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CEO do UBS sugere "cortes maciços" e admite que vão "ser tomadas decisões difíceis"

Sergio Ermotti afirma, num artigo de opinião publicado este sábado no jornal suíço Tages-Anzeiger, que poderá repetir o que fez no UBS depois da crise de 2008, e sublinha que uma estrutura simplificada e uma "cultura corporativista prudente" são essenciais no setor.

Ennio Leanza/EPA
18 de Junho de 2023 às 20:40
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Sergio Ermotti começa por assinalar o passo que foi dado no início da semana passada, quando foi finalizada a compra do Credit SuisseNuma carta aberta publicada na imprensa suíça, o CEO do UBS e o chairman Colm Kelleher, escreveram que se tratava do "início de um novo capítulo para o UBS, para a Suíça enquanto centro financeiro e para a indústria financeira global". "Concluímos a aquisição legal do Credit Suisse", declararam na mesma missiva.

Já este sábado, Ermotti destaca, num artigo de opinião publicado no jornal suíço Tages-Anzeiger, a rapidez da operação financeira: "Este processo - desde o planeamento e do anúncio até a obtenção de todas as licenças necessárias – normalmente leva mais de um ano. Levámos menos de três meses".

No entanto, sublinha, o "verdadeiro trabalho" vai começar a partir de agora e mostra-se otimista. "Podemos olhar para o futuro com confiança. Porque as perspetivas para o UBS estão melhores do que nunca. Isso também se aplica ao futuro do setor financeiro suíço e do seu importante papel na economia do país", escreve.

"Gostavámos que as circunstâncias desta aquisição fossem diferentes. Mas a Suíça pode orgulhar-se de ter conseguido, graças a uma ação resoluta, evitar o perigo de uma crise financeira. O nosso governo não precisou de ativar o plano de emergência sob o regulamento "grande demais para falir" ou nacionalizar o Credit Suisse, nem precisou de pedir ajuda a uma instituição estrangeira. Uma solução suíça foi encontrada com o UBS num único fim de semana", destaca ainda o CEO.

Mas após um início de artigo com palavras de esperança e confiança, Sergio Ermotti reconhece que agora a tarefa é "exigente, levará tempo" e que "decisões difíceis precisam de ser tomadas".

O CEO recorda que a "crise financeira de 2008 foi uma lição difícil, mas valiosa para o UBS" e que, o seu primeiro mandato à frente do banco "foi caracterizado por um enorme 'downsizing' do banco de investimento".

"Simplificámos a nossa estrutura e uma cultura corporativista prudente está no centro de tudo o que fazemos", reforça Ermotti, deixando claro que vai repetir a estratégia: "Com esses ajustes estratégicos, que agora vamos implementar também no Credit Suisse, os riscos do banco são reduzidos".
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