Notícia
Regulador investiga informação privilegiada na compra do Pastor pelo Popular
O "Expansión" avança que a CNMV poderá estar já a dar início a uma investigação de irregularidades ocorridas antes do anúncio da operação entre os dois bancos espanhóis. Mesmo que a reguladora não queira investigar por iniciativa própria, há quem possa pedir averiguações. O sindicato do sector financeiro já disse na sexta-feira que quer esclarecimentos.
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A CNMV, reguladora do mercado de capitais de Espanha, poderá estar a analisar a existência de informação privilegiada na compra do Banco Pastor pelo Banco Popular, adianta o jornal espanhol “Expansión”.
Fontes da operação indicaram à publicação que há “pessoas vinculadas ao Pastor” que puderam realizar aquisições de acções nos dias que antecederam o anúncio oficial, na sexta-feira.
Apesar de o supervisor ainda não ter divulgado se está mesmo a investigar o caso, o “Expansión” escreve que a lei contempla que sejam iniciadas investigações a pedido de empresas, associações ou até de um indivíduo particular.
Nesse sentido, o sindicato do sector financeiro Comfia-CCOO anunciou na sexta-feira a intenção de pedir à CNMV e ao Banco de Espanha o esclarecimento das movimentações de acções no final da semana passada.
Suspensão das acções
Na sexta-feira, o jornal “El Confidencial” noticiou que estava em cima um acordo entre o Banco Popular Español, em que Américo Amorim tem uma participação de 6,7%, e o Banco Pastor.
Nessa altura, já se registavam movimentações irregulares de acções do Pastor. A negociação das acções dos dois bancos espanhóis foi proibida pela CNMV devido à ocorrência de “circunstâncias que podem perturbar o normal desenvolvimento das operações”.
Na quinta-feira, o volume de títulos do Pastor transaccionados tinha sido já o dobro da média mensal, com mais de 100 mil acções. Contudo, na sexta-feira, trocaram de mãos 387 mil acções da cotada. O banco estava a subir 5,19% quando foi suspenso em bolsa.
Sabadell e Espírito Santo Investment Madrid em compra de acções “curiosa”
Ontem, o “El Mundo” noticiou que os bancos Sabadell e Espírito Santo Investment Madrid foram responsáveis por 30% do total de acções do Pastor movimentadas no último dia da semana passada.
A forte troca de títulos do banco Pastor por estas duas entidades ganha “curiosidade” porque o Sabadell não comprou títulos da referida instituição financeira em mais nenhum dia da semana, enquanto que o Espírito Santo só o fez numa outra sessão.
Além disso, foram apenas realizadas acções de compra e nenhumas de venda.
O "El Mundo" adiantou que o Sabadell sabia que havia uma operação em torno do Pastor, já que ele próprio tinha participado na licitação que tinha acabado por não seguir em frente. Por sua vez, o Espírito Santo é proprietário de 50% do negócio de gestão de activos do Banco Pastor.
As acções dos bancos só voltaram a negociar em bolsa no dia de ontem. Os títulos do banco “adquirido”, o Pastor, dispararam 21%, ao passo que as do Popular subiram 0,98%. Hoje, os títulos de ambos seguem em baixa, perdendo mais de 1%.
Fontes da operação indicaram à publicação que há “pessoas vinculadas ao Pastor” que puderam realizar aquisições de acções nos dias que antecederam o anúncio oficial, na sexta-feira.
Nesse sentido, o sindicato do sector financeiro Comfia-CCOO anunciou na sexta-feira a intenção de pedir à CNMV e ao Banco de Espanha o esclarecimento das movimentações de acções no final da semana passada.
Suspensão das acções
Na sexta-feira, o jornal “El Confidencial” noticiou que estava em cima um acordo entre o Banco Popular Español, em que Américo Amorim tem uma participação de 6,7%, e o Banco Pastor.
Nessa altura, já se registavam movimentações irregulares de acções do Pastor. A negociação das acções dos dois bancos espanhóis foi proibida pela CNMV devido à ocorrência de “circunstâncias que podem perturbar o normal desenvolvimento das operações”.
Na quinta-feira, o volume de títulos do Pastor transaccionados tinha sido já o dobro da média mensal, com mais de 100 mil acções. Contudo, na sexta-feira, trocaram de mãos 387 mil acções da cotada. O banco estava a subir 5,19% quando foi suspenso em bolsa.
Sabadell e Espírito Santo Investment Madrid em compra de acções “curiosa”
Ontem, o “El Mundo” noticiou que os bancos Sabadell e Espírito Santo Investment Madrid foram responsáveis por 30% do total de acções do Pastor movimentadas no último dia da semana passada.
A forte troca de títulos do banco Pastor por estas duas entidades ganha “curiosidade” porque o Sabadell não comprou títulos da referida instituição financeira em mais nenhum dia da semana, enquanto que o Espírito Santo só o fez numa outra sessão.
Além disso, foram apenas realizadas acções de compra e nenhumas de venda.
O "El Mundo" adiantou que o Sabadell sabia que havia uma operação em torno do Pastor, já que ele próprio tinha participado na licitação que tinha acabado por não seguir em frente. Por sua vez, o Espírito Santo é proprietário de 50% do negócio de gestão de activos do Banco Pastor.
As acções dos bancos só voltaram a negociar em bolsa no dia de ontem. Os títulos do banco “adquirido”, o Pastor, dispararam 21%, ao passo que as do Popular subiram 0,98%. Hoje, os títulos de ambos seguem em baixa, perdendo mais de 1%.