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Corte de juros em setembro? Decisores do BCE de "mente aberta"

Nas atas da reunião de julho do Banco Central Europeu, os governadores mostraram-se disponíveis para reavaliar em setembro "o nível de restrição da política monetária".

Wolfgang Rattay / Reuters
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O Banco Central Europeu (BCE) vai reavaliar na reunião de setembro "o nível de restrição da política monetária", uma menção que abre a porta a uma nova descida de juros por parte da autoridade monetária europeia.

A expressão consta das atas do último encontro de política monetária do BCE, a 17 e 18 de julho, em que a instituição optou por manter as taxas diretoras inalteradas em 3,75%, depois do primeiro corte desde 2019 na reunião anterior, em junho.

"Essa reunião deve ser encarada de mente aberta, o que também implica que a dependência de dados económicos não seja equivalente a um foco excessivo em indicadores específicos", pode ler-se no documento.

Os responsáveis notaram também que uma leitura da inflação subjacente mais elevada do que o esperado não deveria ser um fator dissuasor de um novo corte em setembro.

Os decisores justificaram também a pausa em julho com base num maior número de dados económicos que estarão disponíveis no próximo mês. Entre eles estão novas projeções macroeconómicas para a Zona Euro do próprio banco central, bem como novos indicadores do PIB e duas novas leituras da inflação.

A última confirmação da inflação, publicada pelo Eurostat, é referente aos valores de julho e deu conta que os preços subiram 2,6% na Zona Euro, valores que se mantêm em linha com as projeções iniciais e que comparam com os 2,5% verificados em junho.

Os preços dos serviços, que têm dado o maior contributo para a variação da inflação na Zona Euro, abrandaram no mês passado de 4,1% para 4%. Este indicador foi identificado pelos governadores do BCE com um dos principais riscos, embora ressalvando que "não deve ser isolado da inflação mais baixa dos bens de consumo". 

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