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Obrigacionistas do Credit Suisse processam três ex-CEO do banco

Thomas Gottstein, Tidjane Thiam e Brady Dougan foram processados por um grupo de investidores em obrigações AT1 do Credit Suisse, que acusam estes e outros executivos (de escalão mais abaixo) de colocarem os lucros à frente de uma gestão de risco eficiente.

Denis Balibouse / Reuters
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Três ex-CEO do Credit Suisse, Thomas Gottstein, Tidjane Thiam e Brady Dougan, a par de outros executivos, foram processados por investidores de obrigações de capital contingente num tribunal de Nova Iorque, por alegada má gestão, que sustentam que terá levado à queda do banco.

Em concreto, a ação judicial imputa a estes três ex-CEO o facto de terem permitido operações de elevado risco, com o intuito de beneficiarem da atribuição de consequentes bónus e rendimentos, a curto prazo.

"Os diretores e executivos seniores do Credit Suisse e a cultura podre que incutiram e promoveram levou à destruição da confiança no banco, o que acabou por levar ao seu colapso", pode ler-se na ação judicial proposta por este grupo de obrigacionistas AT1 da instituição financeira, citada pela Reuters.

A ação acusa ainda os alvos do processo de "criarem e perpetuarem uma cultura no Credit Suisse que colocava os lucros e riscos excessivos, acima da boa gestão do risco e do cumprimento da lei".

No âmbito do acordo de aquisição do Credit Suisse pelo UBS em março, o regulador financeiro suíço decidiu reduzir a zero cerca de 16,36 mil milhões de euros em obrigações AT1, o que surpreendeu os investidores – ao inverter a hierarquia de ativos que respondem pelas perdas de capital- e abriu processos em tribunais.

Em maio, o Tribunal Federal Administrativo da Suíça revelou que recebeu 230 queixas contra a FINMA, depois de esta ter anulado o valor destas obrigações de capital contingente.

De acordo com uma nota da agência de rating DBRS Morningstar, a interpretação hierárquica do FINMA terá sido possível devido a uma cláusula contratual denominada "evento de viabilidade", onde consta a possibilidade de um compromisso a um apoio extraordinário do setor público a uma instituição financeira e que permite a alteração hierárquica das perdas de capital.

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