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Brent perto dos 80 dólares com tensão geopolítica. Vaga de fusões anima bolsas europeias
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.
Vaga de fusões e aquisições anima bolsas europeias
Os principais índices europeus encerraram a primeira sessão da semana em alta, com as notícias de fusões e aquisições a animarem os investidores, juntamente com sinais de que o Banco Central Europeu se estará a preparar para novos cortes das taxas de juro.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, ganhou 0,18% para 519,48 pontos, com os setores da banca e do petróleo e gás a liderarem os ganhos. Pela negativa, o setor imobiliário caiu mais de 1%.
A impulsionar a banca esteve o Commerzbank que subiu 2%, depois de ter durante a sessão chegado a negociar em máximos de agosto de 2011, isto após o banco alemão ter revelado que acelerou o seu planeamento estratégico por forma a preparar-se para uma possível aquisição pelo UniCredit.
A exceção à regra no bloco europeu foi o índice alemão DAX, que recuou 0,09%, depois de terem sido conhecidos dados que mostraram uma queda significativa das encomendas em agosto, marcando outro revés para a economia germânica.
Entre os principais movimentos de mercado, a Orsted pulou 6%, depois de a Equinor ter anunciado que adquiriu uma participação minoritária de 9,8% na energética dinamarquesa. Já a Richemont - dona de marcas como a Cartier e a Net-a-Porter - subiu 2,03%, após ter anunciado a venda da Net-a-Porter à Mytheresa. Também marcada por uma potencial aquisição estiveram as ações da Heidelberg Materials que ganharam mais de 1%, depois de ter sido noticiado que o Adani Group está em conversações com via à compra da empresa.
Ainda a centrar atenções estiveram declarações de dois membros do Banco Central Europeu, François Villeroy de Galhau e Martins Kazaks. O governador do Banco de França afirmou que o BCE vai "muito provavelmente" cortar juros este mês, enquanto o governador do Banco da Letónia disse que estaria "confortável ao esperar cortes de juros continuados da mesma magnitude".
O foco vira-se agora para o início da época de resultados que vai oferecer novas pistas relativamente à saúde das empresas e da economia. E com as expectativas em baixa "há uma forte probabilidade de que haja surpresas positivas", acredita Marija Veitmane, estratega da State Street Global Markets, em declarações à Bloomberg.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 valorizou 0,46%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,66%, o britânico FTSE 100 subiu 0,28% e o espanhol IBEX 35 somou 0,5%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,11%.
Juros da Zona Euro agravam-se
Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu agravaram-se esta segunda-feira, numa altura em que os investidores continuam a avaliar dados do emprego nos Estados Unidos, que foram mais robustos do que o esperado.
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, somaram 4,3 pontos base para 2,762%, enquanto a rendibilidade da dívida espanhola subiu 5,6 pontos base para 3,016%. A "yield" das obrigações soberanas italianas avançou 6,4 pontos para 3,570%.
Por sua vez, a "yield" da dívida alemã a dez anos, de referência para a região, agravou-se 4,5 pontos base, para 2,253%, estando a seguir esta tendência há quatro sessões consecutivas. Já a rendibilidade da dívida francesa com a mesma maturidade somou 3,8 pontos base, para 3,022%.
Fora do bloco europeu, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, somaram 7,9 pontos base para 4,207%.
Brent perto dos 80 dólares com riscos de alastrar do conflito no Médio Oriente
Os preços do petróleo seguem a valorizar mais de 1%, com o Brent a aproximar-se dos 80 dólares por barril, depois de na semana passada este "benchmark" ter registado a maior subida desde 2023. Os receios de um alastrar do conflito no Médio Oriente e possíveis disrupções no fornecimento continuam a estar na mente dos investidores.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – sobe 1,86% para os 75,76 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 1,74% para os 79,41 dólares por barril.
Na semana passada, os preços foram impulsionados pela possibilidade de uma retaliação israelita ter como alvo as infraestruturas de produção energética do Irão, mas esse cenário está a perder força, depois de ter sido desaconselhado pelo presidente dos EUA, Joe Biden.
"Consideramos que um ataque direto às instalações petrolíferas iranianas é a resposta menos provável de entre as opções de Israel", referem os analistas da ANZ numa nota vista pela Reuters, salientando a capacidade de reserva de sete milhões de barris por dia do grupo de produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
No entanto, esse cenário continua presente: "O Brent voltou a desafiar os 80 dólares, com a atividade no mercado de opções a mostrar um aumento da procura por cobertura do risco de novos ganhos, no meio de preocupações com uma pequena ou, no pior dos casos, grande interrupção da oferta no Médio Oriente", acrescentou à Reuters Ole Hansen, estratega-chefe do Saxo Bank.
Dólar recua mas segue perto de máximos de sete semanas
Depois de ter tido a melhor semana desde 2022, o dólar está a recuar ligeiramente face às principais divisas rivais, com o índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da "nota verde" contra dez moedas - a ceder 0,05% para 102,473 dólares, permanecendo perto de máximos de sete semanas.
A pressionar o índice está o euro, que soma 0,02% para 1,0976 dólares, enquanto o iene perde 0,39% para 148,12 dólares.
"A dimensão do estímulo orçamental na China, que ajudará principalmente as economias fora dos EUA, será um dos principais fatores que irá afetar o dólar no curto prazo, juntamente com os dados macroeconómicos, que podem impactar a trajetória da política da Fed", explicou à Reuters Lefteris Farmakis, estratega do Barclays.
Robustez do dólar pressiona ouro
O ouro está a recuar esta segunda-feira, pressionado por um dólar mais forte, depois de dados do emprego nos Estados Unidos terem levado os investidores a reduzir as expectativas relativamente a um novo corte de juros de grande dimensão pela Reserva Federal em novembro.
O metal recua 0,44% para 2.641,88 dólares por onça.
Apesar de estar a recuar a esta hora, o índice da "nota verde" da Bloomberg segue perto de máximos de sete semanas, o que torna o ouro mais dispendioso para compradores em moeda estrangeira.
"A força do dólar é o impeditivo de curto prazo neste momento que está a travar novos máximos históricos do ouro", afirmou à Reuters Peter A. Grant, estratega da Zaner Metals.
"Ainda vejo potencial de curto prazo para o ouro chegar aos 2.700 dólares por onça e o objetivo de longo prazo de 3.000 dólares permanece válido devido à procura por um ativo de refúgio face às tensões geopolíticas e incerteza política à medida que nos aproximamos das eleições nos EUA", acrescentou.
Reavaliação de cortes pela Fed e risco geopolítico pressionam Wall Street
Os principais índices em Wall Street abriram esta segunda-feira em queda ligeira, com os investidores a recalibrarem expectativas relativamente à dimensão dos próximos cortes de juros pela Reserva Federal ainda este ano.
Ao mesmo tempo, os investidores mantêm-se cautelosos devido às tensões geopolíticas no Médio Oriente e antes de serem conhecidos dados da inflação nos Estados Unidos e resultados das empresas no terceiro trimestre.
O S&P 500 recua 0,27% para 5.735,77 pontos e o Dow Jones cede 0,32% para 42.216,56 pontos. Já o Nasdaq Composite perde 0,26% para 18.087,67 pontos.
Os investidores estão a incorporar uma descida de 25 pontos base pela Fed em novembro, de acordo com a ferramenta da CME FedWatch, consultada pela Reuters. Na semana passada, os mercados apontavam para um corte de 50 pontos base. No entanto, os dados da criação de emprego conhecidos na passada sexta-feira mostraram um mercado laboral ainda robusto.
Face a esta reavaliação da política monetária, as "yields" do Tesouro norte-americano a dez anos, a maturidade de referência, excederam 4% pela primeira vez em dois meses, pressionando os pesos pesados mais sensíveis às taxas de juro.
Entre os principais movimentos de mercado, a Pfizer contraria a tendência e sobe mais de 3%, depois de o investidor ativista Starboard Value ter assumido uma participação de mil milhões de dólares na Pfizer e indicar que pretende realizar alterações para mudar o atual desempenho da farmacêutica.
Euribor sobe a três, a seis e a 12 meses
A Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 3,268%, continuou acima da taxa a seis meses (3,048%) e da taxa a 12 meses (2,712%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, subiu hoje para 3,048%, mais 0,002 pontos.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto mostram que a Euribor a seis meses representava 37,6% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,2% e 25,8%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, avançou hoje, para 2,712%, mais 0,024 pontos do que na sexta-feira.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu hoje, ao ser fixada em 3,268%, mais 0,018 pontos.
A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos.
A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).
Na mais recente reunião de política monetária, em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro diretoras.
Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 17 de outubro na Eslovénia.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Imobiliário e "utilities" arrastam Europa para o vermelho
As bolsas europeias até arrancaram a primeira sessão da semana no verde, impulsionadas por ganhos avultados na Ásia e nos EUA, mas, entretanto, inverteram a tendência e encontram-se a negociar em baixa.
O "benchmark" para a região, o Stoxx 600, perde 0,18% para 517,61 pontos, depois de ter acordado em terreno positivo com uma valorização de 0,56%. Os setores do imobiliário e das "utilities" (água, luz e gás) registam o pior desempenho entre os vários setores que compõe o principal índice europeu, pressionados pelo crescimento dos juros das dívidas soberanas na Zona Euro.
A negociação está ainda a ser marcada pelos receios de uma guerra regional no Médio Oriente, numa altura em que Israel continua a bombardear a capital do Líbano e equaciona uma retaliação ao ataque do Irão da semana passada.
"O sentimento dos mercados continua a ser prejudicado pelas tensões que se vivem no Médio Oriente", escreve Michael Brown, estratega da Pepperstone, numa nota acedida pela Bloomberg. "Enquanto as tensões geopolíticas continuarem a ferver, a convicção entre os ‘touros’ das ações pode estar um pouco mais baixa do que o normal, com muitos a preferirem realizar negociações no curto-prazo", adicionou.
Entre as principais movimentações do mercado, o destaque vai para a Heidelberg Materials, que dispara mais de 5%, depois de ter sido noticiado que o Adani Group prepara-se para comprar as operações de cimento na Índia da empresa. O negócio pode permitir à Heidelberg um encaixe financeiro de 1,2 mil milhões de dólares.
Já a Richemont cresce mais de 1%, depois da proprietária da Cartier ter decidido vender o seu negócios de retalho online de moda à empresa de luxo alemã Mytheresa.
Nas principais praças da Europa Ocidental, o alemão DAX cai 0,34%, o francês CAC-40 recua 0,14%, o italiano FTSEMIB perde 0,26%, o holandês AEX desvaloriza 0,15% e britânico FTSE 100 regista um decréscimo de 0,10 . A destoar deste cenário está o espanhol IBEX 35, que ganha 0,21%, e o português PSI, que valoriza 0,27%.
Juros da Zona Euro agravam-se. Itália regista maior subida
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro encontram-se a agravar em toda a linha esta segunda-feira, com as atenções dos investidores viradas para uma série de discursos de membros do Banco Central Europeu (BCE) que vão acontecer esta semana. Os "traders" vão estar à procura de pistas sobre o futuro da política monetária do bloco, numa altura em que a taxa de inflação se fixou, pela primeira vez em três anos, abaixo da meta definida pelo BCE em setembro.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, registam agravamentos de 3,2 pontos base para 2,750%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento sobe 3,7 pontos para 2,998%.
Por sua vez, os juros da dívida francesa mantêm-se acima dos espanhóis e crescem em 2.6 pontos base para 3,010%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se em 4,1 pontos para 2,249%.
No entanto é a Itália que regista a maior subida. A "yield" da dívida soberana do país cresce 4,2 pontos base para 3,548%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, avançam 5,2 pontos base para 4,180%.
Dólar estável após atingir máximos de sete semanas
O dólar está a negociar inalterado face aos ganhos registados na sexta-feira, quando recebeu ímpeto de dados económicos que apontaram para um mercado laboral muito mais robusto do que era antecipado pelos analistas.
Em setembro, a economia norte-americana adicionou o maior número de postos de trabalho em seis meses, bem como viu a taxa de desemprego diminuir e a média de salários crescer. Estes dados levaram a uma redução das expectativas dos investidores em relação a um novo corte de grande magnitude por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana, o que tem dado alento à divisa do país. Na sexta-feira, o dólar atingiu máximos de um mês e meio e encerrou a semana com uma valorização de 2%.
"Os mercados parecem ter desistido de outro corte de 50 pontos base e os dados da inflação não devem alterar essa realidade", afirmou Francesco Pesole, estratega da ING, à Reuters. "Apesar de a situação no Médio Oriente poder até não escalar ainda mais, o consenso parece ser que uma redução das tensões não é expectável, pelo menos para agora", adicionou.
O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana face às suas principais concorrentes – negoceia inalterado nos 102,5160 pontos. As desvalorizações registadas em relação ao iene ao franco suíço estão a ser compensadas pelos ganhos do dólar face ao euro e à libra.
A esta hora, a moeda única cai 0,02% para 1,90972 dólares, enquanto a libra recua 0,08% para 1,3112 dólares. A "nota verde" regista uma queda de 0,34% para 148,19 ienes, ao mesmo tempo que perde 0,14% para 0,8572 francos suíços.
Ouro perde algum "brilho" apesar de tensões no Médio Oriente
O ouro está a negociar em baixa, apesar dos mais recentes desenvolvimentos no Médio Oriente. Durante o fim de semana, Israel reforçou a sua presença no norte de Gaza e continuou a bombardear a capital do Líbano, com o objetivo de atingir infraestrutura do Hezbollah.
O metal amarelo tende a beneficiar de um aumento das tensões geopolíticas, uma vez que é visto com um ativo seguro por parte dos investidores. A esta hora, o ouro recua 0,08% para 2.651,43 dólares por onça – mantendo-se, no entanto, perto de máximos de 2.685,42 dólares atingidos há duas semanas.
Esta matéria-prima está a ser pressionada pelos mais recentes dados económicos dos EUA, que indicam um mercado laboral mais robusto do que era antecipado. A maior economia mundial criou 254 mil empregos em setembro, um valor que ultrapassou em grande margem as projeções dos economistas.
Estes dados fizeram com que os investidores reduzissem as possibilidades de um novo corte "jumbo" de 50 pontos base nas taxas de juro norte-americanas em novembro. O ouro tende a beneficiar de uma política monetária mais flexível, uma vez que não rende juros.
Petróleo em queda com investidores à espera de Israel
O petróleo abriu a semana em queda, numa altura em que os investidores estão a avaliar a possibilidade de uma resposta ao ataque iraniano da semana passado por parte de Israel. O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou na sexta-feira que não sabe quando a retaliação poderá ter início, mas desencorajou as autoridades israelitas a atacar as infraestruturas petrolíferas do Irão – "eu estaria a pensar em outras alternativas para além de atacar campos de petróleo".
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – cai 0,31% para os 74,15 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – perde 0,44% para os 77,71 dólares por barril.
O mais recente ataque do Irão a Israel, e o escalar de tensões entre o país liderado por Benjamin Nethanyahu e o Líbano, têm alimentado receios de uma guerra regional no Médio Oriente. Os preços do crude têm crescido em resposta, com alguns analistas a preverem que o Brent possa voltar a negociar acima dos 80 dólares por barril no curto-prazo.
No entanto, a procura na China por esta matéria-prima continua a preocupar os investidores e a travar maiores ganhos do petróleo nos mercados internacionais. Na terça-feira, as autoridades chinesas vão falar ao país e os especialistas estão à espera de mais medidas para estimular a economia, depois de Pequim ter anunciado, ao longo das últimas duas semanas, uma série de políticas para impulsionar o mercado imobiliário do país e responder a uma economia em estagnação.
Otimismo leva Ásia e Europa ao verde. Nintendo dispara quase 5%
As bolsas internacionais estão a beneficiar de um maior otimismo em relação às duas maiores economias do mundo, com os investidores à espera que as medidas de estímulo anunciadas nas últimas duas semanas na China venham a revitalizar a segunda maior potência mundial.
A Ásia encerrou em alta com os principais índices da região a negociar todos em terreno positivo. O destaque vai para o japonês Nikkei 225 que avançou 2,6%, impulsionado por ganhos do setor financeiro e pela valorização da Nintendo.
A empresa de videojogos fechou a primeira sessão da semana a disparar quase 5%, depois de ter sido reportado que o fundo soberano da Arábia Saudita está a considerar aumentar a sua participação na tecnológica – e em várias outras empresas japonesas do mesmo ramo.
Pela China, o Hang Seng, de Hong Kong, cresceu 1,1% e atingiu máximos de dois anos, ainda à boleia do pacote de estímulos económicos apresentado pelas autoridades chinesas.
As ações asiáticas estão ainda a beneficiar de um maior otimismo por parte da Goldman Sachs, que veem um potencial de crescimento de 15% a 20% - mesmo depois do "rally" registado em finais de setembro. As bolsas de Xangai e da China continental estiveram encerradas esta segunda-feira, devido a feriado.
Ainda na Ásia, três bancos centrais vão reavaliar a sua política monetária esta semana. Os analistas esperam que o Banco da Coreia e a Reserva Federal da Nova Zelândia cortem nas taxas de juro, introduzindo mais flexibilidade à economia dos dois países, enquanto as perspetivas apontam para uma manutenção da política monetária na Índia.
Já pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura em alta, com o Euro Stoxx 50 a avançar 0,3%. Os ministros das Finanças da moeda única vão reunir-se esta segunda-feira para discutir a competitividade da Zona Euro, um encontro que conta com a presença da presidente do Banco Central Europeu Christine Lagarde.