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Investidores de olhos postos nos resultados do trimestre
A semana passada foi pautada por quedas devido à guerra comercial e à Fed, que ficou aquém das estimativas. Mas os resultados das cotadas não estão a ajudar, pelo contrário. Esta semana, os investidores estarão atentos aos números que serão divulgados.
Depois de uma semana de fortes quedas nas bolsas mundiais, muito devido às novas ameaças dos EUA sobre novas tarifas comerciais a serem aplicadas às importações da China e àpostura menos agressiva da Reserva Federal (Fed), os investidores regressam com alguma cautela. À parte destas duas questões – que têm marcado o passo nos mercados nos últimos meses – há um outro ponto vital para os investidores: a apresentação de resultados das cotadas.
E este segundo trimestre não tem sido de euforias. Pelo contrário. Esta semana serão conhecidos mais números, falam alguns responsáveis pela política monetária dos dois lados do Atlântico - o que pode ditar mudanças de humores - e serão ainda divulgados alguns indicadores económicos de relevo na Europa, como o PMI e dados sobre a indústria alemã. Isto num período que é marcado pela redução da liquidez, devido ao período de férias.
Assim, na segunda-feira serão conhecidos os resultados de cotadas como o HSBC e a Marriott, dois dias depois serão reveladas as receitas da Uber, numa altura em que a expectativa de que a empresa dará indicações sobre quando registará lucros aumenta. Na quinta-feira, será a vez de a Lyft reportar as suas receitas. Na bolsa nacional não se prevê a apresentação de resultados.
Os resultados não têm entusiasmado os investidores, pelo contrário, um grande número de cotadas têm relevado dados que desapontaram o mercado. E várias empresas reviram mesmo em baixa as suas previsões para o terceiro trimestre. Entre as cotadas que já apresentaram as suas estimativas, mais de metade reportou previsões que ficaram aquém das contas dos analistas, o que corresponde ao pior cenário desde 2015, de acordo com a Bloomberg.
A agência de informação americana salienta que, ainda assim, continua a haver algum otimismo sobre as empresas americanas, com os analistas a preverem que as empresas reportem, no quarto trimestre do ano, um aumento dos resultados de 6%. Para 2020 as previsões apontam para que os lucros cresçam 10%.