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A semana em oito gráficos: Há três anos que o PSI-20 não caía tanto numa semana

As bolsas europeias perderam terreno de forma generalizada, esta semana, com a ameaça de novas tarifas dos EUA às importações chinesas e a desilusão provocada pela Fed entre os fatores que mais pressionaram.

Europa no vermelho

Europa no vermelho
As bolsas do Velho Continente tiveram um saldo semanal negativo, pressionadas sobretudo pelo facto de a Fed não estar a prever um ciclo longo de corte dos juros e pela ameaça de tarifas adicionais dos EUA às importações chinesas a partir de 1 de setembro. Os resultados de algumas cotadas também penalizaram, como foi o caso da BP.

PSI-20 cede 4,62%

PSI-20 cede 4,62%
O índice de referência nacional foi o que mais caiu no conjunto da semana, entre as principais praças da Europa Ocidental, reduzindo para 3,64% a sua valorização desde o início do ano. O PSI-20 foi especialmente pressionado pelo mau desempenho do BCP, sobretudo devido às perspetivas para a margem financeira do banco. Também as papeleiras continuaram a pressionar a bolsa nacional.

BCP foi o título que mais desceu na praça lisboeta

BCP foi o título que mais desceu na praça lisboeta
No PSI-20, o BCP foi o título que mais terreno perdeu na semana, com uma descida acumulada de 11,47%. Nas últimas sete sessões, o banco liderado por Miguel Maya perdeu perto de 15%, numa altura em que todo o setor financeiro europeu tem sido pressionado pelos receios em torno do impacto da política monetária do Banco Central Europeu nas margens.

Hammerson com o pior desempenho do Stoxx600

Hammerson com o pior desempenho do Stoxx600
A britânica Hammerson, que opera na área do investimento imobiliário, foi a cotada do índice de referência europeu Stoxx600 que mais terreno perdeu no agregado da semana, ao perder 20,89%. Esteve a ser penalizada pelo facto de ter registado prejuízos no primeiro semestre, contra lucros no período homólogo do ano passado.

Concho Resources pressiona S&P 500

Concho Resources pressiona S&P 500
A norte-americana Concho Resources afundou 22,37% esta semana, tendo sido o título do Standard & Poor’s 500 que mais terreno cedeu. A empresa foi pressionada pelo anúncio de que reduziu as suas plataformas de prospeção petrolífera na Bacia do Permiano, um dos principais pontos de extração de petróleo de xisto nos EUA.

Euro em mínimos de mais de dois anos

Euro em mínimos de mais de dois anos
A moeda única europeia depreciou-se face à nota verde no cômputo semanal. Apesar da recuperação na sexta-feira, fruto das tensões comerciais EUA-China que penalizaram o dólar, na quinta-feira a moeda única europeia chegou a descer para 1,1027 dólares, um mínimo de maio de 2017. O euro iniciou a tendência descendente quando o presidente da Reserva Federal americana, Jerome Powell, anunciou a primeira descida nos juros em 10 anos. Contudo, a descida não foi tão pronunciada como esperado - foram 25 pontos base em vez de 50 pontos base - e o líder da Fed anunciou que este alívio não seria o início de um longo ciclo de quebras, o que refreou os ânimos quanto às expectativas de uma política expansionista contínua do outro lado do Atlântico

Petróleo cai com receio de menor procura

Petróleo cai com receio de menor procura
O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, recuou mais de 2% na semana. Apesar de na sexta-feira ter corrigido das fortes quedas da véspera, quando chegou a afundar 7,90%, o saldo semanal foi negativo. A castigar o “ouro negro” estiveram essencialmente os receios de uma menor procura por esta matéria-prima devido ao agravar das tensões comerciais entre os EUA e a China e devido também à desaceleração económica mundial.

Juros portugueses abaixo de 0,3%

Juros portugueses abaixo de 0,3%
Os juros da dívida portuguesa a dez anos fecharam na sexta-feira com um agravamento de 5,4 pontos base para os 0,286%, aproximando-se de mínimos históricos. Esta foi a quinta sessão consecutiva de alívio para os juros portugueses. O mercado de dívida tem beneficiado do pessimismo em relação à evolução da economia, decorrente do deteriorar da relação comercial entre Estados Unidos e China, levando os investidores a transitarem dos mercados acionistas para ativos tradicionalmente menos arriscados, como é o caso das obrigações soberanas.
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No Velho Continente, as principais praças bolsistas registaram saldos semanais negativos, tendo o PSI-20 sido o que mais recuou entre as principais praças da Europa Ocidental.

 

A penalizar o índice de referência nacional no acumulado das cinco sessões estiveram sobretudo o BCP e as papeleiras.

 

Na quarta-feira, a Reserva Federal norte-americana desceu os juros diretores em 25 pontos base mas o seu presidente, Jerome Powell, declarou que a decisão não sinalizava necessariamente um longo ciclo de cortes da taxa dos fundos federais, o que desanimou os mercados acionistas.

 

No dia seguinte foi a vez de Donald Trump abalar os mercados. O presidente dos EUA anunciou ao final do dia que vai impor, a partir de 1 de setembro, tarifas aduaneiras adicionais sobre o equivalente a 300 mil milhões de dólares de produtos chineses que entrem no país. Isto no caso de as duas partes não chegarem a um acordo (a ronda de negociações desta semana durou apenas dois dias e terminou sem resultados). Ontem, a China prometeu retaliar.

 

Este clima de tensão levou os investidores a transitarem dos mercados acionistas para ativos tradicionalmente menos arriscados, como é o caso das obrigações soberanas. 

 

Quando Donald Trump falou, as bolsas europeias já tinham encerrado, pelo que o efeito negativo deste lado do Atlântico se fez sentir na sexta-feira.

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