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UBS assina acordo de conforto para Estado cobrir até 9 mil milhões em perdas

O acordo diz respeito a um portefólio específico do Credit Suisse, equivalente a 44 mil milhões de francos suíços, que depois da fusão representará 3% dos ativos sob gestão do novo gigante suíço. Este contrato de conforto elimina assim um obstáculo, permitindo que — como apontado pelo UBS — o negócio seja fechado na próxima segunda-feira.

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O UBS e o governo suíço assinaram esta sexta-feira um acordo de conforto, que assegura que o Estado cobre até nove mil milhões de francos suíços, (9,28 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual), em caso de potenciais perdas para o banco relativas a uma carteira específica, resultantes da aquisição do Credit Suisse.

O acordo diz respeito a um portefólio específico do Credit Suisse, equivalente a 44 mil milhões de francos suíços (45,36 mil milhões de euros), que depois da fusão representará 3% dos ativos sob gestão do novo gigante suíço.

Este portefólio é sobretudo composto por empréstimos, derivados e produtos estruturados. Com a assinatura deste acordo, o UBS fica apenas responsável por responder pelos primeiros cinco mil milhões de francos (5,15 mil milhões de euros) em perdas.

Este contrato de conforto elimina assim um grande obstáculo para a assinatura do acordo de aquisição do Credit Suisse pelo UBS por aproximadamente três mil milhões de euros.

Recentemente, o UBS afirmou que espera finalizar a compra do Credit Suisse "tão cedo quanto 12 de junho", numa operação que irá criar um gigante suíço com uma folha de balanço no valor de cinco biliões de dólares em ativos.

Após o acordo, o Credit Suisse desaparece de bolsa, pelo que os acionistas vão receber uma ação do UBS por cada 22,48 ações que tenham do Credit Suisse. O mega-banco ficará assim com cerca de 120 mil trabalhadores em todo o mundo, apesar de já ter anunciado que iria diminuir o número de empregos para retirar vantagem de sinergias e reduzir os custos.

O UBS tinha estado numa tentativa de fechar a transação em tempo recorde, para dar garantias aos clientes e trabalhadores, mas as negociações com as autoridades suíças sobre proteção de perdas e requerimentos de capital levaram a um atraso.

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