Notícia
A semana em oito gráficos: Há três anos que o PSI-20 não caía tanto numa semana
As bolsas europeias perderam terreno de forma generalizada, esta semana, com a ameaça de novas tarifas dos EUA às importações chinesas e a desilusão provocada pela Fed entre os fatores que mais pressionaram.
Europa no vermelho
PSI-20 cede 4,62%
BCP foi o título que mais desceu na praça lisboeta
Hammerson com o pior desempenho do Stoxx600
Concho Resources pressiona S&P 500
Euro em mínimos de mais de dois anos
Petróleo cai com receio de menor procura
Juros portugueses abaixo de 0,3%
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No Velho Continente, as principais praças bolsistas registaram saldos semanais negativos, tendo o PSI-20 sido o que mais recuou entre as principais praças da Europa Ocidental.
A penalizar o índice de referência nacional no acumulado das cinco sessões estiveram sobretudo o BCP e as papeleiras.
Na quarta-feira, a Reserva Federal norte-americana desceu os juros diretores em 25 pontos base mas o seu presidente, Jerome Powell, declarou que a decisão não sinalizava necessariamente um longo ciclo de cortes da taxa dos fundos federais, o que desanimou os mercados acionistas.
No dia seguinte foi a vez de Donald Trump abalar os mercados. O presidente dos EUA anunciou ao final do dia que vai impor, a partir de 1 de setembro, tarifas aduaneiras adicionais sobre o equivalente a 300 mil milhões de dólares de produtos chineses que entrem no país. Isto no caso de as duas partes não chegarem a um acordo (a ronda de negociações desta semana durou apenas dois dias e terminou sem resultados). Ontem, a China prometeu retaliar.
Este clima de tensão levou os investidores a transitarem dos mercados acionistas para ativos tradicionalmente menos arriscados, como é o caso das obrigações soberanas.
Quando Donald Trump falou, as bolsas europeias já tinham encerrado, pelo que o efeito negativo deste lado do Atlântico se fez sentir na sexta-feira.