geográfica" é mesmo um dos pontos fortes da empresa, bem como uma "boa gestão". Pelo contrário, o analista destaca ao Negócios como pontos fracos a exposição aos preços de electricidade em Espanha e os acordos a longo prazo para a compra de turbinas eólicas a "preços não-competitivos".

A EDP Renováveis entrou em bolsa em Junho de 2008 e, desde então, não voltou aos oito euros a que as suas acções foram vendidas na oferta pública de subscrição. Ainda assim, este ano, encetou uma recuperação significativa, valorizando 29,7%. Um desempenho que lhe confere "pouca margem de progressão", defendem os analistas do Nomura. Num "research" deste mês, o banco frisa que não vê catalisadores no curto prazo para estas acções.

"A EDP Renováveis tem registado um dos melhores desempenhos no sector das 'utilities' este ano devido às boas perspectivas de crescimento no mercado norte-americano", frisou o analista do BNP Paribas. "Acreditamos que as acções de empresas renováveis vão continuar a superar o desempenho do sector das 'utilities' devido às oportunidades de crescimento nos mercados eólicos em todo o mundo e o financiamento disponível para novos projectos", acrescentou. Para este analista, a empresa portuguesa está entre os "players" com crescimento mais acelerado.

Um dos temas que surgiu recentemente foi lançado pelo UBS. O banco suíço veio alertar para a necessidade da companhia efectuar um aumento de capital, operação que poderia realizar-se em 2010, devido à necessidade de fundos para acelerar a expansão nos EUA e também à maior dificuldade da empresa-mãe, a EDP, em financiar-se.


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