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Acionistas de mais de 3% do capital do Credit Suisse reforçam ação em tribunal contra o banco
Os fundos de pensões representados pela fundação Ethos consideram que a cláusula que estabeleceu que os acionistas do Credit Suisse deviam receber uma ação do UBS por cada 22,48 ações do banco suíço adquirido é injusta e ficou abaixo do valor de mercado.
A Fundação Ethos, que representa os fundos suíços de pensões que detinham mais de 3% do capital do Credit Suisse, decidiu apoiar uma ação coletiva que visa impugnar os direitos concedidos aos acionistas do gigante bancário, no âmbito da aquisição da instituição financeira pelo UBS.
A Ethos "decidiu apoiar a Legal Pass, uma startup jurídica, na ação judicial levada a cabo contra o rácio estabelecido no âmbito do acordo de aquisição do Credit Suisse pelo UBS", pode ler-se no comunicado citado pela Reuters.
O acordo concedeu aos acionistas do Credit Suisse uma ação do UBS por cada 22,48 ações do banco suíço adquirido, avaliando o mesmo em três mil milhões de francos suíços, aproximadamente o mesmo valor em euros à taxa de câmbio atual.
Ora, a Ethos argumenta que 48 horas antes da conclusão do acordo, o Credit Suisse valia 7 mil milhões de francos suíços.
"Na realidade, o rácio de troca não foi do interesse dos acionistas do Credit Suisse e há margem para melhorar", defendeu Vincent Kaufmann, CEO da Ethos, citada pela agência de informação.
Esta será uma nova frente na batalha legal que está a ser travada pelo novo gigante bancário. Além dos acionistas, também os obrigacionistas detentores de títulos de capital contingente "tier 1" que viram as suas obrigações serem reduzidas a zero, no âmbito deste acordo, entraram com um processo em tribunal.