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Fundos de pensões fogem de comissões em investimentos alternativos

Depois de muitos anos a investir em produtos geridos por casas de investimento, os principais fundos de pensões mundiais estão a mudar a tendência e começam a "caçar" valor investindo directamente em activos alternativos, como o imobiliário, os "hegde fun

28 de Junho de 2007 às 12:17
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Depois de muitos anos a investir em produtos geridos por casas de investimento, os principais fundos de pensões mundiais estão a mudar a tendência e começam a "caçar" valor investindo directamente em activos alternativos, como o imobiliário, os "hegde funds" e o "private equity". O objectivo é não pagar comissões de gestão e de performance às casas de investimento.

O investimento feito pelos maiores gestores de fundos de pensões do mundo nestas classes de activos totalizava os 600 mil milhões de dólares (445 mil milhões de euros) no final de 2006.

O estudo da Watson Wyatt Investment Consulting conclui que este valor demonstra que os investidores institucionais procuram, cada vez mais, obter retorno através do investimento directo nos activos, afastando-se das casas de gestão de activos, para as quais têm de pagar comissões de gestão.

O relatório, cujos dados foram agregados pela Global Alternatives, revela que os 30 principais gestores de fundos de pensões do mundo geriam 284 mil milhões de euros (63,8% do total) em imobiliário, 78 mil milhões (17,6%) em "hedge funds" e 60 mil milhões (13,4%) em fundos de "private equity". As matérias-primas, uma classe de activos muito seguida no mercado, é que não parece ter grande peso nas carteiras dos fundos de pensões, pesando 2% nos investimentos alternativos.

"Com o capital a fluir directamente para estas estratégias a um ritmo cada vez mais rápido, fica em dúvida a habilidade de alguns gestores em continuar a conseguir uma boa performance", considera o principal responsável da área de consultadoria de investimento, da Watson Wyatt, Roger Urwin. Numa entrevista à revista britânica IPE, ele explica que, para voltar a cativar os fundos de pensões, os gestores de fundos de fundos têm de começar a superar o mercado com mais frequência e amplitude, de modo a que, pagas as comissões pelo seu trabalho, os retornos conseguidos ainda sejam superiores aos conseguidos com um investimento directo.

"É imperativo que o valor das comissões de gestão de performance e de gestão, que têm um peso significativo, seja bem pensado para assegurar o máximo benefício para o fundo", acrescentou Roger Urwin. O investimento directo em fundos de "private equity" e em "hedge funds" tem-se estado a acentuar nos últimos anos, com os fundos de pensões a já serem um dos principais financiadores desta actividade a nível internacional.

Quem é prejudicado com esta actividade são as casas de gestão de activos que acabam por perder alguns dos seus principais clientes, juntamente com as suas comissões, grande fonte de receitas.

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